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domingo, 16 de outubro de 2016

O Encerramento do Período de Pérgamo

O concílio de Éfeso estava longe de pôr fim a essas contendas vergonhosas. Em vez de restaurar harmonia à igreja, só fez aumentar suas angústias. João, bispo de Antioquia, e outros clérigos orientais, julgaram Cirilo e seus amigos de terem agido muito injustamente e com precipitação inadequada no caso de Nestório: assim ergueu-se uma nova controvérsia, e em meio a isto nasceu uma nova heresia -- o eutiquianismo, que muito perturbou as igrejas orientais por cerca de vinte anos.

Eutiques, abade de um convento em Constantinopla, na ânsia de sua oposição ao nestorianismo, correu ao extremo oposto. Ele foi acusado de inconsistência quanto às doutrinas da encarnação, e denunciado como herege. Isto levou a outro concílio que ocorreu na Calcedônia no ano 451, e que é chamado de Quarto Concílio Geral. Mas os detalhes dessas disputas locais fogem do escopo deste livro. Nosso plano é dar ao leitor um esboço distinto no menor espaço possível, e apenas apresentar alguns poucos detalhes em casos em que o nome da pessoa se tornou um sinônimo para as opiniões que ensinava, tais como Ário, Pelágio, etc., ou quando os eventos, tais como as grandes perseguições, merecem a atenção da igreja ao longo de todas as eras.

Para levar a cabo esses propósitos, será agora necessário voltarmos nossa atenção mais especialmente ao poder crescente e às sublimes pretensões da igreja de Roma. Em Leão, o Grande, podemos ver o encerramento do período de Pérgamo, e a aproximação da monarquia papal. Mas antes de nos aventurarmos nessas águas turbulentas, faremos bem em estudarmos nosso mapa divino -- a história profética de Deus da igreja durante aquele período tenebroso e, muitas vezes, tempestuoso.

domingo, 4 de setembro de 2016

A História Interna da Igreja

Capítulo 12: A História Interna da Igreja (245 - 451 d.C.)


O século que termina com a morte do grande Teodósio e Ambrósio foi cheio do mais profundo interesse para o leitor cristão. Passaram-se eventos, dentre os mais momentosos, que afetaram a majestade e glória de Deus e o bem-estar da humanidade. Do ano 303 até 313, a igreja passou através de suas provações mais difíceis sob Diocleciano. Por dez anos ela esteve em uma fornalha ardente, mas em vez de ser consumida, como seu inimigo em vão imaginara, ela parece ter aumentado em número assim como em pureza e poder. A Satanás foi permitido fazer o que queria contra ela, e ele moveu e agitou tanto a população pagã que em todas as partes do império eles ergueram seus braços: primeiro, para defender o politeísmo, e, segundo, para erradicar o cristianismo ao perseguir os cristãos e destruir seus livros sagrados. Assim, o século começou com o grande e final embate entre o paganismo e o cristianismo, e terminou com a total ruína do primeiro, e o completo triunfo do último. A disputa terminou com o quarto século, e a vitória descansou sobre o cristianismo desde então.

Tal foi a história exterior da igreja, e o cumprimento, até então, da palavra do Senhor nas epístolas a Esmirna e Pérgamo. Mas há outras coisas que muito razoavelmente demandam um pouco de nossa atenção antes de entrarmos no quinto século, e nenhuma parte do amplo campo que se estende diante de nós parece ter uma importância tão forte quanto a esfera e influência dos grandes prelados do Oriente e do Ocidente. Deve também ter ocorrido aos nossos leitores, a partir das necessárias alusões ao batismo, que a observância desse rito tinha um imenso lugar nas mentes daqueles primeiros cristãos. Eles acreditavam que as águas do batismo purificavam a alma completamente. Pensamos, então, em combinar os dois -- daremos uma breve história do batismo a partir dos escritos dos "pais", o que, ao mesmo tempo, nos dará uma oportunidade de vermos quais visões eles tinham, não apenas sobre o batismo, mas sobre as verdades fundamentais do evangelho.

domingo, 7 de agosto de 2016

Que Serviço Atanásio Prestou à Igreja?

Estamos dispostos a acreditar que, sob a bênção de Deus, ele foi o meio de preservar a igreja da heresia ariana, que ameaçava extinguir do cristianismo tanto o nome quanto a fé no Senhor Jesus Cristo. O inimigo visava nada menos que um sistema sem Cristo, o que poderia levar, a longo prazo, ao total abandono do cristianismo. Mas o concílio de Niceia foi usado por Deus para derrubar seus maus intentos. A afirmação da Divindade de Cristo e do Espírito Santo em igualdade com Deus Pai foi grandemente abençoada por Deus então, e tem sido assim desde aqueles dias até hoje. Embora a igreja tivesse sido infiel e tendo derivado para o mundo, "que é onde está o trono de Satanás", o Senhor em misericórdia levantou um grande testemunho de Seu santo nome e da fé de Seus santos. Historiadores, tanto civis quanto eclesiásticos, suportam os mais honráveis testemunhos sobre a capacidade, atividade, constância, abnegação e zelo incansável de Atanásio em defesa da grande doutrina da santíssima Trindade. "Reténs o meu nome, e não negaste a minha fé" (Apocalipse 2:13), são palavras que se referem, sem dúvidas, à fidelidade de Atanásio e de seus amigos, e também dos fiéis em outros tempos.

Os vencedores de que fala a carta a Pérgamo também estavam lá, sem dúvidas. Mas o Senhor não permitiu que eles fossem vistos ou registrados pelo historiador. Eles eram os escondidos de Deus que foram alimentados pelo maná escondido. Eles terão um lugar de grande proximidade com o Senhor na glória. "Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe." (Apocalipse 2:17)

domingo, 26 de junho de 2016

Constantino como "Cabeça da Igreja" e Sumo Sacerdote dos Pagãos

Após a total derrota de Licínio, à qual já nos referimos, todo o mundo romano estava reunido sob o cetro de Constantino. Em sua proclamação emitida aos seus novos súditos no Oriente, ele declara a si mesmo como o instrumento de Deus para a disseminação da verdadeira fé, e que Deus tinha lhe dado a vitória sobre todos os poderes das trevas, de modo que sua própria adoração por seus próprios meios fosse universalmente estabelecida. "Liberdade", diz ele, em uma carta a Eusébio, "sendo mais uma vez restaurada e, pela providência do grande Deus e de meu próprio ministério, o dragão sendo expulso da ministração do Estado, eu confio que o poder divino tenha se tornado manifesto a todos, e que aqueles que, através do medo ou incredulidade tenham caído em muitos crimes, chegarão ao conhecimento do verdadeiro Deus, e à correta e verdadeira ordem em suas vidas." Constantino tinha então tomado seu lugar mais abertamente a todo o mundo como a "cabeça da igreja"; mas ao mesmo tempo retinha o ofício de Pontifex Maximus - o sumo sacerdote do paganismo; a isto ele nunca renunciou, tendo morrido como "cabeça da igreja" e sumo sacerdote do paganismo.

Esta aliança profana, ou mistura profana da qual já falamos, e que é mencionada e lamentada na carta a Pérgamo, se encontra em todos os passos na história desse grande príncipe histórico. Mas tendo já visto algumas explicações sobre a carta, deixaremos que o próprio leitor compare a verdade e a história de forma piedosa. Que misericórdia termos tal guia ao estudarmos esse marcante período da história da igreja!

Dentre os primeiros atos do agora único imperador do mundo estava a revogação de todos os decretos de Licínio contra os cristãos. Ele libertou todos os prisioneiros das masmorras e das minas, ou da servil e humilhante ocupação a qual eles tivessem sido desdenhosamente condenados. Todos os que foram privados de seus postos no exército ou no serviço civil foram restaurados, e restituições foram feitas para as propriedades das quais tinham sido despojados. Ele emitiu um decreto endereçado a todos os seus súditos, aconselhando-lhes a abraçar o evangelho, mas não pressionando ninguém; ele desejava que fosse uma questão de convicção. Ele esforçou-se, no entanto, em torná-lo atraente concedendo lugares e honras a prosélitos das mais altas classes e doações aos pobres - uma atitude que, como reconhece Eusébio, produziu uma grande quantidade de hipocrisia e conversão fingida. Ele ordenou que "igrejas" fossem construídas em todos os lugares, e que tivessem o tamanho suficiente para acomodar toda a população. Ele proibiu a construção de estátuas aos deuses, e não permitia que sua própria estátua fosse colocada nos templos. Todos os sacrifícios oficiais foram proibidos, e de muitas formas ele se esforçou em elevar o cristianismo e suprimir o paganismo.

sábado, 18 de junho de 2016

O Período de Pérgamo (313 - 606 d.C.)

Cremos que a epístola à igreja em Pérgamo descreve exatamente o estado das coisas na época de Constantino. Mas citaremos a carta inteira para a conveniência de nossos leitores, e então faremos a comparação: "E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios: Conheço as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita. Mas algumas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e fornicassem. Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio. Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe." (Apocalipse 2:12-17)

Em Éfeso vemos o primeiro passo da apostasia, ao deixarem seu "primeiro amor" - o coração escapando de Cristo e do desfrutar de Seu amor. Em Esmirna o Senhor permitiu que os santos fossem lançados na fornalha para que e o progresso do declínio estacionasse. Eles foram perseguidos pelos pagãos. Por meio dessas provas o cristianismo reviveu, o ouro foi purificado, os santos mantinham firmes o nome e fé de Cristo. Assim Satanás foi derrotado, e o Senhor determinou que os imperadores, um após o outro, nas mais humilhantes e mortificantes circunstâncias, publicamente confessassem sua derrota. Mas em Pérgamo o inimigo muda sua estratégia. Em vez da perseguição a partir de fora, agora vemos a sedução vinda de dentro. Sob Diocleciano ele é o leão que ruge, e sob Constantino ele é a serpente enganadora. Pérgamos é o cenário do poder lisonjeiro de Satanás: ele está dentro da igreja {* N. do T.: no sentido de profissão cristã}. O nicolaísmo é a corrupção da graça - a carne agindo na igreja de Deus. Em Esmirna ele está do lado de fora como um adversário, em Pérgamo ele está do lado de dentro como um sedutor. Foi exatamente isto que aconteceu sob o reinado de Constantino.

Historicamente, foi quando a violência da perseguição tinha passado - quando os homens tinham se cansado de sua própria raiva, e quando eles viram que seus esforços nada mais faziam além de tornar os sofredores menos preocupados com as coisas do mundo e mais devotos ao cristianismo -- enquanto até mesmo a quantidade de cristãos parecia aumentar -- foi então que Satanás tenta um outro velho artifício, um que já tinha sido tão bem sucedido contra Israel (Números 25). Quando ele não pôde obter a permissão do Senhor para amaldiçoar Seu povo Israel, ele os seduziu até sua ruína por meio de alianças ilícitas com as filhas de Moabe. Como um falso profeta, ele estava agora na igreja de Pérgamo, seduzindo os santos a uma aliança ilícita com o mundo - o lugar de seu trono e autoridade. O mundo para de perseguir, e grandes vantagens são concedidas aos cristãos pelo estabelecimento civil do cristianismo. Constantino professava ser convertido, e atribui seus triunfos às virtudes da cruz. Infelizmente, a armadilha é bem-sucedida, a igreja é lisonjeada por seu patrocinador, aperta as mãos com o mundo, e afunda até sua posição, "que é onde está o trono de Satanás". Tudo estava agora perdido quanto ao seu testemunho corporativo adequado, e assim o caminho até o papado se escancarou. Todas as vantagens mundanas foram sem dúvida adquiridas, mas, infelizmente, foi à custa da honra e glória de seu celestial Senhor e Salvador.

A igreja, devemos lembrar, é um chamado para fora (Atos 15:14) - chamados, para fora, dentre os judeus e gentios, para testemunhar que ela não é deste mundo, mas do céu - que ela está unida a um Cristo glorificado, e não é deste mundo, assim como Ele não é deste mundo. Assim Ele mesmo diz: "Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo." (João 17:16-18)

A missão dos cristãos é do mesmo princípio e do mesmo caráter da missão de Cristo. "Assim como o Pai me enviou", Ele diz, "também eu vos envio a vós." (João 20:21). Eles foram enviados, por assim dizer, do céu para o mundo pelo bendito Senhor, para fazer Sua vontade, para cuidar por Sua glória, e para voltar para o lar quando o trabalho terminasse. Assim o cristão deveria ser a testemunha celestial da verdade de Deus, especialmente das verdades referentes à total ruína do homem, e sobre o amor de Deus em Cristo para um mundo a perecer; e, portanto, deveria buscar recolher almas para fora do mundo, para que sejam salvas da ira vindoura. Mas quando perdemos de vista nosso elevado chamado e nos associamos com o mundo como se pertencêssemos a ele, nos tornamos falsas testemunhas; causamos ao mundo uma grande lesão, e a Cristo uma grande desonra. Isto, como podemos verificar, foi o que a igreja fez quanto à sua posição e ação corporativa. Sem dúvidas, houve muitos casos de fidelidade individual em meio ao declínio generalizado. O Próprio Senhor fala do Seu fiel Antipas, que foi martirizado. O céu toma especial nota da fidelidade individual, e se lembra do fiel pelo nome.

Mas o olho e o coração do Senhor tinha seguido Sua pobre e infiel igreja até onde ela tinha caído. "Conheço as tuas obras", diz Ele, "e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás". Que palavras solenes são estas, vindas dos lábios de seu desonrado Senhor! Nada era oculto a Seus olhos. "Eu sei", Ele diz, "eu tenho visto o que aconteceu". Mas o que, infelizmente, tinha agora acontecido? Por que a igreja, como um corpo, tinha aceitado os termos do imperador, e estava agora unida ao Estado, indo habitar no mundo? Isto era a Babilônia, espiritualmente - cometer fornicação com os reis da terra. Mas aquEle que anda no meio dos castiçais de ouro julga suas ações e sua condição. "E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios". Ele toma o lugar de alguém armado com uma espada divina - o penetrante e incisivo poder da palavra de Deus. A espada é o símbolo do poder pelo qual as questões são resolvidas; seja ela a espada carnal das nações ou "a espada do Espírito, que é a palavra de Deus" (Efésios 6:17).

Muitas vezes se ouve falar que sempre há uma conexão marcante e instrutiva entre o modo como Cristo Se apresenta, e o estado da igreja a qual Ele está se dirigindo. Isto é muito verdadeiro na carta em questão. A Palavra de Deus evidentemente tinha perdido seu lugar de direito na assembleia de Seus santos; ela não era mais a autoridade suprema nas coisas divinas. Mas o Senhor Jesus tem o cuidado de mostrar que ela não tinha perdido seu poder, ou lugar, ou autoridade em Suas mãos. "Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca". Observe que ele não diz "batalharei contra vocês", mas "contra eles". Ao exercer disciplina na igreja, o Senhor age com discriminação e com misericórdia. A posição pública da igreja era agora uma posição falsa. Havia associação aberta com o príncipe deste mundo, no lugar de fidelidade a Cristo, o Príncipe dos céus. Mas aquele que tivesse um ouvido para ouvir o que o Espírito disse à igreja tinha uma secreta comunhão com aquEle que sustenta a alma fiel com o maná escondido. "Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe". A deserção geral, sem dúvida, isolaria os poucos fiéis - um remanescente. A eles a promessa é dada.

O maná, como aprendemos em João 6, representa o Próprio Cristo, como aquEle que desceu do céu para dar vida a nossas almas. "Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre" (João 6:51). Como aquEle que tomou o lugar de humilhação neste mundo, Ele é nossa provisão para o andar diário através do deserto. O maná devia ser colhido diariamente, fresco, das gotas de orvalho todas as manhãs. O "maná escondido" refere-se ao pote de ouro de maná que foi colocado na arca como um memorial diante do Senhor. É a bendita recordação de Cristo, que foi o Homem humilhado e sofredor neste mundo, e que é o eterno deleite de Deus e dos fiéis no céu. Não só a comunhão de verdadeiro coração dos santos com Cristo exaltado nas alturas, mas com Ele como aquele Jesus que uma vez foi humilhado aqui embaixo. Mas isso não pode ser se estivermos ouvindo as lisonjas e aceitando os favores do mundo. Nossa única força contra o espírito do mundo é andar com o Cristo rejeitado, e alimentarmo-nos dEle como nossa porção, mesmo agora. Nosso alto privilégio é comer, não apenas do maná, mas do "maná escondido". Mas quem pode falar da bem-aventurança de tal comunhão, ou da perda daqueles que deixam seus corações escaparem de Cristo para se estabelecerem no mundanismo?

A "pedra branca" é uma marca secreta do favor especial do Senhor. Como a promessa é dada na carta a Pérgamo, isto pode significar a expressão da aprovação de Cristo quanto à maneira com que os "vencedores" testemunharam e sofreram por Ele, quando tantos foram levados pelas seduções de Satanás. Isto dá a ideia geral de uma promessa secreta de completa aprovação. Mas é difícil explicar. O coração pode entrar em sua bem-aventurança e ainda assim sentir-se incapaz de descrevê-la. Felizes aqueles que assim a conhecem em si mesmos. Há alegrias que são comuns a todos, mas há uma alegria, uma alegria especial, que será nossa própria alegria peculiar em Cristo, que durará para sempre. Isto será verdade para todos. "E na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe". Que fonte indescritível de calmo repouso, doce paz, verdadeiro contentamento, e força divina, encontramos na "pedra branca", e no "novo nome", escrito por Suas próprias mãos. Outros podem nos interpretar mal, muitos podem pensar que estamos errados, mas Ele sabe tudo, e o coração pode aquietar-se, seja o que for que estiver acontecendo em nossas vidas. Ao mesmo tempo, devemos julgar tudo, inclusive nós próprios, pela Palavra de Deus - a espada afiada de dois gumes.
"Lá, no pão escondido
De Cristo - uma vez aqui humilhado -
Guardado por Deus - para sempre alimentar
Minh'alma, por seu amor, se animará.

Chamado por aquele nome secreto
De deleite não revelado
Bendita resposta ao opróbrio e vergonha -
Gravada na pedra branca."
       (tradução livre da poesia constante da edição original em inglês)
Tendo assim brevemente estudado a epístola a Pérgamo, seremos mais capazes de entender a mente do Senhor quanto à conduta dos cristãos sob o reinado de Constantino. A igreja professa e o mundo juntaram as mãos, e estavam agora se divertindo juntos. Como o mundo não poderia se erguer ao elevado nível da igreja, ela caiu ao baixo nível do mundo. Foi exatamente isto que aconteceu. No entanto, a forma justa do cristianismo foi mantida, e não há dúvidas de que havia muitos que mantiveram firmes a fé e o nome de Jesus. Retornemos agora à conversão e história de Constantino, o Grande.

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