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terça-feira, 7 de outubro de 2014

O Apóstolo Pedro (Parte 2)

Chegamos agora à última seção na narrativa sagrada da história de Pedro. Do versículo 32 do capítulo 9 ao versículo 18 do capítulo 11 de Atos temos um relato de suas pregações e milagres. Ali o vemos mais uma vez em plena autoridade apostólica, e o Espírito Santo trabalhando com ele. Sua missão nesse momento foi grandemente abençoada, tanto nas cidades de Israel quanto na Cesareia. Toda a cidade de Lida e o distrito de Sarona parecem ter sido despertados. Os milagres feitos por Pedro, e o evangelho por ele pregado, foram usados por Deus para a conversão de muitos. Assim, lemos: "E viram-no todos os que habitavam em Lida e Sarona, os quais se converteram ao Senhor." (Atos 9:35). A benção era geral. "Se converter ao Senhor" é a ideia de conversão encontrada nas Escrituras. E em Jope também, pela ressurreição de Dorcas, havia grande agitação e benção. "E foi isto notório por toda a Jope, e muitos creram no Senhor." (Atos 9:42)

No capítulo 10 - que já consideramos - os gentios são trazidos à igreja. E agora Pedro, tendo terminado sua missão por essas bandas, retorna a Jerusalém. Após o relato de sua libertação do poder de Herodes no capítulo 12, não temos mais relatos sobre a história do apóstolo da circuncisão em Atos.

Como Herodes Agripa, o rei idumeu, tem papel tão proeminente nessa história, pode ser interessante tomar nota sobre ele. Ele professava grande zelo pela lei de Moisés e mantinha um certo respeito para com sua observância externa. Desse modo, ele ficou do lado dos judeus contra os discípulos de Cristo, sob um fingido zelo religioso. Esta era sua política. Era uma figura do rei adversário.

Foi por volta de 44 d.C. que Herodes buscou se insinuar com seus súditos judeus, perseguindo os inofensivos cristãos. Não que houvesse qualquer amor entre Herodes e os judeus, posto que se odiavam de coração; mas aqui eles se uniram, pois ambos odiavam o testemunho celestial. Herodes matou Tiago com a espada e lançou Pedro na prisão. Era sua intenção perversa mantê-lo lá até depois da Páscoa, e então, quando uma grande quantidade de judeus de todas as partes estivessem em Jerusalém, fariam um espetáculo público de sua execução.  Mas Deus preservou e libertou Seu servo em resposta às orações dos santos. Eles têm armas de guerra que os governantes do mundo não conhecem. Deus permitiu que Tiago selasse seu testemunho com seu sangue, mas preservou Pedro para que pudesse ser testemunha na Terra por mais tempo. Assim nosso Deus governa sobre tudo. Ele é o Governador entre as nações, seja qual for o orgulho e a vontade do homem. O poder pertence a Ele. Débil, de fato, é o poder de cada inimigo quando Ele interfere. Herodes, tornando-se perplexo e confuso diante das manifestações de um poder que ele não podia entender, condena os guardas da prisão à morte, e deixa Jerusalém. Mas ele nem imaginava que sua própria morte precederia a de seus próprios prisioneiros.

Em Cesareia, a sede gentia de sua autoridade, ele ordenou que se fizesse uma festa magnífica em honra ao Imperador Cláudio. Somos informados de que multidões da mais alta hierarquia, vindas de todos os cantos, foram reunidas. Na segunda manhã de festividades, o rei apareceu em um manto prateado de grande esplendor, que brilhava com os raios do sol, de modo que ofuscava os olhos de toda a assembleia e provocava admiração geral. Ao fazer um discurso ao povo, de seu trono, alguns de seus bajuladores levantaram um grito: "É a voz de um deus!". Herodes, em vez de reprimir tal ímpia adulação, que se espalhou pelo teatro, a aceitou. Mas um senso do julgamento de Deus, naquele momento, atravessou o coração do rei. Em tom de profunda melancolia ele disse: "Seu deus irá, em breve, sofrer da comum sina da mortalidade". Na força da linguagem das Escrituras, está escrito assim: "E no mesmo instante feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória a Deus e, comido de bichos, expirou." (Atos 12:23). Ele foi, então, tomado de intensas dores violentas, e levado do teatro a seu palácio. Ali ele permaneceu por cinco dias, e morreu na maior agonia, e na mais humilhante e repugnante condição possível. 

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