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domingo, 28 de maio de 2017

O Espírito de Construção de Igrejas Reavivado

Capítulo 18: Europa (1000 d.C. - 1110 d.C.)


O início do século XI foi marcado por grande atividade na reparação e construção de igrejas*; e, se não fosse pelos muitos usos em que essas edifícios sacros foram aplicados pela população pobre, eles mal poderiam ser dignos de nota. Podemos razoavelmente supôr que, durante os últimos trinta ou quarenta anos, tenha havido pouca disposição para se engajar nessas obras. Mas quando a terrível noite se passou, e quando o primeiro dia do ano 1001 brilhou sobre o mundo, as esperanças de todas as nações reviveram. As mentes dos homens tinham alcançado, com o fim do século X, o ponto mais baixo; mas, à partir dessa data, uma manifesta melhoria era aparente: e a primeira atenção deles foi dada aos edifícios sagrados, por cujas virtudes, como acreditavam, o juízo foi afastado, e o favor do céu restaurado.

{*N. do T.: aqui no sentido de edifícios nos quais cristãos se reuniam, e não no sentido da igreja como corpo de Cristo ou como assembleia reunida somente ao nome do Senhor em uma localidade.}

Esse sentimento supersticioso foi, sem dúvida, o que levou a esses grandes esforços e resultados arquitetônicos que caracterizam esse período. Muitos deles ainda estão de pé para atestar a grandeza do plano e a solidez da obra. "As fundações eram largas e profundas, as paredes de imensa espessura, telhados íngremes e altos, para evitar a chuva e a neve... Altos pilares suportavam a abóbada elevada, em vez dos telhados planos dos dias passados. A grande torre quadrada, que tipificava resistência à agressão mundana, foi trocada pelo alto e gracioso pináculo, que apontava encorajadamente para o céu."*

{* Eighteen Christian Centuries (Dezoito Séculos Cristãos), por James White.}

Mas não devemos supôr que os usos e propósitos desses enormes edifícios eram meramente usados como lugares de adoração pública. A igreja da vila nos tempos medievais equivalia a vários edifícios separados em nossos dias. Era grande o bastante para permitir que a maior parte da população vagasse em seus corredores. As casas dos pobres eram, então, cabanas miseráveis, sem janelas, nas quais eles se retiravam para dormir. Mas o edifício vasto e bonito consagrado pela religião era a mansão do pobre, onde ele passava o seu tempo de lazer, e onde sentia que tudo aquilo pertencia a si mesmo. Era como a praça da cidade, o mercado, a sala de imprensa, a escola e o lugar de encontro de amigos, tudo em um lugar só. Nós, que vivemos nas confortáveis casas do século XIX*, não podemos ter nem ideia dos usos e conveniência de tais edifícios. Mas tudo tendia, como todo o resto naqueles tempos, a aumentar o poder do clero e a servidão do povo. Não só o santuário era santificado como também os padres tornaram-se glorificados, e, aos olhos do povo, possuíam muito mais dignidade do que os reis.

{* N. do .T.: O autor viveu no seculo XIX na Inglaterra.}

sábado, 16 de abril de 2016

Os Primeiros Edifícios Públicos para Assembleias Cristãs

Um importante ponto na história da igreja, e que prova sua posição alterada no Império Romano, agora aparece diante de nós pela primeira vez. Foi durante o reinado desse excelente príncipe (Alexandre Severo) que as primeiros edifícios públicos foram levantados para as assembleias de cristãos. Uma pequena circunstância conectada a uma pequena porção de terra em Roma mostra o verdadeiro espírito do imperador e o crescente poder e influência dos cristãos. Esse terreno, considerado de uso geral, foi escolhido por uma congregação como o lugar para uma igreja, mas uma companhia de abastecedores reivindicava que tinha prioridade sobre o uso do terreno. O caso foi julgado pelo imperador, que decidiu conceder o terreno aos cristãos, sob a alegação de que era melhor dedicá-lo à adoração a Deus em qualquer forma do que aplicá-lo a um uso profano e indigno.

Edifícios públicos - chamadas de "igrejas cristãs" - começavam agora a aparecer em diferentes partes do império, e a possuir propriedades na terra. Os pagãos nunca conseguiam entender porque os cristãos não tinham templos nem altares. Suas assembleias religiosas, até essa época, eram realizadas de modo privado. Até mesmos os judeus tinham suas sinagogas públicas, mas os cristãos não se reuniam em algum edifício separado e distinto. A casa particular, as catacumbas, o cemitério de seus mortos, eram os lugares em que ocorriam suas pacíficas congregações. A  privacidade deles, que muitas vezes era, naqueles turbulentos tempos, sua segurança, estava agora passando. Por outro lado, deve também ser observado que essa confidencialidade era muitas vezes utilizada contra eles. Nós vimos como, no princípio, os pagãos não conseguiam entender uma religião sem um templo, e então eram facilmente persuadidos de que essas reuniões privadas e misteriosas, que pareciam evitar a luz do dia, serviam apenas para o pior dos propósitos.

A condição exterior do cristianismo estava agora mudando de maneira incrível - mas infelizmente, não em favor da saúde e crescimento espiritual, como veremos em breve. Havia agora edifícios bem conhecidos nos quais os cristãos se reuniam, cujas portas podiam ficar bem abertas para toda a gente. O cristianismo era agora reconhecido como uma das várias formas de adoração que o governo não proibia. Mas a tolerância aos cristãos durante este período teve o apoio favorável apenas de Alexandre. Nenhuma mudança foi feita nas leis do império em favor dos cristãos, de modo que seu tempo de paz teria um fim com a morte do imperador. Uma conspiração foi formada contra ele pela desmoralizada soldadesca, que não podia suportar a disciplina que o imperador procurava restaurar. E assim o jovem imperador foi morto em seu quarto, aos vinte e nove anos de idade e no décimo terceiro ano de seu reinado.

sábado, 10 de maio de 2014

Cristo, O Único Construtor de Sua Igreja

Cristo, porém, é também o Construtor de Sua igreja. O edifício contra o qual nenhuma artimanha ou poder do inimigo poderia jamais prevalecer é a própria obra de Cristo, embora muitas vezes lemos sobre outros edificadores que participaram dela. "Sobre esta pedra edificarei a Minha igreja". É bom ser claro nesse ponto para que não confundamos o que o homem edifica com o que Cristo edifica. Isto pode trazer uma imensa confusão para a mente, tanto em relação à verdade de Deus quanto ao presente estado da Cristandade, a menos que a distinção entre elas seja claramente entendida. Não há a nada mais importante do que notar que aqui é Cristo o único Construtor de Sua igreja, apesar de Paulo, Apolo e todos os verdadeiros evangelistas terem sido pregadores que levaram pecadores a crer. A obra do Senhor nas almas dos crentes é perfeita. É uma obra real, espiritual e pessoal. Por meio de Sua graça em seus corações eles vão até Ele, como a uma pedra viva, e são edificados sobre Ele que está ressurreto dentre os mortos. Eles provaram que o Senhor é gracioso. Assim são as pedras vivas com as quais o Senhor edifica Seu templo santo, e as portas do inferno nunca poderão prevalecer contra isto. Assim, o próprio Pedro, e todos os apóstolos, e todos os crentes são edificados como uma casa espiritual. Quando Pedro fala desse edifício em sua primeira epístola, ele não diz nada sobre ele mesmo ser um construtor. Aqui Cristo é o Construtor. É a obra dEle, e dEle somente. "Edificarei a Minha igreja", disse Ele.

Vejamos agora, a partir da Palavra de Deus, o que o homem edifica, que materiais usa, e o modo como trabalha. Em 1 Coríntios 3 e 2 Timóteo 2 temos isto diante de nós. "Uma grande casa" é levantada pela instrumentalidade humana: que, de certo modo, é também a igreja, e a casa de Deus, como lemos em 1 Timóteo 3:15 da "casa de Deus, a igreja do Deus vivo". É também chamada de casa de Cristo em Hebreus 3, "a qual casa somos nós". Mas a casa em breve se tornou tristemente corrompida pela fraqueza e maldade humana. A autoridade da Palavra de Deus foi deixada de lado por muitos, e a vontade do homem se tornou de máxima importância. O efeito da filosofia humana nas simples instituições de Cristo foi rápida e dolorosamente manifesta. Porém madeira, feno e palha nunca poderiam ser "bem ajustados" com o ouro, a prata e as pedras preciosas. A casa se tornou grandiosa no mundo, assim como a árvore de mostarda, em cujos galhos se encontra uma inconveniente morada para toda "ave imunda e odiável". A conexão com a "grande casa" dá ao homem um status no mundo, muito diferente do Mestre, que foi desprezado e rejeitado. O arquebispo está ao lado da realeza. Mas a igreja professa não é apenas exteriormente grande, sendo ainda mais pretensiosa ao tentar colocar o selo de Deus sobre sua própria obra ímpia. Essa é sua maior perversidade, e a fonte de sua cegueira, confusão e mundanismo.

Paulo, como um homem escolhido pelo Senhor para Sua obra, lançou os alicerces do "edifício de Deus" em Corinto, e outros edificaram sobre ele. Mas nem todos edificaram com material divino. O fundamento correto estava posto, e cada um deveria ver como edificava sobre ele. Em conexão com o verdadeiro fundamento, alguns podiam edificar com ouro, prata e pedras preciosas, e outros com madeira, feno e palha. Isto é, alguns podiam ensinar a sã doutrina e procurar por uma fé viva em todos os que desejassem entrar em comunhão, e outros podiam ensinar doutrinas erradas e receber à comunhão da igreja pessoas nas quais não havia fé verdadeira, mas sim a mera observância externa de ordenanças. Aqui a instrumentalidade, responsabilidade e falha do homem entram. No entanto, o próprio edificador pode ser salvo pela fé em Cristo, todavia sua obra é destruída.

Mas há ainda uma outra e pior classe de edificadores, que corrompe o templo do Senhor, e são eles mesmos destruídos. Citamos aqui, para a conveniência do leitor, a passagem integral. Nada poderia ser mais claro. "Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo... Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá." (1 Coríntios 3:10-17)

Podemos ainda observar nas palavras do Senhor, "sobre esta pedra edificarei a Minha igreja", que Ele não havia começado a construir ainda: Ele está dizendo aos discípulos o que Ele ainda iria fazer. Ele não diz que já a edificou, ou que a está edificando, mas que irá edificá-la. Isto ele começou a fazer no dia de Pentecostes.

Mas há uma outra verdade ainda mais intimamente conectada com a história da igreja, e ligada à sua condição e caráter na Terra, que devemos observar antes de darmos prosseguimento à sua real história. Referimo-nos à verdade contida na expressão: "As chaves do reino dos céus".

domingo, 4 de maio de 2014

Capítulo 1: A Pedra do Fundamento

Ao iniciar o estudo de qualquer assunto, é bom que se conheça seus princípios - a intenção ou plano original, e o primeiro passo em sua história. Temos tais princípios da maneira mais clara e completa, em relação à igreja, nas Sagradas Escrituras. Lá temos, não somente a intenção original, mas os planos e especificações do grande Construtor, e o início da história do trabalho de Suas próprias mãos. O fundamento foi colocado, e o trabalho estava em andamento, mas o próprio Senhor era ainda o único Construtor: portanto, a este tempo, tudo era real e perfeito.

No final da dispensação dos judeus, o Senhor acrescentou o remanescente salvo de Israel à recém-formada igreja. No entanto, no final da presente dispensação - a dispensação da graça, ou dos cristãos - Ele levará todos os que creem em Seu nome para o Céu em corpos glorificados. Nenhum dos que pertencem à igreja serão agregados à congregação dos santos do milênio. "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor." (1 Tessalonicenses 4:16-17). Este será o feliz fechamento da história da igreja na Terra - a verdadeira esposa de Cristo: os mortos ressuscitarão, os vivos serão transformados, e todos, em corpos glorificados, arrebatados juntamente nas nuvens para se encontrarem com o Senhor nos ares. Assim temos todo o limite da igreja definido, e todo o período de sua história diante de nós. Retornemos, porém, ao alvorecer de seu dia na Terra.

Sob a figura de um edifício, o Senhor introduz, pela primeira vez, o assunto acerca da igreja. E tão infinitamente precisas são Suas palavras, que podemos adotá-las como o texto, ou lema, de toda sua história. Elas têm sustentado os corações e esperanças de Seu povo em todas as eras, e em todas as circunstâncias, e serão sempre o baluarte da fé. O que pode ser mais bendito, mais tranquilizador, mais apascentador, que estas palavras? "SOBRE ESTA PEDRA EDIFICAREI A MINHA IGREJA, E AS PORTAS DO INFERNO NÃO PREVALECERÃO CONTRA ELA."

Em Mateus 16, o Senhor questiona Seus discípulos acerca do que andavam dizendo os homens sobre Ele. Isto leva à confissão de Pedro, e também à graciosa revelação do Senhor referente à Sua igreja. Pode ser interessante transcrever toda a conversa para nossas páginas, pois nos leva diretamente ao nosso assunto.

"E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas. Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela." (Mateus 16:13-18)

Aqui temos as duas principais coisas que estão conectadas ao edifício proposto - a Pedra do Fundamento* e o divino Construtor. "Sobre esta pedra edificarei a Minha igreja". "Mas, quem é, ou o que é, 'a pedra'?", alguns poderiam questionar. Claramente, a resposta é: a confissão de Pedro; não o próprio Pedro, como ensina a apostasia. Verdadeiramente, ele era uma pedra - uma pedra viva no novo templo; "Tu és Pedro" - tu és uma pedra. Mas a revelação do Pai, por Pedro, da glória da Pessoa de Seu Filho, é o fundamento sobre a qual a igreja é edificada - "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". A glória e a Pessoa do Filho ressurreto é a verdade revelada aqui. "To não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus". Imediatamente após a confissão de Pedro, o Senhor dá a entender Sua intenção em edificar Sua igreja, e afirma sua segurança eterna. "Sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela."

Ele mesmo, a fonte da vida, não podia ser vencido pela morte. Mas, ao morrer como o grande Substituto pelos pecadores, Ele triunfou sobre a morte e a sepultura, e está vivo para sempre, como disse ao apóstolo João após Sua ressurreição: "E [sou] o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno." (Apocalipse 1:18). Quão majestosas e triunfantes são estas palavras! São palavras de um conquistador - de Alguém que tem poder, mas um poder sobre as portas do hades - o lugar dos espíritos separados de seus corpos. As chaves - símbolo de autoridade e poder - estão penduradas em Seu cinto. O golpe da morte pode cair sobre um cristão, mas o aguilhão dela se foi. Ela, agora, vem como uma mensageira de paz para conduzir o cansado peregrino para o descanso eterno da casa celestial. A morte não é mais mestre, mas sim serva do cristão. "Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso; seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro; tudo é vosso, e vós de Cristo, e Cristo de Deus" (1 Coríntios 3:21-23)

A Pessoa de Cristo, então, o Filho do Deus vivo - em Sua ressurreição e glória - é o fundamento, o sólido e imperecível fundamento, sobre a qual a igreja é edificada. Como vivo dentre os mortos, Ele comunica vida em ressurreição a todos que são edificados nEle como a verdadeira pedra do fundamento. Pedro deixa isto claro em sua primeira Epístola: "E, chegando-vos para ele, pedra viva... sois vós também quais pedras vivas, edificados como casa espiritual" (1 Pedro 2:4-5). E mais adiante, no mesmo capítulo ele diz: "E assim para vós, os que credes, é preciosa", ou "uma honra", em outras versões (1 Pedro 2:7). Que possamos entender essas duas preciosas verdades em conexão com nossa "Pedra do Fundamento" - a vida divina e a preciosidade divina. Ambas são dadas e se tornam posse de todos os que colocam sua confiança em Cristo. "Chegando-vos a Ele", não a qualquer outra coisa; é à Pessoa de Cristo que devemos ir, e com a qual devemos estar ligados. Sua vida - vida em ressurreição - se torna nossa. A partir desse momento, Ele é nossa vida. "Chegando-vos para ele, pedra viva... sois vós também quais pedras vivas, edificados como casa espiritual". A própria vida de Cristo, como o Homem ressuscitado, e tudo o que é Sua herança é também nossa. Oh, que surpreendente, maravilhosa e bendita verdade! Quem não desejaria, acima de todas as coisas, essa vida, e essa vida além do poder da morte - além das portas do hades? Uma vitória eterna está gravada na vida ressurreta de Cristo, que não pode nunca mais ser testada; esta é a vida do crente.

Porém, há mais que vida para cada pedra viva no templo espiritual. Há também a preciosidade de Cristo. "E assim para vós, os que credes, é preciosa". Portanto, do mesmo modo como a vida de Cristo se torna nossa quando cremos nEle, assim também é Sua preciosidade. O princípio é o mesmo para ambos. A vida pode ser vista como nossa capacidade de desfrutar, e a preciosidade, como nosso título de possessão e herança nas alturas. Suas honras, tútilos, dignidades, privilégios, possessões, glórias, são nossas - tudo é nosso nEle. "Para aqueles que creem Ele é a preciosidade". Que pensamento maravilhoso! "Ele amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela" (Efésios 5:25). Tal é nossa Pedra do Fundamento, e tal a bem-aventurança de todos os que estão sobre a Rocha. Assim como Jacó, sendo peregrino e estrangeiro, descansou sobre a pedra no deserto, e todo o panorama das riquezas celestiais em graça e glória passaram diante dele (Gênesis 28).

(* Nota do tradutor. Do inglês rock foundationcorner stone (ver Eph 2:20 e 1Pe 2:6) ou foundation stone (explicação no link, em inglês)Pedra principal da esquina, ou pedra do fundamento. Do grego lithos akrogoniaios: pedra pertencente à esquina (extremo canto), ou pedra principal (aparece em Efésios 2.20 e 1 Pedro 2.6). Do hebraico eben pinnah: pedra angular, ou principal da esquina (aparece em Isaías 28:16 e Salmo 118:22). (Dicionário Strong de Grego e Hebraico)  )

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