Mostrando postagens com marcador poesia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador poesia. Mostrar todas as postagens

domingo, 27 de setembro de 2020

Os Homens da Literatura

Os principais dessa classe eram homens como Dante, Petrarca, Boccaccio e Chaucer. Logo após a fundação de faculdades e a grande revolta da mente humana, essas quatro “estrelas da literatura” surgiram quase simultaneamente. Aprouve a Deus, em Sua infinita sabedoria, usar os escritos desses homens, e de muitos outros, para expor os males do sistema romanista e para enfraquecer seu poder. E enquanto muitos de menor nota, e por crimes menores, sofreram cadeias, prisão e morte, foi permitido a esses escritores não apenas escapar da vingança da igreja, como também seguir seu próprio rumo. Suas atraentes produções literárias davam-lhes tamanho favor, em geral, que os padres temiam molestá-los. Assim, na providência de Deus, a até então semioculta corrupção da moral que prevalecia entre o clero, monges e todas as ordens do sistema, foi trazida à luz do dia; sob o véu de poemas populares, contos agradáveis ​​e sátiras, o estado corrupto de todo o sistema eclesiástico foi exposto. As paixões desenfreadas e as imoralidades descaradas da corte de Avignon, e os vícios do clero em geral, tornaram-se o principal tema de canções e gracejos em quase todos os países da Europa. Mas nem a poesia nem a prosa de tais escritores convêm ser repetidas nas páginas deste livro.

Dante, considerado o pai da poesia italiana e célebre principalmente por sua descrição imaginativa do purgatório, do inferno e do céu, morreu em 1321 d.C. Petrarca, que era alguns anos mais jovem, tinha uma reputação ainda maior pela prosa; menos se diz de Boccaccio, sendo seus escritos de caráter mais grosseiro. Chaucer é bem conhecido na Inglaterra como o autor de "Contos de Cantuária". Ele nasceu em 1328 e morreu em 1400. Mas não precisamos nos delongar mais sobre essa classe de pessoas, e nos voltaremos agora para os teólogos.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Versos Sobre o Martírio, por um Centurião Romano

"Dê o cristão ao leão!"
Clama descontroladamente a multidão romana
"Sim, ao leão castanho amarelado da África!"
Gritam os fortes e corajosos guerreiros.
"Deixe o faminto leão os rasgarem!"
Ecoa o riso contente da multidão;
"Arremessam-no - arremessam-no ao leão!"
Gritou alto a nobre matrona.

"Dê o cristão ao leão!"
Falaram em tom grave e lento,
De seus assentos de altos dignatários,
Senadores em vistosas fileiras.
Então de voo em voo, ecoa
O grito, o aplauso, e rajadas de risos
Até o gigante Coliseu
Debaixo do tumulto parecia oscilar;

E o clamor do povo
Rola através do Arco de Tito,
Todos para baixo do fórum romano,
Ao violento Capitólio,
Então uma pausa - mas silêncio, e ouça
Esse berro feroz e selvagem;
Esse é o leão do Saara,
Enfurecido em sua jaula!

Feroz, com fome e em grilhões,
Sacode ele sua juba castanho amarelado!
Para sua presa viva, impaciente,
Lutando contra suas barras e correntes.
Mas uma voz rouba fracamente
Da próxima jaula, fria e escura;
É o canto do cristão condenado à morte
Suave e baixo seu hino de morte;

Com as mãos erguidas está orando
Pelos homens que pedem seu sangue!
Com uma fé santa pleiteia
Por aquela multidão que grita.
Eles estão esperando! Levante a grade
Vem ele adiante, sereno para morrer:
Com uma radiância em torno da testa,
E um brilho nos olhos.

Nunca! quando legiões de romanos no meio,
Com o elmo em sua testa
Pressiona-o para a frente da batalha
Com um passo mais firme que agora.
Erga a grade! Ele está esperando.
Deixe o leão selvagem vir!
Ele só pode romper uma passagem
Para a alma alcançar seu lar!

Postagens populares