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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Os Reinados de Adriano e dos Antoninos (do ano 117 ao 180 d.C.)

Embora seria injusto classificar Adriano e o primeiro Antonino com os sistemáticos perseguidores da igreja, ainda assim os cristãos foram expostos aos mais violentos sofrimentos e morte durante o domínio deles. O costume cruel de atribuir todas as calamidades públicas aos cristãos, e de pedir pelo sangue deles como expiação para as divindades ofendidas, continuavam, e eram geralmente cedidas pelos governantes locais, e não controladas pelos indiferentes imperadores. Mas sob o reinado do segundo Antonino, Marco Aurélio, o espírito maligno da perseguição aumentou drasticamente. Não era mais confinada às explosões da fúria popular, como também era encorajada pelas mais altas autoridades. A tímida proteção que os decretos ambíguos de Trajano, Adriano e dos Antoninos proporcionavam aos cristãos foi retirada, e as excitadas paixões dos pagãos idólatras não foram refreadas pelo governo. É de grande interesse para o estudante da história da igreja ver como isso podia acontecer sob o reinado de um príncipe que se distinguia pela aprendizagem, filosofia e suavidade geral de caráter.

Os últimos sessenta anos de relativa paz tinha aberto um amplo campo para a propagação do evangelho. Durante esse período houve rápido progresso de muitas maneiras. As congregações cristãs aumentaram em número, influência e riqueza por quase todos os cantos dos domínios romanos. Muitos dos ricos, sendo cheios do amor divino, distribuíam o que tinham aos pobres, viajavam para regiões que ainda não tinham ouvido o som do evangelho e, tendo ali plantado o cristianismo, seguiam para outros países. No entanto, o Espírito Santo não podia trabalhar sem despertar os ciúmes e agitar toda a inimizade dos apoiadores da religião nacional. Aurélio viu com maus olhos o poder superior do cristianismo sobre as mentes dos homens comparado com sua própria filosofia pagã. Ele se tornou, então, um intolerante perseguidor, e encorajou as autoridades provinciais a esmagar o que ele considerava um obstinado espírito de resistência a sua autoridade. Mas o evangelho da graça de Deus estava muito além do alcance de Aurélio, e nem sua espada nem seus leões poderiam prender sua triunfante carreira. Apesar das sangrentas perseguições que ele excitava ou sancionava, o cristianismo era propagado por todo o mundo conhecido.

Mas aqui devemos fazer uma breve pausa para olhar a nossa volta. Há algo muito mais profundo na mudança do governo em relação à igreja do que o mero olhar histórico pode discernir. Cremos estar chegando ao fim do primeiro período e início do segundo período da igreja na terra.

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