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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Pedro na Antioquia

Pouco tempo depois, como aprendemos em Gálatas 2, Pedro faz uma visita à Antioquia. Mas apesar da decisão dos apóstolos e da igreja em Jerusalém, uma característica fraqueza de Pedro o trai em um ato de dissimulação. Uma coisa é resolver uma questão na teoria, e outra é realizá-la na prática. Pedro tinha, realmente, declarado na assembleia que o evangelho que Paulo pregava, pela revelação dada a ele, não era nada menos do que uma bênção tanto para o judeu quanto para o gentio. E, enquanto sozinho na Antioquia, ele agiu nesse princípio, andando na liberdade da verdade celestial e comendo com os gentios. Mas quando alguns cristãos judeus vieram da parte de Tiago, ele não mais se atreveu a usar de tal liberdade. "Se foi retirando, e se apartou deles, temendo os que eram da circuncisão. E os outros judeus também dissimulavam com ele, de maneira que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação." (Gálatas 2:12-13). "Que coisa mais pobre que é o homem!", exclamou alguém. "Somos fracos em relação à nossa importância diante dos homens. Quando não somos nada, podemos fazer tudo, desde que esteja de acordo com a aceitação dos outros... Paulo, energético e fiel, pela graça, permanece sozinho de pé, e repreende Pedro diante de todos."

A partir de então, no ano 49 ou 50 d.C., seu nome não aparece novamente no livro de Atos dos Apóstolos, e não temos certeza da esfera de seu trabalho. No entanto, ele se dirige aos cristãos hebreus em sua primeira carta da seguinte maneira: “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia”. Disso podemos concluir que ele trabalhou nesses países. Sua segunda Epístola data de muito tempo depois, e deve ter sido escrita pouco tempo antes de sua morte. Aprendemos isso com o que ele diz no primeiro capítulo: “Sabendo que brevemente hei de deixar este meu tabernáculo, como também nosso Senhor Jesus Cristo já mo tem revelado” (v.14; ver também João 21:18-19).

A data exata da visita de Pedro a Roma tem sido assunto de grande controvérsia entre escritores católicos e protestantes em todas as eras. Mas pode ser considerado um ponto resolvido o fato de ele não ter visitado tal cidade até uma data bem próxima do fim de sua vida. A data de seu martírio é também incerta. Muito provavelmente aconteceu em 67 ou 68 d.C., com mais ou menos setenta anos de idade. O incêndio de Roma causado por Nero é datado por Tácito por volta do mês de julho de 64. A perseguição contra os cristãos eclodiu logo depois, e foi sob tal perseguição que nosso apóstolo foi honrado com a coroa do martírio.

Crucifixion of St. Peter,
1604-1605 - Guido Reni
Ele foi sentenciado à crucificação, sendo esta a mais severa e vergonhosa morte. Mas quando ele olhou para a cruz, ele suplicou aos oficiais romanos para não ser crucificado do modo usual, mas que preferiria sofrer de cabeça para baixo, afirmando que ele não era digno de sofrer na mesma posição de seu bendito Senhor e Mestre. Tendo seu pedido concedido, ele foi crucificado de cabeça para baixo. Seja isto um fato ou uma mera lenda, está em conformidade com o temperamento fervente e a profunda humildade do grande apóstolo. *{Veja William CAVE, Lives o f the Apostles [A vida dos apóstolos]; Edward BURTON, Lectures upon the Ecclesiastical History, [Palestras sobre história eclesiástica]; William SMITH, Smith’s Bible Dictionary.}

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