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domingo, 7 de abril de 2019

A Queda de Otão

Otão tinha ficado três anos fora da Alemanha, três anos de inesperada paz naquele país -- e assim suas mãos se tornaram fortes. Os parentes do jovem Frederico ficaram preocupados por sua segurança. Ele tinha agora dezoito anos de idade. O papa foi consultado em segredo. Ele voltou-se e viu boas razões para tomar medidas ativas contra Otão, e para assumir a mais amigável disposição para com Frederico. Havia muitas dificuldades no caminho, por causa da ocupação de Otão; mas dois bravos e leais cavaleiros suábios realizaram a perigosa expedição, conduzindo Frederico com segurança de sua ensolarada cidade de Palermo até as regiões mais frias da Alemanha, onde ele foi recebido de braços abertos para retomar o trono de seus ancestrais. Mas a causa de Frederico contra Otão foi, na verdade, vencida por Filipe Augusto (Filipe II) da França.

Entre os dois rivais pelo império não houve grandes batalhas. A França por muito tempo tinha sido uma amiga constante dos suábios, assim como a Inglaterra o tinha sido dos saxões. Filipe entrou em uma estreita aliança com Frederico. O conde de Flandres, os príncipes do baixo Reno, e o rei da Inglaterra, se associaram a Otão. À frente de um grande exército ele avançou, com o impulso de uma paixão vingativa, em direção às fronteiras da França. Ele considerava Filipe o verdadeiro autor de todos os seus infortúnios. Mas seu vigilante adversário estava pronto para recebê-lo. No dia de 27 de julho de 1214, uma grande batalha foi lutada no vilarejo de Bouvines, não longe de Lila. Filipe Augusto foi vitorioso sobre o último dos de Otão e de seus aliados. Ele sobreviveu à sua queda cerca de cinco anos, os quais lhe foi permitido passar em penitência monástica sem ter sido formalmente deposto.

No ano seguinte, Frederico II foi coroado em Aix-la-Chappele, e no entusiasmo do momento, ele, com muitos outros, fez um voto de ir pessoalmente em uma cruzada à Terra Santa. Essa promessa precipitada foi a ocasião de problemas que ele mal esperava, e que se estenderam por todo o seu longo reinado de trinta e cinco anos.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

A Disseminação do Cristianismo na Alemanha e Arredores

É mais do que provável que a cruz tenha sido introduzida, num período primitivo, no coração das florestas germânicas, assim como naquelas cidades e distritos que estavam sujeitos ao Império Romano. Os nomes de vários bispos da Alemanha {*N. do T.: ou Germânia, como era conhecida a região na época romana} são encontrados nas listas dos concílios de Roma e Arles realizados sob a autoridade de Constantino nos anos 313 e 314. Mas não foi até o final do sexto e início do sétimo século que o cristianismo foi amplamente disseminado e firmemente enraizado na região. Os bretões (ou britânicos), os escotos (ou escoceses) e os irlandeses foram honrados por Deus como os principais instrumentos nessa grande e abençoada obra. O ardente Columbano, cuja missão já tomamos nota, foi o líder dos primeiros grupos que foram ao auxílio dos pagãos no continente europeu. Ele primeiramente atravessou a França, então passou o Reno e trabalhou pela conversão dos suábios, bávaros, francos e outras nações da Alemanha. St. Kilian, um escocês e evangelista muito devoto, o seguiu. Ele é considerado o apóstolo da Francônia e honrado como um mártir por sua fidelidade cristã por volta do ano 692. Willibrord, um inglês missionário com onze de seus compatriotas, cruzou para a Holanda para trabalhar entre os frísios; mas assim como outros anglo-saxões do período ele era fervorosamente devoto à Sé Romana. Ele foi ordenado bispo de Witteburg pelo papa; seus associados propagaram o evangelho através da Vestfália e dos países vizinhos.

Mas o homem que levou as nações da Germânia como um rebanho de ovelhas sob o pastorio de Roma foi o famoso Vinfrido. Ele nasceu em Crediton, em Devonshire, de uma nobre e rica família, por volta do ano 680. Ele entrou em um monastério em Exeter quando tinha sete anos, e mais tarde se mudou para Nursling em Hampshire. Ali ele se tornou famoso por sua capacidade como pregador e como expositor das Escrituras. Ele se sentia chamado por Deus logo no início de sua vida para ir mundo afora como um missionário aos pagãos. Ele navegou para a Frísia no ano 716. Seus labores foram longos e abundantes. Três vezes ele visitou Roma e recebeu grandes honras do papa. Sob o título de São Bonifácio, e considerado o apóstolo da Germânia, ele morreu como um mártir aos sessenta e cinco anos. Mas embora ele tenha sido um missionário muito bem-sucedido, um homem de grande força de caráter, de grande erudição e de vida santa, ele era um vassalo jurado do papa, e buscava mais o avanço da igreja de Roma do que o avanço do evangelho de Cristo.*

{*Para detalhes particulares veja Middle Ages, de Hardwicke; J. C. Robertson, vol. 2, p. 95}

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