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domingo, 27 de setembro de 2020

As Primeiras Grandes Escolas de Erudição

O surgimento de escolas públicas ou academias no século XII e o aumento da atividade intelectual, sem dúvida, contribuíram muito para o enfraquecimento do papado e da aristocracia feudal. Isso abriu caminho para o surgimento e o estabelecimento do terceiro estado no reino -- as classes médias -- e para o empreendimento comercial. O iluminismo e as liberdades da Europa avançaram continuamente a partir desse período. Escolas foram erguidas em quase todos os lugares, a sede de conhecimento aumentou. "Os reis e príncipes da Europa, vendo as vantagens que uma nação pode tirar do cultivo da literatura e das artes úteis, convidaram homens eruditos para seus territórios, estimularam o gosto pela informação e recompensaram-nos com honras e emolumentos." Mas com tal aumento da atividade mental, muitas doutrinas e opiniões loucas e perigosas foram ensinadas. A teologia escolástica, a filosofia aristotélica e o direito civil e sagrado tiveram seu lugar e reputação. Foi por volta dessa época, meados do século XII, que as grandes universidades de Oxford, Cambridge e Paris foram fundadas, além de muitas outras no continente. Grego e hebraico foram estudados e palestras dadas na forma de exposições e comentários sobre as Sagradas Escrituras, que o Senhor poderia usar para abençoar os estudantes e, por meio deles, a outros.

“Para impor alguma restrição”, diz Waddington, “a essa grande licenciosidade intelectual -- para reavivar algum respeito pelas autoridades antigas -- para erguer alguma barreira, ou pelo menos algum marco, para a orientação de seus contemporâneos, Pedro Lombardo publicou seu célebre ‘Livro das Sentenças’”. Tendo estudado por algum tempo na famosa escola de Bolonha, ele seguiu para Paris com o propósito de prosseguir seus estudos em divindade. O Livro das Sentenças é uma coleção de passagens dos Pais apostólicos, especialmente de Santo Hilário, Santo Ambrósio, São Jerônimo e Santo Agostinho -- uma triste mistura, sem dúvida, de verdade e erro; mas o Senhor estava acima de tudo e poderia usar sua própria Palavra, embora misturada com sutilezas da moda, para a conversão e bênção das almas. Por muito tempo, isso manteve uma indiscutível supremacia nas escolas de teologia, e seu autor foi elevado a grandes honras.

domingo, 20 de setembro de 2020

A Humilhação do Pontífice

Ardendo de raiva, Bonifácio repetiu e redobrou suas ameaças. Mas Filipe decide então seguir um caminho mais curto para encerrar a disputa. Ele despachou um oficial de confiança, Nogaret, com Sciarra Colonna, um membro de uma nobre casa italiana que Bonifácio havia arruinado e desolado, e que era, é claro, inimigo jurado do papa. Estes, juntamente com outros aventureiros e trezentos cavaleiros armados, tinham ordens estritas para prender o papa onde quer que fosse encontrado e trazê-lo como prisioneiro para Paris. O perplexo velho, então com 86 anos de idade, retirou-se para seu palácio em Anagni, sua terra natal, para compor outro touro, no qual ele afirmava, "que como vigário de Cristo, ele tinha o poder de governar reis com um cetro de ferro, e para despedaçá-los como um vaso de oleiro." Mas sua suposição blasfema de onipotência logo se transformou em um espetáculo de fraqueza humana e morte.

Um grito foi ouvido; o papa e os cardeais, que estavam todos reunidos ao seu redor, ficaram assustados com a declaração de guerra e o terrível grito: "Morte ao papa Bonifácio! Viva o rei da França!" Os soldados imediatamente dominaram palácio pontifício. Quase todos os cardeais, e até mesmo os assistentes pessoais do papa, fugiram. Ele foi deixado sozinho, mas não perdeu o domínio próprio. Assim como o inglês Thomas Becket, ele esperou o golpe final com coragem e resolução. Ele apressadamente jogou o manto de São Pedro sobre os ombros, colocou a coroa de Constantino na cabeça, agarrou as chaves com uma das mãos e a cruz com a outra, e sentou-se no trono papal. Sua idade, intrepidez e majestade religiosa espantaram os conspiradores. Quando Nogaret e Colonna viram a forma venerável e a compostura digna de seu inimigo, eles se abstiveram de seu propósito sanguinário e se satisfizeram com insultos vulgares contra o desgraçado velho pontífice. As injustiças infligidas às famílias e amigos desses oficiais pelo cruel papa extinguiram todo sentimento em relação a ele, exceto vingança. Mas, pela providência de Deus, foram impedidos de derramar o sangue de um velho indefeso aos oitenta e seis anos.

Enquanto os líderes estavam com isso ocupados, o corpo dos conspiradores se dispersou pelos recintos esplêndidos do palácio em busca de saque. "Os palácios do papa", diz Milman, "e de seu sobrinho foram saqueados, e tão vasta era a riqueza que as receitas anuais de todos os reis do mundo não teriam sido iguais aos tesouros encontrados e levados pelos soldados mercenários de Sciarra. Sua câmara particular foi saqueada; nada foi deixado, exceto paredes nuas. "

Por fim, o povo de Anagni foi levado à rebeldia. Eles agrediram os soldados por quem foram intimidados. Mas, como agora estavam de posse dos despojos do palácio e o papa estava preso, eles não estavam dispostos a se retirar. O papa foi posto novamente em liberdade; enfurecido pela desgraça de seu cativeiro, ele correu para Roma ardendo de vingança. Mas a violência de sua paixão subjugou sua razão; ele recusou ajuda; ele chorou por vingança; mas ele agora estava impotente como os demais homens. Ele removeu todos os seus assistentes, trancou-se em uma sala para que ninguém pudesse vê-lo morrer -- mas morreu; e morreu sozinho; e estará diante do tribunal de Deus sozinho; e tem que responder sozinho pelas ações feitas no corpo, e sob uma responsabilidade inteiramente sua. Não podemos cruzar essa linha, mas qual será a porção eterna daquele de quem a história imparcial diz: "De todos os pontífices romanos, Bonifácio deixou o nome mais sombrio por sua astúcia, arrogância, ambição, e até mesmo pela avareza e crueldade."*

 {* Ver Dean Milman, vol. 5, pág. 143; Dean Waddington, vol. 2, pág. 319; Greenwood, vol. 6, pág. 277.}

domingo, 14 de abril de 2019

A Ira do Rei

Filipe Augusto (Filipe II) foi um príncipe orgulhoso, arrogante e cheio de si, não acostumado a suportar silenciosamente uma tão grande interferência. Ele irrompeu em ataques de fúria, e jurou pela espada de Carlos Magno que preferia perder metade de seus domínios do que se separar de Inês de Merânia. Ele ameaçou o clero com medidas extremas se eles ousassem obedecer o papa. Ingeborg foi capturada, arrastada de seu claustro e aprisionada no reforçado castelo de Etampes. Mas a ira do rei não prevaleceria sobre o severo decreto do papa. Os barões, cujo poder ele tinha reduzido, não se preocuparam em apoiá-lo; o povo estava em um estado de piedosa revolta. Eles tinham se reunido ao redor das igrejas, forçavam as portas; eles estavam determinados a não ficarem privados de seus serviços religiosos. O rei ficou alarmado com os motins entre o povo, e prometeu obedecer o papa.

Uma delegação foi enviada a Roma. O rei reclamou dos duros procedimentos do legado, mas declarou-se pronto a cumprir a sentença do papa. "Que sentença?", exclamou severamente sua santidade; "ele conhece nosso decreto; faça-o repudiar sua concubina, receber sua esposa de direito, reinstaurar os bispos a quem expeliu, e que dê-lhes satisfação por suas perdas. Então retiraremos o interdito, receberemos suas garantias, examinaremos o alegado relacionamento, e pronunciaremos nosso decreto". A resposta veio ao coração de Inês, e levou o rei à loucura. "Vou me tornar muçulmano", exclamou ele. "Feliz é Saladino, que não tem um papa sobre ele". Mas o arrogante Filipe tinha que se curvar. As afeições e os sentimentos religiosos de todas as classes estavam do lado do clero. Ele convocou um parlamento em Paris, que foi assistido por todos os grandes vassalos da coroa. "O que faremos?", exigiu o rei, com sua bela Inês ao seu lado. "Obedeça o papa, dispense Inês, e receba de volta a Ingeborg", foi a esmagadora resposta. Assim, aquele que tinha dobrado a França em extensão pelo gume afiado de sua espada e pela prudência de sua política; aquele que tinha erguido a coroa a uma certa independência acima dos grandes senhores feudais; agora esse mesmo tinha que beber o chorume da humilhação na presença dos nobres da França a pedido do papa.

A cena era esmagadora. Inês declarara que nada lhe importava a coroa, que era seu marido que ela amava; uma estranha, filha de um príncipe cristão, jovem e ignorante do mundo, tinha se casado com o rei, e com ele tivera dois filhos. "Não me separem do meu marido", era seu tocante apelo. Mas o inexorável decreto foi emitido: "Obedeça o papa, dispense Inês, receba de volta a Ingeborg". O rei por fim concordou com uma reconciliação com Ingeborg. Ela foi trazida diante dele, mas a vista dela despertou tanto a aversão do rei que as negociações foram quase quebradas. Enfim, ele dominou seus instintos pelo momento e curvou-se à sentença papal. Ele jurou recebê-la e honrá-la como rainha da França. Naqueles momento, o soar dos sinos proclamaram que o interdito que pesava tanto sobre o povo por mais de sete meses tinha sido retirado. "As cortinas foram retiradas de sobre as imagens e crucifixos, as portas das igrejas se abriram, e as multidões se aglomeravam para saciar seus desejos piedosos que haviam sido suprimidos durante o período do interdito".

Roma alcançou seu objetivo; ela triunfou sobre o maior rei da cristandade, e assim cumpria-se a Palavra de Deus: "A mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra" (Ap 17:18)*. O domínio universal sobre os corpos, almas e assuntos dos homens era seu desejo insaciável, seu incessante objetivo. E além dessa demonstração de poder, não podemos supôr que Roma tivesse qualquer outro maior objetivo em vista, pois tinha sancionado, no grande predecessor de Filipe (Luís VII), uma conduta muito mais ultrajante.

{* N. do T.: Isso não significa que isso já foi cumprido e que não se cumprirá mais no futuro. Aqui temos apenas uma demonstração do espírito da Babilônia, que será levada a ainda maiores extremos no período da grande tribulação, do qual narra essa passagem de Apocalipse.}

O aflito rei então se separou de sua Inês, ambos com o coração partido. Pouco tempo depois ela morreu de dor, tendo dado à luz um filho, a quem ela deu o significativo nome de João-Tristão -- o filho de minha tristeza. Ingeborg foi recebida com honra exterior, mas viveu na realidade como uma prisioneira do Estado; nada podia jamais induzir Filipe a viver com ela como sua esposa, embora tenha consentido que vivesse no palácio. Novas disputas entre a França e Inglaterra desviaram a mente de Inocêncio da rainha negligenciada e abriram um campo mais convidativo para sua mente ativa e ambiciosa.  

domingo, 7 de abril de 2019

Inocêncio e Filipe Augusto

Vimos a interferência de Inocêncio na elevação de três imperadores ao trono do Império Romano-Germânico, e a política que ele perseguiu de modo a obter um maior poder secular para a Sé romana, e um domínio extensivo sobre as mentes e o modo de vida de toda a humanidade. Agora o seguimos ao reino da França, para ali testemunhar uma expressão do mesmo poder pontifício, mas sobre outras bases, e por outros objetivos. Agora ele aparece como o protetor da inocência contra o erro, o pregador da moral cristã, e o mantenedor da santidade do vínculo matrimonial. Poderíamos estar dispostos a supôr que, em sua disputa com Filipe II da França, ele possa ter atuado por um motivo correto; mas sua conduta exterior é marcada pelo mesmo espírito ditatorial que até então caracterizava seu reinado. Ele assume para si a alta função da suprema direção de todos os assuntos humanos; como árbitro em última instância, seja o assunto um trono contestado ou o santo sacramento do matrimônio. Mas nosso principal objetivo, sob esse título, é dar ao leitor um exemplo de como um reino inteiro foi colocado sob o banimento papal. É difícil, em nossos dias, acreditar nas terríveis consequências disso.

Uma circunstância notável, relacionado ao segundo casamento de Filipe, forneceu a Inocêncio a oportunidade desejada de castigar e humilhar o aliado e apoiador da casa da Suábia. Em seu retorno da cruzada em 1193, ele foi atraído pela fama da beleza e virtudes de Ingeborg, ou Isemburge, irmã do rei da Dinamarca. A mão do rei da França foi prontamente aceita, e o dote fixado. Ela chegou à França sob o comando de uma nobreza dinamarquesa, e o rei apressou-se a encontrá-la em Amiens. No dia seguinte ao casamento deles, o casal real foi coroado; mas, durante a cerimônia de coroação, percebia-se que Filipe estremecia e estava pálido. Logo descobriu-se que ele tinha concebido uma inconquistável aversão por sua nova rainha. Como não se podia achar uma causa verdadeira para tal mudança no rei, o fato foi popularmente atribuído à feitiçaria, ou alguma influência diabólica. Ela é descrita como tendo modos gentis, muito bonita, e uma cristã sincera. Filipe propôs enviá-la de volta para a Dinamarca, mas seus súditos recusaram realizar tal vergonhoso ofício; e ela própria tinha se determinado a permanecer na França.

O rei se encontrava então em grande dificuldade. Ele pediu o divórcio, mas sabia que, a menos que uma dissolução do casamento pudesse ser obtida da forma devida, ele não teria paz. As genealogias das casas reais foram traçadas, e, tendo os bispos devotos ao rei descoberto que o casal real se encontrava dentro dos degraus de parentesco que impossibilitavam o casamento, o clero da França, encabeçado pelo arcebispo de Reims, pronunciou o casamento como nulo e vazio. Quando a sentença foi explicada a Ingeborg, que mal conseguia falar uma palavra sequer em Francês, seus sentimentos de indignação foram expressos ao exclamar: "Maldita França! Roma! Roma!" Seu irmão assumiu sua causa e apelou ao velho papa da época, Celestino; mas este se sentia muito fraco para disputar com o poderoso rei da França, e nenhum passo decidido foi tomado durante o restante de seu pontificado. Enquanto isso, Ingeborg foi encerrada em um convento, e Filipe casou-se com Inês, a bela filha do duque de Merânia. Sua afeição por Inês era tão intensa quanto seu ódio por Ingeborg. A primeira foi introduzida, em todas as ocasiões, para agraciar o círculo real; a último foi arrastada de convento em convento, ou melhor, de prisão em prisão.

Tal era o estado das coisas na França quando Inocêncio defendeu a causa da repudiada princesa da Dinamarca. Ele primeiramente escreveu ao bispo de Paris, e depois ao próprio rei. Depois de defender a santidade do casamento, ele advertiu o rei para que deixasse Inês e restaurasse Ingeborg. O rei orgulhosamente declarou que os assuntos de seu casamento não eram da conta do papa. Mas Filipe logo sentiria o poder e o terror dos trovões papais, e como nunca antes tinham sido sentidos na França.

domingo, 7 de maio de 2017

Os Nórdicos

Se não acreditássemos que esses poderosos inimigos do cristianismo -- os nórdicos, ou piratas das regiões do Norte -- fossem instrumentos nas mãos de Deus para a punição da apóstata igreja de Roma, não estaria em nossos planos apresentá-los. Mas como eles aparecem como nada mais do que o juízo de Deus contra o completo mundanismo de todas as ordens do sacerdócio católico, vamos tomar uma breve nota.

Originalmente, eles vieram das margens do Báltico, na Dinamarca, Noruega e Suécia. Provavelmente eles era uma mistura dos godos, dinamarqueses, noruegos, suecos e frísios. Mas, embora compostos de tantas diferentes tribos, todos concordavam quanto ao mesmo objetivo principal -- saquear e matar. Seus pequenos reis e chefes eram piratas experientes, e os mais ousados que já infestaram os mares ou as margens da Cristandade Ocidental. Eles empurravam seus barcos leves rio acima até onde podiam ir, queimando, matando e saqueando onde quer que chegassem.

"Das margens do Báltico", diz Milman, "das ilhas escandinavas, dos golfos e lagos, suas frotas velejavam para onde a maré ou a tempestade os levassem. Eles pareciam desafiar, em suas embarcações mal formadas, o mais selvagem clima, a fim de poderem desembarcar nas margens mais inacessíveis, a fim de encontrar seu caminho até os riachos mais estreitos e os rios mais rasos. Nada estava seguro, nem mesmo no coração do país, da repentina aparição desses selvagens implacáveis". Eles foram chamados de "os árabes do mar", mas, diferente dos muçulmanos, eles não lutavam uma guerra religiosa. Eles eram pagãos ferozes, e seus deuses, assim como eles próprios, eram guerreiros e piratas. O saque, e não a propagação da fé, era o objetivo deles. O castelo ou o monastério, o senhor nobre, o bispo ou o monge, eram todos iguais aos seus olhos, desde que se pudesse obter um rico montante. As propriedades religiosas, especialmente na França, foram as que mais sofreram. A riqueza e a posição indefesa dos monastérios os tornavam os principais objetivos de ataque.

Um dia de retribuição tinha chegado. A mão de Deus pesava sobre aqueles que chamavam a si mesmos de Seu povo. Sua ira parecia queimar. A igreja tinha agora de pagar caro por sua grandeza e glória mundana. Tinha sido sua ambição por séculos, e Carlos Magno tinha elevado o clero a grande riqueza e honra mundana. Mas, mal eles sentaram em seus palácios e a maré de invasão bárbara começou a assolar o império e a depredar os edifícios religiosos. Quanto mais rica a abadia, mais tentadora a presa, e mais implacável era a espada do bárbaro. Ignorantes das diferentes ordens do clero, eles massacravam indiscriminadamente. Fogo e espada eram as armas que usavam ao longo de suas carreiras. "A França estava coberta de bispos e monges que fugiam de seus claustros arruinados, seus monastérios incendiados, suas igrejas desoladas, levando consigo as preciosas relíquias dos seus santos, e assim aprofundando o pânico universal, e pregando o desespero por onde quer que fossem."

A fim de obter paz com os normandos, que forçaram seu caminho até o rio Sena, e por dois anos sitiaram a cidade de Paris, Carlos, o Simples, da França, cedeu o ducado da Normandia ao líder deles, Rollo, em 905. Assim o pirata do Báltico abraçou a religião cristã, tornou-se o primeiro Duque da Normandia e um dos doze nobres associados da França. William, conquistador da Inglaterra em 1066, foi o sétimo Duque da Normandia.

A Inglaterra, assim como a França, foi muito assediada e desolada pelos nórdicos. A primeira descida, que foi severamente sentida, aconteceu por volta do ano 830. Desde aquele tempo essas invasões foram incessantes. E ali, assim como na França, encontraram o mais rico saqueio nos monastérios indefesos. Os santuários foram degradados com fogo e espada. Com o tempo, após a vitória conquistada por Alfredo sobre Guthrum em 878, um grande território foi cedido aos dinamarqueses no Leste da Inglaterra, sob a condição de que abraçassem o cristianismo e vivessem sob leis iguais com os habitantes nativos. Mas a paz assim obtida duraria apenas por um tempo.*

{*Robertson, vol. 2, p. 360}

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