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domingo, 10 de janeiro de 2016

A Verdadeira Causa da Perseguição

Embora diferentes razões possam ser dadas por diferentes pessoas e governos para perseguir os cristãos, ainda assim cremos que a verdadeira causa é a inimizade do coração contra Cristo e Sua verdade, como vista nas vidas piedosas de Seu povo. Além disso, a luz deles torna manifesta a escuridão ao redor, e expõe e reprova as inconsistências dos falsos professos e as vidas ímpias dos malignos. O inimigo, tomando ocasião por essas coisas, desperta as paixões cruéis daqueles que tinham o poder para apagar a luz ao perseguirem os portadores da luz. "Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz" (João 3:20). Tal tem sido a experiência de todos os cristãos, em todas as épocas, tanto em tempos de paz quanto em tempos de angústia. Não há isenção de perseguição, secreta ou abertamente, se vivermos de acordo com o Espírito e a verdade de Cristo. Dentre as últimas palavras que o grande apóstolo escreveu estavam estas: "E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições." (2 Timóteo 3:12)

Estas verdades divinas, dadas para a instrução e direção da igreja em todas as eras, foram admiravelmente ilustradas no caso de Plínio e dos cristãos da Bitínia. Ele é citado por todos os historiadores como um dos mais esclarecidos, virtuosos e realizados homens da antiguidade. Ele foi também possuidor de grandes riquezas, e tinha a reputação de ser muito liberal e benevolente em sua vida privada. Por que então, podemos perguntar, sendo um estadista e governador romano, ele se tornou um tal perseguidor dos cristãos? Esta pergunta ele responde em sua própria carta. Foi simplesmente pela fé deles em Cristo - nada mais. Tinha sido provado a ele, tanto por amigos quanto por inimigos, que os cristãos não eram culpados de mal algum, nem moralmente, socialmente e politicamente. Fazendo três vezes a pergunta "Vocês são cristãos?", e se eles firmemente afirmassem que eram, ele os condenava à morte. O único pretexto que ele deu para cobrir a injustiça de sua conduta como governador era o fato de que os cristãos professavam obstinadamente uma religião não estabelecida pelas leis do império.

Muitos, por causa de malícia privada e outras razões, eram nesse tempo anonimamente acusados de serem cristãos, sendo que de fato não eram. Estes eram testados sendo chamados para negar sua fé, oferecer incenso aos deuses, adorar a imagem do imperador, e insultar a Cristo. Todos os que se conformavam a esses termos eram dispensados. Mas a nenhuma dessas coisas, como o próprio Plínio dá testemunho, podiam ser os verdadeiros cristãos compelidos a fazer. Ele, em seguida, recorreu ao costume brutal de examinar pessoas inocentes por tortura. Duas mulheres, notáveis servas da igreja, foram então examinadas. Mas, em vez da esperada confissão sobre o rumoroso caráter sedicioso (revoltoso) e licencioso (desregrado) de suas reuniões, nada desfavorável à comunidade cristã podia ser extraído delas por tortura. O governador não podia detectar nada por quaisquer meios tentados, exceto o que ele chama de "uma superstição perversa e extravagante".

Também deve-se ter em mente, tanto pelo crédito como também pela culpa mais profunda de Plínio, que ele não procedeu contra os cristãos por mero preconceito popular - ao contrário de seu amigo Tácito, que se deixou levar pelos rumores e, sem qualquer investigação mais profunda, escreveu contra o cristianismo da maneira mais irracional e desgraçada. Mas Plínio considerou como dever entrar em cuidadosa investigação sobre toda a questão antes de dar seu julgamento. Como, então, podemos explicar que tal homem, aparentemente desejoso de agir de forma imparcial, pudesse perseguir até a morte pessoas inocentes? Para responder esta pergunta, devemos investigar as causas externas ou ostensivas da perseguição.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

O Apóstolo Pedro (Parte 2)

Chegamos agora à última seção na narrativa sagrada da história de Pedro. Do versículo 32 do capítulo 9 ao versículo 18 do capítulo 11 de Atos temos um relato de suas pregações e milagres. Ali o vemos mais uma vez em plena autoridade apostólica, e o Espírito Santo trabalhando com ele. Sua missão nesse momento foi grandemente abençoada, tanto nas cidades de Israel quanto na Cesareia. Toda a cidade de Lida e o distrito de Sarona parecem ter sido despertados. Os milagres feitos por Pedro, e o evangelho por ele pregado, foram usados por Deus para a conversão de muitos. Assim, lemos: "E viram-no todos os que habitavam em Lida e Sarona, os quais se converteram ao Senhor." (Atos 9:35). A benção era geral. "Se converter ao Senhor" é a ideia de conversão encontrada nas Escrituras. E em Jope também, pela ressurreição de Dorcas, havia grande agitação e benção. "E foi isto notório por toda a Jope, e muitos creram no Senhor." (Atos 9:42)

No capítulo 10 - que já consideramos - os gentios são trazidos à igreja. E agora Pedro, tendo terminado sua missão por essas bandas, retorna a Jerusalém. Após o relato de sua libertação do poder de Herodes no capítulo 12, não temos mais relatos sobre a história do apóstolo da circuncisão em Atos.

Como Herodes Agripa, o rei idumeu, tem papel tão proeminente nessa história, pode ser interessante tomar nota sobre ele. Ele professava grande zelo pela lei de Moisés e mantinha um certo respeito para com sua observância externa. Desse modo, ele ficou do lado dos judeus contra os discípulos de Cristo, sob um fingido zelo religioso. Esta era sua política. Era uma figura do rei adversário.

Foi por volta de 44 d.C. que Herodes buscou se insinuar com seus súditos judeus, perseguindo os inofensivos cristãos. Não que houvesse qualquer amor entre Herodes e os judeus, posto que se odiavam de coração; mas aqui eles se uniram, pois ambos odiavam o testemunho celestial. Herodes matou Tiago com a espada e lançou Pedro na prisão. Era sua intenção perversa mantê-lo lá até depois da Páscoa, e então, quando uma grande quantidade de judeus de todas as partes estivessem em Jerusalém, fariam um espetáculo público de sua execução.  Mas Deus preservou e libertou Seu servo em resposta às orações dos santos. Eles têm armas de guerra que os governantes do mundo não conhecem. Deus permitiu que Tiago selasse seu testemunho com seu sangue, mas preservou Pedro para que pudesse ser testemunha na Terra por mais tempo. Assim nosso Deus governa sobre tudo. Ele é o Governador entre as nações, seja qual for o orgulho e a vontade do homem. O poder pertence a Ele. Débil, de fato, é o poder de cada inimigo quando Ele interfere. Herodes, tornando-se perplexo e confuso diante das manifestações de um poder que ele não podia entender, condena os guardas da prisão à morte, e deixa Jerusalém. Mas ele nem imaginava que sua própria morte precederia a de seus próprios prisioneiros.

Em Cesareia, a sede gentia de sua autoridade, ele ordenou que se fizesse uma festa magnífica em honra ao Imperador Cláudio. Somos informados de que multidões da mais alta hierarquia, vindas de todos os cantos, foram reunidas. Na segunda manhã de festividades, o rei apareceu em um manto prateado de grande esplendor, que brilhava com os raios do sol, de modo que ofuscava os olhos de toda a assembleia e provocava admiração geral. Ao fazer um discurso ao povo, de seu trono, alguns de seus bajuladores levantaram um grito: "É a voz de um deus!". Herodes, em vez de reprimir tal ímpia adulação, que se espalhou pelo teatro, a aceitou. Mas um senso do julgamento de Deus, naquele momento, atravessou o coração do rei. Em tom de profunda melancolia ele disse: "Seu deus irá, em breve, sofrer da comum sina da mortalidade". Na força da linguagem das Escrituras, está escrito assim: "E no mesmo instante feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória a Deus e, comido de bichos, expirou." (Atos 12:23). Ele foi, então, tomado de intensas dores violentas, e levado do teatro a seu palácio. Ali ele permaneceu por cinco dias, e morreu na maior agonia, e na mais humilhante e repugnante condição possível. 

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