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domingo, 1 de janeiro de 2017

A Religião do Islã

Assim, a nova religião anunciada era o Islã -- uma palavra que significa submissão ou resignação à vontade de Deus. Sua doutrina foi resumida em seu próprio aforismo: "Não há Deus se não o verdadeiro Deus, e Maomé é seu profeta". Os seis principais artigos na fé teórica do Islam eram: (1) crença em Deus, (2) em Seus anjos, (3) em Suas escrituras, (4) em Seus profetas, (5) na ressurreição e no dia do juízo, e (6) na predestinação. A parte prática do credo do profeta era igualmente irrepreensível, de acordo com os pensamentos prevalentes da observância religiosa da época, e abrange quatro grandes preceitos: (1) orações e purificação; (2) esmolas; (3) jejum; e (4) a peregrinação a Meca, que era considerada tão essencial que qualquer um que morresse sem realizá-la poderia ser equivalente a ter morrido como um judeu ou um cristão.

O único artigo realmente novo e surpreendente na religião do Islã era a missão divina de Maomé como o apóstolo e profeta de Deus. Mas nessas aparências justas é mais manifesta a obra de Satanás. Tais princípios simples e elementares não fariam violência a ninguém, mas enganariam muitos. A história claramente prova que suas opiniões mudaram com seu sucesso, e que sua violência e intolerância aumentaram com seu poder, até ter se tornado uma religião da espada, da pilhagem e da sensualidade. "Ele foi um pregador gentil", diz Milman, "até ter desembainhado a espada". A espada, uma vez desembainhada, é o argumento impiedoso. Em certa época encontramos o amplo princípio da tolerância oriental explicitamente declarado: a diversidade de religiões é atribuída à ordenação direta de Deus, e todos compartilhavam o mesmo ideal. Mas o Alcorão gradualmente retrai todas essas sentenças mais suaves e assume a linguagem de superioridade insultante ou de aversão não disfarçada. Mas, embora o Alcorão tenha muitos pontos de semelhança tanto com o judaísmo quanto com o cristianismo, pensa-se que Maomé não conhecia o Antigo e o Novo Testamento -- que ele, na verdade, tirou seu material de lendas talmúdicas, dos evangelhos espúrios e de outros escritos heréticos, misturados às velhas tradições da Arábia.

Os primeiros convertidos que Maomé ganhou para sua nova religião estavam entre seus amigos e relações próximas, mas a obra de conversões prosseguiu bem devagar. Ao final de três anos seus seguidores somavam somente quatorze. Não contente com seu progresso, ele resolveu fazer uma declaração pública de sua religião. Ele primeiro chamou sua própria família para que o reconhecessem como um profeta de Deus, e, tendo sido aceito como o profeta pela sua família, também aspirou ser profeta de sua tribo. Mas suas exigências foram recusadas pelos coraixitas, suas pretensões foram desacreditadas, e ele mesmo e seus seguidores foram perseguidos.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

A Família e Juventude de Maomé

De acordo com a tradição árabe, ele era de uma família nobre chamada Coraixe. Essa tribo, os coraixitas, na época do nascimento de Maomé (que é geralmente datada por volta do ano 569), era um tipo de hierarquia que exercia a supremacia religiosa, e eram os guardiões reconhecidos da Caaba, a pedra sagrada de Meca, com seu templo. Seu pai morreu logo após seu nascimento, e sua mãe quando ele era muito novo, de modo que ele ficou órfão e destituído. Tendo outros membros masculinos de sua família também morrido, o governo de Meca e as chaves da Caaba passaram para as mãos de outro ramo da família. Pouco é conhecido sobre os primeiros 25 anos de sua vida, salvo que ele tenha se dedicado a atividades mercantis, e foi tão bem-sucedido e honrado em seus negócios que recebeu o título de Amin, ou fiel. Aos 28 anos casou-se com uma viúva de sua família, que possuía uma grande riqueza. Doze anos após seu casamento -- quando tinha 40 anos -- o profeta começou a ouvir as intimações de sua futura missão. Os infortúnios  de sua família e como recuperar sua antiga dignidade e poder podem ter estado, no início, em sua mente. De acordo com o costume que era comum entre seus conterrâneos, ele se retirava todos os anos a uma caverna em uma montanha, e gastava algum tempo em solidão religiosa. Foi em uma dessas cavernas, de acordo com seu próprio relato, que ele recebeu sua primeira comunicação vinda do céu -- ou melhor, como cremos, do abismo das trevas. Ele foi, no entanto, gradualmente levado a crer que era especialmente chamado por Deus para ser um instrumento para a destruição da idolatria e para a propagação da verdadeira fé. Seus oráculos, que ele professava receber diretamente do céu pelo anjo Gabriel, foram preservados no Alcorão, e considerados pelos fiéis como a palavra de Deus.

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