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domingo, 18 de setembro de 2022

O Segundo Período da Vida de Lutero

Aos quatorze anos, Martinho havia aprendido tudo o que podia ser ensinado em Mansfeld e, tendo prometido alguma proficiência, seu pai o mandou para a escola franciscana de Magdeburgo. Mas a severidade da educação de Lutero não cessou quando ele deixou a casa de seu pai e a dura disciplina de Emílio. Ele se viu em Magdeburgo no meio de estranhos, sem amigos, sem meios e sem comida suficiente para viver. Seu espírito foi esmagado; ele estremeceu na presença de seus mestres, e teve que empregar os intervalos de estudo para mendigar pão. Quando, com seus jovens companheiros, ele percorria no Natal as aldeias vizinhas cantando canções, todos estavam tão tímidos por causa das ameaças e da tirania com que os professores estavam acostumados a governar seus alunos, que fugiram de um amável camponês que saiu com alguma comida para eles. Assustados com o som de uma voz alta chamando: "Rapazes, onde estão vocês?" eles fugiram. Foram apenas seus repetidos chamados e tranquilizações que os convenceu a voltarem para receberem a doação. 

Aqui Lutero permaneceu cerca de um ano, mas sua dificuldade em encontrar comida era tão grande que, com o consentimento de seus pais, partiu e foi para Eisenach, que continha uma boa escola, onde também residiam os parentes de sua mãe. Mas seus parentes que moravam lá o negligenciaram ou não puderam ajudá-lo. Suas circunstâncias eram tão difíceis que parecia provável que ele teria que sair. Mas novamente, quando beliscado pela fome, ele tentou cantar de porta em porta pedindo por um pedaço de pão. Este costume ainda é preservado em muitas cidades alemãs; e em alguns lugares espera-se que os meninos do coral solicitem contribuições para ajudar nos fundos da instituição. Tal modo de ganhar o pão era muito humilhante para a mente de Lutero. As repulsas frequentes que ele encontrou quase quebraram seu espírito; ele derramou muitas lágrimas em segredo e se entregou a pensamentos ansiosos sobre o futuro. 

"Devo abandonar todas as minhas esperanças de educação, de melhoria, de progresso? Devo voltar para Mansfeld e ser encerrado nas minas para sempre?" Tais questões tornaram-se realidades presentes para o jovem estudante. Mas havia Alguém que o vigiava, embora ele ainda não O conhecesse, e que o destinava a trabalhar em outras minas além das de Mansfeld. A mão de um Pai dirigia e pesava cada provação; o inimigo não poderia acrescentar um grão ao seu peso além da medida divina. Ele estava treinando Seu futuro servo na escola da adversidade; e quando ele tivesse aprendido a lição, a recompensa viria. Uma crise em sua história estava próxima; o tempo de alívio do Senhor chegaria.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

A Carta à Igreja de Esmirna (Apocalipse 2:8-11)

Nosso interesse na história da igreja é muito maior quando vemos que o Senhor marcou clara e distintamente suas sucessivas épocas. A condição exterior da igreja até a morte do primeiro Antonino - até onde pode ser determinado a partir dos registros históricos mais autênticos - responde de forma marcante àquilo que aprendemos das Escrituras, especialmente a carta a Éfeso. Havia consistência e zelo exteriores; eles eram incansáveis. É também evidente que havia caridade, pureza, devoção, santa coragem, até mesmo a ponto da maior prontidão em sofrer de todos os modos por causa do Senhor. Ao mesmo tempo fica claro, tanto das Escrituras quanto da história, que falsas doutrinas estavam progredindo, e que muitos estavam manifestando um desejo mais indigno de conquistar preeminência na igreja. Aquele esquecimento de si mesmo, e aquele cuidado por Cristo e Sua glória, que eram os primeiros frutos de Sua graça, tinham desaparecido. Historicamente chegamos agora ao período da igreja de Esmirna. Para a conveniência do leitor vamos citar o discurso todo:

"E ao anjo da igreja em Esmirna, escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi morto, e reviveu: Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás. Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte." (Apocalipse 2:8-11). Aqui o Senhor enfrenta o declínio com uma severa tribulação. Meios mais amenos não atingiriam os objetivos. Isso não é incomum, embora eles pudessem pensar que algo estranho tinha acontecido com eles. Mas todas as suas aflições eram conhecidas pelo Senhor, calculadas por Ele, e estavam sob Seu controle. "Tereis uma tribulação de dez dias". O período do sofrimento deles é especificado com exatidão. E Ele lhes fala como alguém que tinha conhecido, Ele mesmo, as profundezas da tribulação. "Isto diz o primeiro e o último, que foi morto, e reviveu". Ele tinha passado através da mais profunda tristeza, e através da própria morte - Ele tinha morrido por eles, e estava vivo novamente. Eles tinham esta bendita Pessoa para se refugiarem nas provações. E enquanto Ele olha, e anda, no meio dos Seus em sofrimento, Ele diz: "Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida". Assim Ele tem em Suas mãos a coroa de mártir, pronto para colocá-la na cabeça de Seu fiel vencedor.

Vamos agora voltar à nossa história, e observar sua semelhança com essa epístola.

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