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domingo, 12 de março de 2017

A Soberania dos Pontífices Romanos (775 d.C.)

O papa tornou-se então um príncipe secular. O dia a tanto tempo esperado tinha chegado; o sonho afeiçoado de séculos tinha se realizado. Os sucessores de São Pedro são proclamados soberanos pontífices e os senhores da cidade e dos territórios de Roma. O último elo da sombria vassalidade e subserviência ao Império Grego [ou Império Oriental] está quebrado para sempre, e Roma tornou-se novamente a reconhecida capital do Ocidente.

O grande papa Adriano assumiu imediatamente os privilégios do poder e a linguagem de um soberano secular a quem é devida fidelidade. Murmúrios vindos de Ravena e do Oriente foram rapidamente silenciados, e Roma reinou suprema. A linguagem do papa, até mesmo para com Carlos Magno, era a de um igual: "Como os vossos homens", diz ele, "não estão autorizados a vir a Roma sem vossa permissão e carta especial, do mesmo modo meus homens não estão autorizados a aparecer perante a corte da França sem as mesmas credencias vindas de mim". Ele reivindicou a mesma fidelidade dos italianos que os súditos de Carlos Magno deviam a ele. "A administração da justiça estava no nome do papa; não apenas os assuntos eclesiásticos e nas rendas das propriedades que formavam parte do patrimônio de São Pedro, como também as receitas civis entraram em seu tesouro... Adriano, com o poder, assumiu a magnificência de um grande potentado... Roma, com o aumento das receitas papais, começou a retomar mais de seu antigo esplendor."

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Maomé, o Falso Profeta da Arábia

Capítulo 15: Islamismo - Iconoclastia (569 - 741 d.C.)


Foi com muito interesse que traçamos o constante progresso e poder subjugador do cristianismo em toda a Europa durante os séculos VII e VIII, embora em sua roupagem latina ou romana. O nome de Jesus foi disseminado mundo a fora, e Deus pôde usar o doce sabor desse nome para a bênção, apesar dos rígidos rituais de Roma que o cercavam de todos os lados. Mas todas essas conquistas do evangelho, por meio do gerenciamento do papa e da influência de seus missionários, tornaram-se as conquistas da Sé Romana. Quão longe tinha seu domínio espiritual se estendido, e quão grande seu poder podia ter se tornado se não tivesse encontrado formidáveis oposições, seria impossível imaginar. Mas Deus permitiu que um inimigo se erguesse, que não somente deteve o progresso do romanismo por todos os lados, como também mais de uma vez fez o próprio pontífice tremer por sua segurança, mesmo na cadeira de São Pedro. Esse foi Maomé, o impostor da Arábia.

O início do século VII -- o momento em que esse notável homem apareceu -- foi peculiarmente favorável para o cumprimento de seu grande objetivo. Quase o mundo inteiro estava contaminado por ídolos. A religião prevalecente de seu próprio país era grosseiramente idólatra. Havia 360 ídolos no templo de Meca, que era o número preciso de dias no ano árabe. O paganismo, com seus inúmeros falsos deuses, ainda cobria uma ampla porção da terra; e mesmo o cristianismo, infelizmente, tinha se tornado extensivamente idólatra, tanto nas igrejas gregas quanto romanas. Foi nesse momento que Maomé apareceu perante o mundo como um severo e austero monoteísta. Ele sentiu-se chamado a restaurar a doutrina fundamental da Unidade divina a sua devida proeminência na crença religiosa da humanidade. Mas as próprias ideias de encarnação, de redenção, de um Redentor, de um relacionamento e comunhão com Deus -- as penetrantes influências de um santo amor -- não têm lugar no sistema desse profeta. O abismo bocejante que separa Deus do pecador é deixado intransponível pela religião de Maomé. Mas, antes de falarmos sobre seu sistema, vamos olhar brevemente para sua família e juventude.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

O Período de Transição do Papado

Retornemos agora a Roma. Sua importância e influência como um centro reivindica nossa maior atenção por mais um pouco. Os domínios espirituais do papa então se estendiam por toda a parte. De todas as partes do império bispos, príncipes e povos olhavam para Roma como o pai de sua fé e a mais elevada autoridade na Cristandade. Mas, embora assim exaltada à mais alta soberania espiritual, o supremo pontífice e sua relação com o império oriental ainda era um assunto delicado. Isto era insuportável para o orgulho e ambição de Roma. A poderosa batalha pela vida e poder político agora começava, e durou por todo século VII e VIII. Este foi o período de transição de um estado de subordinação ao poder civil ao estado de auto-existência política. Como isto poderia ser alcançado era então o grande problema que o Vaticano tinha que resolver. Mas o domínio espiritual não podia ser mantido sem o poder secular.

Os lombardos -- os vizinhos mais próximos e temidos dos papas -- e o império grego eram os dois grandes obstáculos no caminho da soberania secular do papa. A queda do império ocidental e a ausência de qualquer governo nacional fez com que o povo romano olhasse para o bispo como seu chefe natural. Ele foi assim investido com uma influência política especial, distinta de seu caráter eclesiástico. As invasões dos lombardos, como já vimos, e a fraqueza dos gregos, contribuíram para o aumento do poder político nas mãos dos pontífices. Mas isto foi apenas acidental, ou uma necessidade diante das emergências imprevistas. Os Estados romanos ainda eram governados por um oficial do império oriental, e o próprio papa, se ofendesse o imperador, era suscetível de ser preso e lançado na prisão, como foi, de fato, o caso do papa São Martinho no ano 653, que morreu no exílio no ano seguinte.

domingo, 6 de novembro de 2016

As Vantagens de Roma

A corte de Constantinopla, embora possa ter encorajado as esperanças e ambições dos bispos, afetava o governo da igreja com poder despótico, e decidia em controvérsias religiosas do tipo mais grave. Mas no Ocidente não era assim. O pontífice romano desse período demonstrou o espírito independente e agressivo do papado que se elevou a tais alturas em épocas posteriores. Os bispos do Oriente foram assim colocados em desvantagem em consequência de sua dependência da corte e de suas disputas com os imperadores. Além disso, a presença e grandeza do soberano oriental mantinha a dignidade do bispo em um lugar secundário. Em Roma não havia mais ninguém para disputar com a classe ou estilo do pontífice.

A retirada dos imperadores de Roma, como residência real, foi então favorável ao desenvolvimento do poder eclesiástico ali; pois, embora abandonada por seus governantes, era ainda venerada como a verdadeira capital do mundo. Deste modo, Roma possuía muitas vantagens como a sede do bispo supremo. Mas o fator principal que impulsionou e consolidou o poder da Sé romana foi a crescente crença, por toda a Cristandade, de que São Pedro foi seu fundador. Os bispos romanos negavam que sua precedência originava-se na grandeza imperial da cidade, mas sim em sua descendência linear de São Pedro. Este dogma foi geralmente recebido por volta do começo do século V.

Por tais argumentos a igreja de Roma estabeleceu seu direito de governar a universal igreja. Ela sustentava que Pedro era primaz entre os apóstolos, e que seu primado é herdado pelos bispos de Roma. Mas pode ser interessante observar aqui o duplo aspecto do romanismo -- o eclesiástico e o político. Em ambos os aspectos ele reivindicava a supremacia. Eclesiasticamente ele sustentava: (1) que o bispo de Roma é o juiz infalível em todas as questões de doutrina; (2) que ele tem o direito inerente ao governo supremo em convocar concílios gerais e presidir sobre eles; (3) que o direito de fazer nomeações eclesiásticas pertencia a ele; (4) que a separação da comunhão da igreja de Roma envolve a culpa de cisma. Politicamente ela reivindicava, aspirava e ganhava preeminência e poder sobre toda a sociedade européia, assim como sobre todos os governos europeus. Veremos provas abundantes desses fatores em particular no decorrer de sua bem definida história, a qual daremos prosseguimento agora.

Não foi até depois do primeiro concílio de Niceia que a supremacia dos bispos romanos passou a ser, em geral, permitida. Os primeiros bispos de Roma mal são conhecidos na história eclesiástica. A ascensão de Inocêncio I no ano 402 deu força e definição a esse novo princípio da igreja latina. Até este tempo não havia qualquer reconhecimento legal da supremacia de Roma, embora ela fosse considerada a principal igreja do Ocidente, e fosse frequentemente procurada pelos outros grandes bispos por um julgamento espiritual em questões de disputa. Quando a igreja grega caiu no arianismo, a igreja latina aderiu firmemente ao credo niceno {*N. do T.: a doutrina da Santíssima Trindade defendida no concílio de Niceia, em oposição à doutrina do arianismo}, o que a elevou muito na opinião de todo o Ocidente. "Na mente de Inocêncio", diz Milman, "parece ter surgido, pela primeira vez, a vasta concepção da supremacia eclesiástica universal de Roma; ainda sombria e escura, mas completa e abrangente em seu esboço."

O Começo do Período Papal

É geralmente admitido que esse período começa com o pontificado de Gregório, o Grande, em 590, e termina com a Reforma na primeira metade do século XVI. Mas, antes de entrarmos na história geral, tentaremos responder a uma questão que tem sido perguntada e que, sem dúvida, está na mente de muitos: Quando, e por que meios, o poder caiu nas mãos do pontífice romano, o que levou a sua supremacia e despotismo durante a Idade Média? É uma pergunta interessante, mas respondê-la plenamente nos levaria além de nossos limites. Podemos apenas apontar alguns poucos fatos na cadeia de eventos que levou à fundação do grande poder e soberania da Sé de Roma.

Desde o tempo do famoso decreto de Milão em 313, a história da igreja mudou de caráter. Ela passou então de uma condição de angústia e perseguição para o auge de uma prosperidade e honra mundana: outras questões além daquelas do cristianismo foram doravante envolvidas em sua história. Tendo entrado em uma aliança com o Estado, seu futuro caminho foi necessariamente formado por suas novas relações. Ela não podia mais agir simplesmente no nome do Senhor Jesus, e de acordo com Sua santa Palavra. Mas nunca poderia haver uma completa amalgamação (mistura entre os dois lados). Um era do céu, e o outro era deste mundo. Eles são, por natureza, opostos um ao outro. Ou a igreja aspirava ser senhora do Estado, ou o Estado invadia o terreno da igreja e desconsiderava seus direitos inerentes. Foi exatamente isto o que aconteceu. Logo após a morte de Constantino, a luta entres esses dois grandes poderes, a igreja e o Estado, pelo governo do mundo, começou; e, de modo a assegurar o êxito nesta guerra, o pontífice romano recorreu a caminhos e meios que não caracterizaremos aqui, uma vez que nos depararemos com eles em breve. 

Antes de Constantino transferir a sede do império a Bizâncio e construir Constantinopla, Roma era a metrópole reconhecida, e seu bispo o primaz. Mas quando Constantinopla tornou-se a cidade imperial, seu bispo foi promovido à categoria de patriarca, e logo começou a reivindicar a dignidade de pontífice romano. Este foi o início da igreja grega como uma comunhão separada, e da longa disputa entre o Oriente e o Ocidente. Havia então quatro patriarcas, de acordo com o plano do imperador: em Roma, Constantinopla, Antioquia e Alexandria. A categoria do bispo dependia da superioridade da cidade em que presidia, e como Constantinopla era então a capital do mundo, seus bispos não ficavam atrás de ninguém em honra e magnificência. Os outros ficaram invejosos, Roma queixou-se, a contenda começou, a brecha se alargou. Mas Roma nunca descansou até que tivesse ganhado a ascendência sobre seus rivais mais fracos e menos ambiciosos.

domingo, 2 de outubro de 2016

A Conversão de Clóvis

Como a conversão de Clóvis é conhecida como sendo a mais importante do século V, devemos fornecer alguns detalhes em particular sobre o evento -- importante, em relação às suas consequências, tanto imediatas quanto remotas, na história da Europa, e também da igreja.

Os francos, um povo da Germânia, tinham se estabelecido no norte da França, perto da aldeia Cambrai, uma parte mais religiosa do país, que ficou famosa pelo santuário de São Martinho de Tours e pelas lendárias virtudes de outros santos. Clóvis era um pagão, mas Clotilda, sua esposa, tinha abraçado a fé católica. Ela vinha a muito tempo incitando-o a tornar-se cristão, mas ele se demorava a crer. Por fim, no entanto, quando em uma batalha contra os alamanos, e se encontrando em perigo, ele pensou no Deus de Clotilda, e orou a Ele, declarando que seus antigos deuses tinham falhado para com ele, e prometendo se tornar um cristão se ele ganhasse a vitória. A maré da batalha virou; seus inimigos foram derrotados, e, fiel ao seu voto, no Natal de 496, Clóvis foi batizado em Reims pelo bispo Remígio. Três mil guerreiros seguiram seu exemplo, declarando estarem dispostos a adotarem a mesma religião de seu rei.

Aqui temos outro Constantino. Clóvis encontrou na profissão do cristianismo algo mais favorável aos seus interesses políticos, mas isto não produziu mudança para melhor em sua vida. Seu objetivo era conquistar, sua ambição não tinha limite, suas obras eram ousadas e cruéis. De um mero líder franco com um território pequeno ele se tornou o fundador da grande monarquia francesa. E de sua confissão da fé católica, e de sua aliança com o Pontífice Romano, ele foi reconhecido como o campeão do catolicismo, e declarou-se o único soberano ortodoxo do Ocidente: todos os outros eram arianos. Alarico, que conquistou Roma; Genserico, que conquistou a África; Teodorico, o Grande, que se tornou o rei da Itália; e muitos dos reis lombardos, eram todos arianos. Por esse motivo os reis da França derivam de Clóvis o título de "Filho mais velho da Igreja". 

Ao estudante da profecia é interessante observar que, por essa época, pelo menos cinco ou seis reis bárbaros estavam em posse das províncias romanas, e governavam o que havia sido o império latino. Mas isto havia morrido. Morreu como um império, e deve permanecer no lugar de morte até ser ressuscitado, de acordo com a Palavra do Senhor, nos últimos dias (Apocalipse 13, 17).

Antes de concluirmos o período de Pérgamo, achamos que será necessário observar, mesmo que brevemente, três coisas: o estado interno da igreja, a controvérsia pelagiana e a controvérsia nestoriana.

domingo, 25 de setembro de 2016

Os Monastérios e o Pontífice Romano

Até quase o final do quinto século, os monastérios eram colocados sob a superintendência dos bispos; os monges eram considerados simplesmente como leigos e não tinham qualquer pretensão de serem classificados entre a ordem sacerdotal. Circunstâncias, no entanto, no decorrer do tempo, levaram os monges a assumir um caráter clerical. Muitos deles se ocupavam no trabalho de ler e expor as Escrituras, e todos eles deveriam estar envolvidos no cultivo da vida espiritual mais elevada. Assim, a população os tinham em muita estima, especialmente quando eles começaram a exercer suas funções clericais além dos confinamentos de suas celas. Invejas logo surgiram entre os bispos e os abades: o resultado foi que os abades, para se libertarem da dependência que tinham de seus rivais espirituais, fizeram uma petição para que tivessem a proteção do Papa de Roma. A proposta foi aceita com prazer, e logo todos os monastérios, grandes e pequenos, abadias, mosteiros e conventos se submeteram à autoridade da Sé de Roma. Isto foi um imenso passo em direção ao poder pontifical de Roma.

O Papa podia agora estabelecer, em quase qualquer canto, uma espécie de polícia espiritual, que agia como uma rede de espiões sobre os bispos, assim como sobre as autoridades seculares. Este evento deve ser observado com cuidado se quisermos acompanhar os caminhos e meios da ascensão do poder, e da derradeira supremacia, do Pontífice Romano.

O sistema monástico logo se espalhou para além dos limites do Egito: e todos os grandes mestres da época, tanto no Oriente quanto no Ocidente, advogavam a causa do celibato e monasticismo. São Jerônimo, em particular, o homem mais erudito de seus dias, é considerado o elo de ligação entre as duas grandes divisões da igreja -- a grega e a romana, ou a oriental e a ocidental. Ele foi o meio pelo qual o celibato e monasticismo foram fortemente levados adiante, especialmente entre as mulheres. Muitas senhoras romanas de classe se tornaram freiras através de sua influência. Ambrósio exaltava tanto a virgindade em seus sermões que as mães de Milão impediam que suas filhas assistissem seu ministério; mas multidões de virgens de outros cantos se reuniam em torno dele para receberem a consagração. Basílio introduziu a vida monástica em Ponto e Capadócia; Martinho, na Gália; Agostinho, na África; e Crisóstomo foi impedido pela sabedoria de sua mãe a se retirar, em sua juventude, a um eremitério remoto na Síria.

Antes de terminarmos este assunto pode ser interessante, de uma vez por todas, tomar nota sobre o crescimento e estabelecimento dos conventos.

domingo, 28 de agosto de 2016

Reflexões sobre a Disciplina de Ambrósio e a Penitência de Teodósio

Há poucos eventos nos anais da igreja tão profundamente interessantes quanto a penitência do grande Teodósio, e as rigorosas condições de restauração exigidas por Ambrósio. Despojados das superstições e formalidades que eram peculiares àqueles tempos, temos diante de nós um caso da mais genuína e salutar disciplina. Não devemos supor nem por um instante que o comportamento de Teodósio foi o resultado de fraqueza e pusilanimidade*, mas de um verdadeiro temor de Deus; um verdadeiro sentimento de sua culpa, uma consciência sensível, um reconhecimento das exigências de Deus, a quem toda a grandeza mundana está sujeita.

{*N. do T.: pusilanimidade é fraqueza de ânimo, falta de energia, de firmeza, de decisão.}

Ambrósio não era nem arrogante nem hipócrita, como muitos pontífices que o sucederam. Ele possuía uma forte afeição pelo imperador, e uma sincera preocupação por sua alma, mas agiu em relação a ele com um solene senso de seu dever. Ele tinha uma grande ideia, sem dúvida, sobre a dignidade com que seu ofício o investiu; e ele se sentia obrigado a usá-la em prol da justiça e humanidade, e para controlar o poder da soberania terrena: uma classe de poder muito certamente nunca concedida por Deus a um ministro cristão, e que frequentemente provou ser, em tempos mais recentes, um poder muito perigoso, uma vez que o sacerdote que possui em suas mãos a consciência de um rei pode inflamar ou moderar suas paixões sanguinárias. No caso de Ambrósio, tratava-se puramente de influência cristã. Ele apareceu, embora um pouco fora de sua atribuição, como o vingador dos ultrajados, e exercendo  uma autoridade judicial sobre os mais mesquinhos e poderosos dentre os homens. Mas é sempre desastroso interferir com a ordem estabelecida por Deus, mesmo quando nobres objetivos pareçam ter sido alcançados.

Cerca de quatro meses após sua vitória sobre Eugênio, e o castigo dos assassinos de Valentiniano, Teodósio, o Grande, morreu em Milão, no ano de 395, não passando dos cinquenta anos de idade; o último imperador que manteve a dignidade do nome romano. Ambrósio não viveu muito após a morte de seu amigo imperial. Ele morreu em Milão na véspera da Páscoa, em 397. Ele aprofundou e fortaleceu as bases do poder eclesiástico que influenciaria o cristianismo em todos os tempos futuros. Basílio, os dois Gregórios, e Crisóstomo floresceram neste período.

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