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domingo, 19 de junho de 2016

O Estandarte da Cruz

De acordo com Eusébio, os artífices em ouro e pedras preciosas foram imediatamente chamados, e receberam as ordens dos lábios de Constantino. Eusébio tinha visto o estandarte e fornece um longo relato sobre isso. Como um enorme interesse é lançado sobre essa relíquia da antiguidade por todos os escritores eclesiásticos, daremos ao leitor uma breve, porém minuciosa, descrição dele.

A haste, ou suporte perpendicular, era longa e banhada a ouro. Em seu topo havia uma coroa, composta de ouro e pedras preciosas, com a gravação do símbolo sagrado da cruz e as primeiras letras do nome do Salvador, ou a letra grega X sobreposta à letra P (XPISTOS em grego). Logo sob esta coroa estava a figura do imperador em ouro, e embaixo um crucifico de madeira, no qual pendia uma bandeira quadrada de tecido púrpura, bordada e coberta com pedras preciosas. Isso foi chamado de Lábaro. Esse resplandecente estandarte era carregado à frente dos exércitos imperiais e guardado por cinquenta homens escolhidos, supostamente invulneráveis devido ao caráter deles.

Constantino também mandou chamar mestres cristãos, a quem ele questionou sobre o Deus que lhe apareceu, e a importância do símbolo da cruz. Isto deu-lhes a oportunidade de direcionar sua mente para a Palavra de Deus e de instruí-lo no conhecimento de Jesus e de Sua morte na cruz. A partir de então o imperador se declarava a si mesmo um convertido ao cristianismo. A confiança e expectativas supersticiosas de Constantino e de seu exército estavam agora elevadas ao máximo. A batalha decisiva aconteceu na ponte Mílvia. Constantino conquistou uma notável vitória sobre seu inimigo, embora suas tropas não chegassem a um quarto do número das tropas de Maxêncio.

A Conversão de Constantino (ano 312 d.C.)

O grande evento na história religiosa de Constantino aconteceu em 312. Ele estava marchando da França para a Itália contra Maxêncio. A aproximação da batalha foi um momento de extrema importância. Ou seria sua ruína, ou ele se ergueria ao pináculo do poder. Ele estava imerso em um profundo pensamento. Sabia-se que Maxêncio esteve fazendo grandes preparações para a luta, aumentando seu exército e escrupulosamente participando de todas as costumeiras cerimônias do paganismo. Ele consultou com diligência os oráculos pagãos, e confiou seu sucesso à ação dos poderes sobrenaturais.

Constantino, embora fosse um sábio e virtuoso pagão, ainda assim era um pagão. Ele sabia com o que iria batalhar, e enquanto considerava a que deus ele devia se dirigir para obter proteção e sucesso, ele pensou nos modos de seu pai, o imperador do Ocidente. Ele se lembrou de que ele tinha orado ao Deus dos cristãos e sempre foi próspero, enquanto os imperadores que perseguiam os cristãos foram visitados com justiça divina. Ele decidiu, então, deixar de lado o serviço dos ídolos, e pedir a ajuda do verdadeiro Deus nos céus. Ele orou para que Deus se tornasse conhecido a ele, e para que o fizesse vitorioso sobre Maxêncio, apesar de todas as artes mágicas e rituais supersticiosos.

Enquanto envolvido em tais pensamentos, Constantino imaginou ter visto, logo após o meio-dia, uma aparição extraordinária nos céus: o sinal de uma cruz brilhante e sobre ela a inscrição: "Por este símbolo vencerás". O imperador e todo o exército, que foi testemunha desse maravilhoso sinal, ficaram tomados pelo pavor. Mas enquanto o imperador meditava seriamente sobre o que a visão poderia significar, a noite veio, e ele caiu no sono. Ele sonhou que o Salvador lhe tinha aparecido, segurando nas mãos o mesmo sinal que ele tinha visto nos céus, e o instruiu a fazer uma bandeira com o mesmo padrão, e usá-la como estandarte na guerra, lhe assegurando que enquanto ele o fizesse, seria vitorioso. Constantino, ao acordar, descreveu o que lhe foi mostrado enquanto dormia, e resolveu adotar o sinal da cruz como seu lábaro imperial.

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