Mostrando postagens com marcador confissões. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador confissões. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

O Grande Projeto Papal para o Engrandecimento

A difusão do cristianismo nesse século ultrapassou em muito seus anteriores, tanto nos países do Oriente quanto do Ocidente. Vimos alguns de seus triunfos no Ocidente. No Oriente conta-se que os nestorianos trabalharam com incrível afinco e perseverança para propagar a verdade do evangelho na Pérsia, Síria, Índia, e entre as nações bárbaras e selvagens habitantes dos desertos e das costas mais remotas da Ásia. Em particular, o vasto império da China foi iluminado por seu zelo e diligência com a luz do cristianismo. Durante vários séculos sucessivos, o patriarca dos nestorianos enviou um bispo para presidir sobre as igrejas de então na China. Essas interessantes pessoas rejeitaram a adoração de imagens, a confissão auricular, a doutrina do purgatório, e muitas outras doutrinas corruptas das igrejas romana e grega.

A igreja oriental, ou igreja grega, parece ter sido impedida, por causa de dissensões internas, de se preocupar muito com a disseminação do cristianismo entre os pagãos. No Ocidente tudo era atividade mas, infelizmente, não para a disseminação do evangelho ou para a conversão de almas.*

{*Mosheim, vol. 2, p. 29.}

Quem Eram os Culdees?

Culdees eram uma espécie de reclusos religiosos que viviam em lugares afastados. A comunidade cristã de Iona foi chamada de Culdees. E este é, provavelmente, o motivo pelo qual aquele ponto isolado foi fixado por Columba como o local de seu monastério. Embora totalmente livres das corrupções dos grandes monastérios no continente, a vida e as instituições de Columba eram estritamente monásticas. E, a partir de fragmentos de informação recolhidos da história, parece bem certo de que "eles se gloriavam em seus milagres, respeitavam relíquias, praticavam penitências, jejuavam às quartas e sextas-feiras, tinham algo bem similar às confissões auriculares, às absolvições e às missas para os mortos; mas é certo que eles nunca se submeteram aos decretos do papado em relação ao celibato". Muitos dos culdees eram homens casados. São Patrício era filho de um diácono e neto de um sacerdote.*

{* Cunningham, vol. 1, p. 94.}


Mas, embora esses homens bons e santos fossem tão infectados pela superstição dos tempos, a situação remota em que se encontravam, a simplicidade de seus modos, e a pobreza de seu país devem tê-los preservado muito das influências romanas e dos vícios predominantes dos monastérios mais opulentos. Prefiramos pensar no monastério deles como um seminário, nos quais homens eram treinados para a obra do ministério. Em anos posteriores os monges foram frequentemente perturbados, e algumas vezes abatidos, por piratas. No século XII passou a ser posse dos monges romanos. "Sue fé pura e primitiva", diz Cunningham, "havia partido; seu renome por causa da piedade e erudição se foi; mas a memória deles sobreviveu, e era então considerada com maior reverência supersticiosa do que nunca. Muito antes disso o monastério foi usada como sepulcro da realeza, numerosas peregrinações foram feitas até ele, e agora reis e chefes começaram a enriquecê-lo com doações de dízimos e terras. As paredes que então estavam desmoronando foram consertadas; e os viajantes podem apreciar essas veneráveis ruínas eclesiásticas se erguendo de um cais em meio ao vasto oceano com sentimentos parecidos com aqueles com os quais é possível considerar os templos de Tebas meio enterrados, mas ainda em pé, no meio das areias do deserto".

Vamos agora deixar de lado por um tempo as Ilhas Britânicas. A primeira introdução da cruz na Inglaterra, Escócia e Irlanda, e o triunfo final de Roma nesses países, são eventos do mais profundo interesse por si só; mas por terem acontecido em nosso próprio país* eles têm direito à nossa atenção especial. A partir desse momento poucas mudanças exteriores aconteceram na história da igreja, embora possam ter havido muitas lutas internas a partir dos numerosos abusos e das exigências audaciosas de Roma. 

{*N. do T.: o autor vivia na Inglaterra}

Postagens populares