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domingo, 10 de abril de 2016

Perpétua e Seus Companheiros

Dentre outros que foram presos e martirizados na África durante essa perseguição, Perpétua e seus companheiros, dentre todas as histórias, merecem um lugar distinto. A história do martírio deles não só carrega todo o selo dessa verdade circunstancial, como também está repleta de toques mais requintados de sentimento e afeição natural. Aqui vemos a bela combinação dos mais ternos sentimentos e dos mais fortes afetos que o cristianismo reconhece em todos os seus direitos, e os torna ainda mais profundos e ternos porque foi a causa do sacrifício deles sobre o altar da total dedicação àquEle que morreu em total dedicação a nós. "O qual me amou", como diz a fé, com propriedade, "e se entregou a si mesmo por mim." (Gálatas 2:20)

Em Cartago, no ano 202, três jovens homens, Revocato, Saturnino e Secundulo, e duas moças, Perpétua e Felicidade, foram presos, todos eles sendo ainda catecúmenos, isto é, novos convertidos que se preparavam para o batismo e comunhão. Perpétua era de boa família, rica e nobre, de educação liberal, e honrosamente casada. Ela tinha cerca de 22 anos de idade, e era mãe de um bebê ainda de peito. Toda sua família aparentemente era cristã, com exceção de seu pai, que ainda era pagão. Nada é dito sobre seu marido. Seu pai era muito apegado a ela, e temia muito a desgraça que seus sofrimentos por Cristo trariam para sua família. Assim ela tinha de lutar não apenas com a morte em sua forma mais terrível, mas também com todo laço sagrado da natureza.

Quando ela foi levada pela primeira vez perante seus perseguidores, seu velho pai veio e pediu que ela se retratasse e dissesse que não era cristã. "Pai", ela respondeu calmamente, apontando para um vaso que estava no chão, "poderia eu chamar esse vaso de qualquer coisa além do que ele é?" "Não", ele respondeu. "Assim também eu não poderia te dizer nada além do que eu sou, uma cristã." Alguns dias depois, os jovens cristãos foram batizados. Apesar de estarem sob guarda, eles não estavam ainda presos na prisão. Mas pouco tempo depois disto, eles foram lançados na masmorra. "Então", ela disse, "eu fui tentada, estava apavorada, pois eu nunca tinha estado em tal escuridão antes. Oh, que dia terrível! O calor excessivo ocasionado pelo número de pessoas, o duro tratamento dos soldados, e, finalmente, a ansiedade por causa do meu bebê, me tornou miserável." Os diáconos, no entanto, conseguiram adquirir para os prisioneiros cristãos um lugar melhor, onde ficavam separados dos criminosos comuns. Tais vantagens podiam geralmente ser adquiridas dos corruptos supervisores das prisões. Perpétua estava agora feliz por ter seu filho consigo. Ela o pegou no colo e exclamou: "Agora, esta prisão se tornou um palácio para mim!".

Após alguns dias houve um rumor de que os prisioneiros seriam examinados. O pai apressou-se até sua filha em grande aflição de espírito. "Minha filha", disse ele, "tenha pena de meus cabelos grisalhos, tenha pena do seu pai, se ainda sou digno de ser chamado seu pai. Se eu a eduquei até a flor da sua juventude, se eu preferi você a todos os seus irmãos, não me exponha a tal vergonha entre os homens. Olhe para o seu bebê - seu filho que, se você morrer, não poderá sobreviver por muito tempo. Deixe seu espírito elevado de lado, para que todos nós não mergulhemos em ruínas. Pois se você morrer, então nenhum de nós jamais terá coragem de falar livremente de novo." Enquanto ele falava isto, ele beijou suas mãos, se lançou a seus pés, suplicando-lhe com termos carinhosos e muitas lágrimas. Mas, embora muito comovida e aflita pela visão do seu pai e sua forte e terna afeição por ela, ela ficou calma e firme, e sentiu-se principalmente preocupada pelo bem de sua alma. "Os cabelos grisalhos de meu pai", disse ela, "me afligem ao considerar que apenas ele da minha família não se regozijaria com meu martírio." "O que acontecerá", disse-lhe ela, "quando eu chegar perante o tribunal, depende da vontade de Deus, pois não permanecemos em pé por nossa própria força, mas apenas pelo poder de Deus."

Ao chegar a hora decisiva - o último dia do julgamento deles - uma imensa multidão se reuniu. O velho pai novamente apareceu, na esperança de poder, pela última vez, mudar a ideia de sua filha. Nesta ocasião ele levou seu neto recém-nascido em seus braços, e pôs-se diante dela. Que momento! Que espetáculo! Seu velho pai, seus cabelos grisalhos, seu tenro bebê: que apelo para uma filha - para o coração de uma jovem mulher! "Tenha pena dos cabelos grisalhos de seu pai", disse o governador, "tenha pena de sua criança indefesa, e ofereça sacrifício em prol da prosperidade do imperador." Assim ela se apresentou perante o tribunal, perante a multidão reunida, perante as admiradas miríades dos céus, perante as tenebrosas hostes do inferno. Mas Perpétua estava calma e firme. À semelhança de Abraão, pai dos que creem, seus olhos não estavam agora em seu filho, mas no Deus da ressurreição. Tendo encomendado seu filho aos cuidados de sua mãe e de seu irmão, ela respondeu ao governador, e disse: "Isto não posso fazer." "Você é cristã?", ele perguntou. "Sim", ela respondeu, "sou cristã". Seu destino estava agora decidido. Eles foram todos condenados a servirem de cruel entretenimento para o povo e os soldados, em uma luta com feras selvagens, na festa de aniversário do jovem Geta, filho mais novo do imperador. Eles retornaram a suas masmorras, regozijando por terem sido capazes de testemunharem e sofrerem por amor a Cristo. O carcereiro, Pudas, foi convertido por meio do comportamento tranquilo dos prisioneiros.

Quando foram levados ao anfiteatro, os espectadores notaram que os mártires tinham uma aparência pacífica e alegre. De acordo com um costume que prevalecia em Cartago, os homens deviam ser vestidos de escarlate como os sacerdotes de Saturno, e as mulheres de amarelo como as sacerdotisas de Ceres, mas os prisioneiros protestaram contra tal procedimento. "Viemos aqui", disseram, "por nossa própria escolha, e não deixaremos que nossa liberdade seja tirada de nós; nós desistimos de nossas vida para não sermos forçados a tais abominações." Os pagãos reconheceram que o pedido deles era justo, e cederam. Após se despedirem entre si com o mútuo beijo do amor cristão, com a esperança certa de logo se encontrarem novamente, estando "fora do corpo, para habitar com o Senhor" (2 Co 5:8), eles foram adiante para a cena de morte em seus trajes simples. A voz de louvor a Deus foi ouvida pelos espectadores. Perpétua estava cantando um salmo. Os homens foram expostos a leões, ursos e leopardos; as mulheres foram atiradas a uma vaca furiosa. Mas todos foram rapidamente libertados de seus sofrimentos pela espada do gladiador, e entraram na alegria do seu Senhor.

A interessante narrativa aqui resumida, e que supõe-se ter sido escrita pelas próprias mãos de Perpétua {* N. do T.: obviamente até o momento anterior ao seu martírio}, respira tal ar de verdade e realismo que conquistou o respeito e confiança de todas as eras. Mas o nosso principal objetivo ao escrevê-la para nossos leitores é apresentá-los a uma imagem viva na qual muitas das melhores qualidades da fé cristã estão belamente mescladas com os mais calorosos e ternos sentimentos cristãos, e para que possamos aprender a não sermos reclamões e murmuradores, mas a suportar todas as coisas por amor de Cristo, para que Sua graça possa brilhar, nossa fé triunfar, e Deus ser glorificado.

Alguns anos após esses eventos, Severo voltou sua atenção para a Grã-Bretanha, onde os romanos estiveram perdendo terreno. O imperador, estando à frente de um exército muito poderoso, rechaçou os nativos independentes da Caledônia, e reconquistou a região ao sul da muralha de Antonino, mas perdeu tantas tropas nas sucessivas batalhas em que foi obrigado a lutar que não achou apropriado forçar suas conquistas além daquele limite. Sentindo o tempo de seu fim se aproximando, ele se retirou para York, onde logo expirou, no décimo oitavo ano de seu reinado, em 211 d.C.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

A Segunda Viagem Missionária de Paulo (por volta de 51 d.C.)

Depois de Paulo e Barnabé terem ficado algum tempo com a igreja em Antioquia, outra viagem missionária foi proposta. "Tornemos", disse Paulo, "a visitar nossos irmãos por todas as cidades em que já anunciamos a palavra do Senhor, para ver como estão. E Barnabé aconselhava que tomassem consigo a João, chamado Marcos. Mas a Paulo parecia razoável que não tomassem consigo aquele que desde a Panfília se tinha apartado deles e não os acompanhou naquela obra. E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. E Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado pelos irmãos à graça de Deus. E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas." (Atos 15:36-41)

Com uma jornada tão importante, tão cheia de provações, que exigia coragem e perseverança - segundo a opinião de Paulo - ele não podia confiar em Marcos como companheiro; ele não podia facilmente desculpar aquele cujos laços familiares o tornaram infiel no serviço ao Senhor. O próprio Paulo deixava de lado todas as considerações e sentimentos pessoais quando a obra de Cristo estava em questão, e ele desejava que os outros fizessem o mesmo. A afeição natural, nesta ocasião, pode ter traído Barnabé a, novamente, pressionar seu sobrinho ao serviço; mas uma severa seriedade caracterizava Paulo. Os laços dos relacionamentos naturais e dos apegos humanos ainda tinham grande influência sobre o caráter cristão ameno de Barnabé. Isto é evidente pela sua conduta em Antioquia na ocasião da fraca complacência de Pedro para com os judaizantes de Jerusalém (Gálatas 2). A disseminação do evangelho no mundo gentio era sagrada demais aos olhos de Paulo para admitir experimentos. Marcos tinha preferido Jerusalém à obra, mas Silas preferiu a obra a Jerusalém. Isto pesou na decisão de Paulo, embora, sem dúvida, ela tenha sido guiado pelo Espírito.

Barnabé leva Marcos, seu parente, e navega para Chipre, sua terra natal. E aqui nos despedimos de Barnabé, aquele amado santo e precioso servo de Cristo! Seu nome não é mais mencionado em Atos. Essas palavras, "parente" e "terra natal" devem ser deixadas a falar por elas mesmas ao coração de cada discípulo que lê estas páginas. Se estivéssemos meditando sobre essa cena dolorosa, em vez de dar um mero esboço de uma grande história, poderíamos ter muito o que dizer sobre o assunto; mas o deixamos com duas felizes reflexões: 1) Isto foi direcionado de modo que redundou em benção para os pagãos; as águas da vida agora fluíam em duas correntes no lugar de uma só. Isso, no entanto, é a bondade de Deus, e não dá sanção à divisão entre cristãos. 2) Paulo, mais tarde, fala de Barnabé com inteira afeição, e deseja que Marcos vá até ele, tendo-o achado útil para o ministério (1 Coríntios 9:6; 2 Timóteo 4:11). Não temos dúvida de que a fidelidade de Paulo se tornou uma benção para ambos. Mas o mel das afeições humanas nunca poderão ser aceitas no altar de Deus.

Tendo sido encomendados pelos irmão à graça de Deus, eles iniciam sua jornada. Tudo é maravilhosamente simples. Nenhum desfile é feito pelos seus amigos ao vê-los partir, e nenhuma grande promessa é feita por eles quanto ao que eles estavam determinados a fazer. "Tornemos a visitar nossos irmãos", são as poucas, simples e despretensiosas palavras que nos levam à segunda grande viagem missionária de Paulo. Mas o Mestre estava pensando em Seus servos e provendo para eles. Eles não precisavam ir longe até encontrar um novo companheiro em Timóteo de Listra, um que havia de suprir o vazio causado pela ausência de Barnabé. Se Paulo perdeu o companheirismo de Barnabé como amigo e irmão, ele encontrou em Timóteo, como seu próprio filho na fé, uma simpatia e um companheirismo que só combinava com a vida do apóstolo. "Paulo quis que este fosse com ele", mas antes de partirem, Paulo "o circuncidou, por causa dos judeus que estavam naqueles lugares; porque todos sabiam que seu pai era grego." Paulo, nesta ocasião, inclina-se ao preconceito dos judeus, e circuncisa Timóteo por segurança.

Timóteo era filho de um daqueles casamentos mistos que sempre foram fortemente condenados tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Seu pai era um gentio, mas seu nome nunca é mencionado; sua mãe era uma piedosa judia. Dada a ausência de qualquer referência ao pai, tanto em Atos quanto nas Epístolas, supõe-se que ele possa ter morrido pouco tempo depois do filho ter nascido. Timóteo foi, evidentemente, deixado na infância ao único cuidado de sua mãe Eunice e de sua avó Lóide, que o ensinou, desde criança, a conhecer as Sagradas Escrituras. E, das muitas alusões nas Epístolas de Paulo ao carinho, sensibilidade, e às lágrimas de seu amado filho na fé, podemos acreditar que ele manteve por toda a vida as impressões daquele gentil, amável e santo cuidado doméstico. O maravilhoso amor de Paulo por Timóteo, e suas afáveis lembranças de sua casa em Listra, e seu treinamento inicial ali, ditaram  algumas das mais tocantes passagens dos escritos do grande apóstolo. Quando já um homem idoso - na prisão, passando necessidades, e com o martírio diante de si - ele escreve: "A Timóteo, meu amado filho: Graça, misericórdia, e paz da parte de Deus Pai, e da de Cristo Jesus, Senhor nosso. Dou graças a Deus, a quem desde os meus antepassados sirvo com uma consciência pura, de que sem cessar faço memória de ti nas minhas orações noite e dia; desejando muito ver-te, lembrando-me das tuas lágrimas, para me encher de gozo; trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti." (2 Timóteo 1:2-5). Ele insiste e repete seu urgente convite a Timóteo para ir e vê-lo. "Procura vir ter comigo depressa" - "Procura vir antes do inverno" (2 Timóteo 4:9,21). Podemos permitir-nos a crer que um filho tão ternamente amado pôde chegar a tempo de acalmar as últimas horas de seu pai em Cristo, de receber seu último conselho e bênção, e de testemunhá-lo terminando sua carreira com alegria.

Silas, ou Silvano, aparece pela primeira vez como um mestre na igreja em Jerusalém; e provavelmente ele era tanto um helenista quanto um cidadão romano, como o próprio Paulo (Atos 16:37). Ele foi apontado como responsável por acompanhar Paulo e Barnabé em seu retorno a Antioquia com os decretos do concílio. Mas, como muitos detalhes tanto da vida de Timóteo quanto de Silas naturalmente aparecerão ao traçarmos o caminho do apóstolo, não precisamos dizer nada mais sobre eles no presente momento. Procedamos com a viagem.

Paulo e Silas, com seu novo companheiro, percorrem as cidades, ordenando-lhes a manter os decretos ordenados pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém. Os decretos foram deixados com as igrejas, de modo que os judeus tinham a própria decisão de Jerusalém de que a lei não era para ser imposta aos gentios. Após visitar e confirmar as igrejas já plantadas na Síria e Cilícia, eles procederam para a Frígia e Galácia. Aqui fazemos uma pausa e nos deteremos nestas palavras: "pela Frígia e pela província da Galácia" (Atos 16:6). A Frígia e a Galácia não eram meras cidades, mas províncias, ou grandes distritos do país. E ainda assim o historiador sagrado usa apenas essas poucas palavras ao recordar a grande obra feita lá. Quão diferente é a energia condensada do Espírito comparada ao estilo inflado do homem! Aprendemos da história, segundo Neander, que somente na Frígia, no sexto século, havia sessenta e duas cidades. E parece que Paulo e os que estavam com ele tinham percorrido todas as que existiam naquela época.

As mesmas observações quanto ao trabalho se aplica à Galácia. E aprendemos pela Epístola de Paulo aos Gálatas que, nessa época, ele estava sofrendo no corpo. "E vós sabeis que primeiro vos anunciei o evangelho estando em fraqueza da carne" (Gálatas 4:13). Mas o poder da sua pregação contrasta de maneira tão impressionante com a fraqueza da sua carne que os gálatas foram movidos até mesmo a extravasar em simpatia e sentimentos generosos. "E não rejeitastes, nem desprezastes isso que era uma tentação na minha carne, antes me recebestes como um anjo de Deus, como Jesus Cristo mesmo. Qual é, logo, a vossa bem-aventurança? Porque vos dou testemunho de que, se possível fora, arrancaríeis os vossos olhos, e mos daríeis." (Gálatas 4:14-15). Aprendemos pela história que os gálatas eram de origem celta, impulsivos e de caráter instável.* A Epístola inteira é uma triste ilustração da instabilidade deles, e dos tristes efeitos do elemento judaizante entre eles. "Maravilho-me de", disse Paulo, "que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo." (Gálatas 1:6-7). Mas retornemos à história narrada em Atos.

(* Veja História do Novo Testamento, de Smith)

O caráter e os efeitos do ministério de Paulo, como relatados nos capítulos 16 a 20, são realmente maravilhosos. Eles deveriam até se destacar nas páginas de toda a história. Todo servo de Cristo, e especialmente o pregador, deveria estudá-los cuidadosamente e lê-los com frequência. "O vaso do Espírito", disse alguém de maneira tão bela, "brilha com uma luz celestial através de toda a obra do evangelho; ele condescende em Jerusalém; trovoa na Galácia quando almas estão sendo pervertidas, guia os apóstolos a decidirem pela liberdade dos gentios, e usa, ele mesmo, de toda a liberdade de ser um judeu de judeus, e como um sem lei para aqueles que não tinham a lei, como não estando debaixo da lei, mas sempre sujeito a Cristo. Ele também 'procurava sempre ter uma consciência sem ofensa' (Atos 24:16). Nada que havia dentro dele dificultava sua comunhão com Deus, de onde ele tirou suas forças para ser fiel entre os homens. Ele podia dizer, e [talvez, N. do T.] ninguém além dele: 'sede meus imitadores, como também eu de Cristo' (1 Coríntios 11:1). Assim também ele podia dizer: 'Tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna.' (2 Timóteo 2:10)"*

(* Sinopse dos Livros da Bíblia, por J. N. Darby.)


Os modos do Espírito para com o apóstolo nesses capítulos são também dignos de nota. Ele, e somente Ele, dirige o apóstolo em seu maravilhoso caminho, e o sustêm em meio a muitas provas e circunstâncias opostas. Por exemplo, Ele proíbe Paulo de pregar a Palavra na Ásia - Ele não o deixa ir à Bitínia, mas o direciona por meio de uma visão à noite para que ele fosse à Macedônia. "E Paulo teve de noite uma visão, em que se apresentou um homem da Macedônia, e lhe rogou, dizendo: Passa à Macedônia, e ajuda-nos. E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho. E, navegando de Trôade, fomos correndo em caminho direito para a Samotrácia e, no dia seguinte, para Neápolis; e dali para Filipos, que é a primeira cidade desta parte da Macedônia, e é uma colônia." (Atos 16:9-12)


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