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domingo, 20 de abril de 2014

Introdução

Muitos de nossos leitores, como sabemos, não têm disponibilidade de tempo nem a oportunidade de ler as volumosas obras que foram escritas ao longo do tempo sobre a história da igreja. Ainda assim, aquela que tem sido a morada de Deus nos últimos 2000 anos deve ser objeto do mais profundo interesse de Seus filhos. Não estamos falando, aqui, da igreja como é geralmente representada na história, mas de como ela é definida nas Escrituras. Ali, ela é vista em seu verdadeiro caráter espiritual, como o corpo de Cristo, e como a "morada de Deus em Espírito" (Efésios 2).

Devemos sempre ter em mente, ao ler tudo o que é relacionado à história da igreja, que, dos dias dos apóstolos até os dias de hoje, sempre existiram duas classes distintas e amplamente diferentes na igreja professa: os meramente nominais, e os reais - os verdadeiros e os falsos. Isto havia sido predito. "Porque eu sei isto", disse o apóstolo, "que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho. E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si." (Atos 20:29-30). Sua Segunda Epístola a Timóteo é também cheia de alertas e direções referentes às várias formas de mal que foram, então, claramente manifestas. Uma rápida mudança para pior tomou conta desde a vez que sua primeira epístola tinha sido escrita. Ele exorta aos verdadeiros crentes para andar em separação daqueles que tinham aparência de piedade, mas que negavam a eficácia dela. "Destes", diz ele, "afasta-te". Tais exortações são sempre necessárias, semple aplicáveis - tanto hoje quanto antes. Não podemos nos separar da Cristandade professa sem deixarmos de lado o Cristianismo; mas podemos e devemos nos separar do que o apóstolo chama de "vasos para desonra". A promessa é que, "se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra." (2 Timóteo 2:21).

É interessante - apesar de também doloroso - destacar a diferença, neste ponto, entre a Primeira e a Segunda Epístola a Timóteo. Na primeira, é falado da igreja de acordo com seu verdadeiro caráter e com sua bendita posição na Terra. Lá ela é vista como a casa de Deus - a coluna e a firmeza da verdade para o homem. A Segunda Epístola mostra o que ela se tornou graças às falhas daqueles em cujas mãos ela foi confiada.

Vamos tomar uma passagem de cada Epístola como ilustração: (1) "Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te bem depressa. Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade." (1 Timóteo 3:14-15) (2) "Numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra." (2 Timóteo 2:20). Aqui tudo mudou - infelizmente mudou. No lugar da ordem divina há uma incorrigível confusão; no lugar da "casa de Deus, a coluna e firmeza da verdade", há uma "grande casa" - praticamente "o mistério da iniquidade". Em vez da casa ser mantida de acordo com a vontade de Deus, e adequada a Ele, ela é organizada e ordenada de acordo com a vontade do homem, e para sua própria vantagem e exaltação pessoal. Assim, sem muita demora, o mal, que tem sido o pecado e a desgraça da Cristandade até então, fez suas primeiras aparições. Mas isto é posto de lado quando o Espírito de Deus, em grande misericórdia, nos fornece as mais claras direções para o dia mais sombrio da história da igreja, indicando o caminho da verdade para os piores tempos; deste modo, ficamos sem desculpas. Os tempos e circunstâncias mudam, mas nunca a verdade de Deus.

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