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quinta-feira, 1 de maio de 2014

As Sete Igrejas da Ásia

Estas sete cartas às igrejas das Ásia servirão de base para nossos futuros estudos. Cremos que elas não sejam apenas históricas, mas também proféticas. Sem dúvida, elas são terminantemente históricas, e este fato deve pesar no que diz respeito ao estudo de seu caráter profético. As sete igrejas realmente existiram nas sete cidades aqui citadas, e nas condições aqui descritas. Porém, é igualmente claro que elas foram destinadas, por aquEle que sabe tudo do início ao fim, a ter um significado profético, assim como sua aplicação histórica. Estas igrejas locais foram selecionados em meio a muitas, e assim dispostas e descritas de modo a prenunciar o que havia de vir. Limitar sua aplicação apenas às sete igrejas literais que se encontravam na Ásia seria estragar a unidade do livro de Apocalipse, e perder de vista as bênçãos prometidas. "Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia" (Apocalipse 1:3). O caráter de todo o livro é profético e simbólico. O segundo e o terceiro capítulo não são exceções. Eles são introduzidos pelo próprio Senhor em seu caráter místico: "O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas." (Apocalipse 1:20)

O número sete é característico. Ele marca um círculo completo dos pensamentos e modos de Deus quanto ao tempo. Daí vêm os sete dias da semana, as sete festas de Israel e as sete parábolas do reino dos céus em mistério. Este número é frequentemente usado no decorrer do livro de Apocalipse ao tratar de judeus, gentios e a igreja de Deus como responsáveis diante de Deus sobre a Terra. Por isso vemos sete igrejas, sete estrelas, sete castiçais, sete anjos, sete selos, sete trombetas, sete taças e as sete últimas pragas. Apenas nos capítulos 2 e 3 vemos a igreja como responsável diante de Deus sobre a Terra, e como objeto do governo divino. Nos capítulos 4-19 a igreja está no Céu, {*portanto não sendo mencionada nesses capítulos}. Então ela aparece novamente em plena glória manifesta com seu Senhor apenas no capítulo 19: "E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro." (Apocalipse 19:14). {*E aparece no mesmo capítulo também como a esposa já pronta para o casamento: "Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou." (Apocalipse 19:7)}

No corpo do livro, especialmente a partir do capítulo 6, é feita menção a judeus e gentios, que são tratados judicialmente a partir do trono de Deus no Céu. Porém isto não acontecerá até que a igreja - a verdadeira noiva do Cordeiro - seja arrebatada para o Céu, e as coisas meramente nominais e corruptas sejam finalmente rejeitadas.

Esta divisão do livro em três partes, vinda do próprio Senhor, torna a ordem dos eventos bastante clara, e deve ter um imenso peso como princípio de interpretação no estudo de Apocalipse. No capítulo 1:19 Ele nos fala do conteúdo e plano do livro inteiro: "Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer". "As coisas que tens visto" se referem à revelação de Jesus como vistas por João no capítulo 1; "as coisas que são", como a condição presente do corpo professante como apresentado nos capítulos 2 e 3. "As coisas que depois destas hão de acontecer" são referentes ao capítulo 4 em diante. A terceira divisão começa no capítulo 4. Uma porta no Céu é aberta, e o profeta é chamado para subir até lá. "Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer." É a mesma frase encontrada no capítulo 1:19. As coisas que são, e as coisas que devem acontecer depois destas, não poderiam, de maneira alguma, acontecerem ao mesmo tempo. Uma deve terminar antes que a outra comece.

Quando o número sete é usado, não em sentido literal, mas simbolicamente, sempre tem o significado de completude. É evidente, portanto, que seja utilizado nos capítulos 2 e 3. Como sabemos, havia outras igrejas além daquelas mencionadas, mas sete são selecionadas e associadas a fim de apresentar um quadro completo do que se desenvolveria posteriormente na história da igreja sobre a Terra. Os mais importantes elementos morais que existiam naquelas igrejas naquele momento, o Senhor previu que reapareceriam no decorrer do tempo. Assim temos uma figura sete vezes perfeita - isto é, divinamente perfeita - dos sucessivos estados pela qual passaria a igreja professa durante todo o período de sua responsabilidade sobre a Terra.

Vamos agora resumir rapidamente o que é apresentado sobre essas sete igrejas, e dar uma ideia geral dos diferentes períodos da história aos quais elas se aplicam.

*Nota do tradutor

domingo, 27 de abril de 2014

Os Erros dos Historiadores em Geral

Alguns historiadores, infelizmente, não levaram em consideração esta triste mistura dos vasos bons e ruins - dos verdadeiros e falsos cristãos. Eles mesmos não eram homens com mentes espirituais. Portanto fizeram, e ainda fazem, de seu objetivo principal, registrar os vários caminhos anticristãos e perversos dos meros professos. Eles se delongam minuciosamente nas heresias que perturbaram a igreja, nos abusos que a desgraçaram, e nas controvérsias que a distraíram. Nós, pelo contrário, nos esforçaremos para perscrutar pelas longas páginas escuras da história em busca da linha prateada da graça de Deus nos verdadeiros cristãos, embora muitas vezes a liga seja tão predominante que o minério puro é quase imperceptível.

Deus nunca deixou a Si mesmo sem um testemunho. Ele sempre manteve Seus amados e queridos, mesmo que ocultos, em todas as eras e em todos os lugares. Nenhum olho a não ser o dEle poderia enxergar os sete mil em Israel que não tinham se curvado à imagem de Baal, nos dias de Acabe e Jezabel. E não há dúvida que dezenas de milhares, mesmo nas épocas mais sombrias do Cristianismo, serão encontrados, afinal, na "gloriosa igreja", que Cristo apresentará a Si mesmo, no tão esperado dia de Sua alegria nupcial. Muitas pedras preciosas encontradas em meio ao lixo da "idade média" refletirão Sua graça e glória naquele dia sem par.

Que bendito pensamento! Mesmo agora enche a alma de júbilo e deleite. Senhor, apresse aquele dia tão feliz por amor de Teu próprio nome!

Diferente de muitos falsos, os verdadeiros crentes são humildes por instinto. Eles são geralmente reservados, e a maioria são pouco conhecidos. Não há humilhação tão profunda e real como aquela que o conhecimento da graça produz. Tais pessoas modestas e ocultas encontram pouco espaço nas páginas históricas. Mas o convincente e zeloso herege, e o barulhento e visionário fanático, são barulhentos demais para escapar à vista. Por isso, também, que os historiadores vêm recordando tão cuidadosamente os tolos e insensatos princípios e as más práticas de tais homens.

Vamos agora mudar um pouco de assunto, e tomar uma visão geral da primeira parte de nosso assunto: as sete cartas às igrejas da Ásia.

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