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domingo, 29 de julho de 2018

A Região do Purgatório

"Dritelmo, cuja história é relatada por autoridades tais como Beda e Belarmino, foi levado em sua viagem por um anjo com trajes brilhantes, e prosseguiu na companhia de seu guia em direção ao sol nascente. Os viajantes chegaram finalmente a um vale de vastas dimensões. Essa região, à esquerda, era coberta de fornalhas, e, à direita, de gelo, granizo e neve. O vale inteiro estava repleto de almas humanas, que uma tempestade parecia lançar em todas as direções. Os espíritos infelizes, incapazes, por um lado, de suportar o calor violento, saltavam para o frio tremendo, o que novamente os levava às chamas ardentes que não podiam ser apagadas. Uma inúmera multidão de almas deformadas eram, dessa maneira, rodopiadas e atormentadas, intermitentemente, nos extremos do calor e do frio alternados. Este, de acordo com o condutor angelical que guiava Dritelmo, é o lugar de castigo para aqueles que adiam a confissão e a restauração até a hora da morte. Todos esses, no entanto, serão no último dia admitidos no céu; enquanto muitos, através de esmolas, vigílias, orações, e especialmente da Missa, serão libertados antes mesmo do juízo geral"*. Qualquer um pode perceber, de relance, a intenção dessa visão. É habilmente elaborada de modo a agir poderosamente sobre os medos dos fiéis, para aumentar o poder do sacerdócio, e para assegurar grandes legados para a igreja.

{* Variations of Popery, de Edgar, p. 455.}

E é este o lugar -- podemos perguntar -- para o qual a santa mãe igreja envia seus piedosos e penitentes filhos? Sim, e é apenas o justificado que vai para lá. Aqueles que morrem sob a culpa dos pecados mortais vão diretamente para o inferno, sobre os sombrios portões dos quais está escrito: "Não há esperança". Quão terrível o pensamento do purgatório deve ser para toda mente devota! Como uma ilustração disso, posso mencionar que conheci uma jovem que mais tarde abraçou a religião católica. Ela é rigidamente devota à igreja, fresca em seu primeiro amor, mas evidentemente estremece ao pensar no purgatório. "Eu acredito que irei para lá", dirá ela, "Eu espero ir; pois eu não posso presumir ser boa o bastante para ir direto para o céu quando eu morrer, eu preciso passar pelo purgatório, mas eu não quero ficar mais do que 500 anos lá". Não tenho dúvidas de que ela seja uma cristã verdadeira, e justificada de todas as coisas, mas tal é o poder cegador de Satanás por meio do sistema papal. Podemos apenas nos regozijar pelo fato de que em breve ela estará felizmente esclarecida, de acordo com muitas porções da Palavra de Deus, tais como -- "Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz" ... "Ausentes deste corpo, para estarmos presentes com o Senhor" ... "Hoje estarás comigo no paraíso" ... "Tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor" ... "Veio a morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão" ... "Perdoados lhe são os pecados, que são muitos". (Colossenses 1:12, 2 Coríntios 5:8, Lucas 23:43, Filipenses 1:23, Lucas 16:22, Lucas 7:47)

É perfeitamente claro nessas passagens, e em muitas outras que poderiam ser citadas, que no exato momento em que a alma do crente deixa o corpo ela está presente com o Senhor no paraíso de Deus --- certamente o lugar mais feliz em todo o céu. Qual, então, poderia ser o objetivo da igreja romana em perverter as Escrituras -- de modo a negar a eficácia do sangue de Cristo, o qual limpa o crente de todo o pecado? Para responder a essa questão, a mente deve compreender e lidar com as próprias profundezas de Satanás.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Um Espírito de Mentira na Boca do Papado

Após lermos cuidadosamente essas antigas epístolas (ver seção anterior), é impossível acreditar que Gregório podia ser tão ignorante a ponto de afirmar tantas coisas a Leão em favor da adoração de imagens que eram certamente falsas: somos mais inclinados a acreditar que ele sabia que eram falsas, mas que apostou na ignorância do imperador. "Dizes", continuou Gregório, "que somos proibidos de venerar coisas feitas pelos mãos dos homens. Mas és uma pessoa iletrada, e deveria, portanto, ter perguntado aos seus eruditos prelados o verdadeiro significado do mandamento. Se não fosses obstinado e intencionalmente ignorante teria aprendido deles que teus atos estão em direta contradição com o testemunho unânime de todos os pais e doutores da igreja, e em particular repugnante à autoridade dos seus concílios gerais". Tão flagrantemente falsas são essas afirmações que podemos apenas nos perguntar como qualquer pessoa poderia ter coragem de escrevê-las como se fossem verdade, especialmente o mais elevado eclesiástico da Cristandade. Mas isto prova que houve, desde o início, um espírito de mentira na boca do papado, assim como houve nos profetas de Baal (1 Reis 22:23). Até mesmo Greenwood {*N. do T.: o historiador} diz: "Em nenhum dos concílios gerais uma palavra sequer sobre adoração de imagens ocorre. A afirmação quanto ao testemunho unânime dos pais é igualmente falha. Com a exceção das obras de Gregório, o Grande, não encontrei nenhuma menção à prática da adoração de imagens nos pais dos seis primeiros séculos da era cristã."*

{* Cathedra Petri, de Greenwood, vol. 3, p. 476.}

Mas o espírito de mentira continua dizendo que a aparência visível de Cristo na carne causou tal impressão nas mentes dos discípulos que "assim que eles lançaram os olhos sobre Ele, apressaram-se em fazer retratos dEle, e os carregavam consigo, exibindo-os por todo o mundo, para que ao vê-los os homens pudessem ser convertidos da adoração de Satanás para o serviço de Cristo -- porém só poderiam adorar as imagens, não com adoração absoluta, mas apenas com uma veneração relativa". Do mesmo modo, o papa assegurou a Leão que "pinturas e imagens tinham sido tomadas de Tiago, o irmão do Senhor, de Estêvão, e de outros santos notáveis. E tendo assim feito, ele os dispersou por cada parte da terra para o aumento manifesto da causa do evangelho."

Por uma estranha perversão ou confusão quanto aos fatos bíblicos, o papa compara o imperador ao "ímpio Uzias que", diz ele, "sacrilegamente removeu a serpente de bronze que Moisés tinha erguido, e a quebrou em pedaços". Aqui podemos dar ao papa o benefício da ignorância. Era menos provável que ele conhecesse sua Bíblia do que os seis concílios gerais. Ele parece ter tido alguma lembrança confusa sobre a história de Uzá, a quem o Senhor feriu por ter estendido a mão para segurar a arca quando os bois tropeçaram, e do ato de Ezequias, que quebrou em pedaços a serpente de bronze expressamente para prevenir que o povo pagasse homenagem divina (i.e. idolatrassem) a ela (1 Crônicas 13:9; 2 Reis 18:4). "Uzias", diz ele, embora fosse na verdade Ezequias -- "Uzias verdadeiramente era teu irmão, obstinado e, como tu, ousava fazer violência aos sacerdotes de Deus". Pode-se então perguntar: o que as crianças de nossas escolas diriam ao papa que confundiu o bom rei Ezequias por um rei perverso, e seu ato de destruição da serpente de bronze por um ato de impiedade? Do mesmo modo podemos esperar que jogassem suas tábuas de escrever na cabeça de Gregório, assim como na de Leão (veja a seção anterior). Mas foi dito o suficiente sobre esse ponto para mostrar ao leitor qual era o espírito e caráter do papado desde sua própria fundação. Sempre foi um sistema descarado, mentiroso e idólatra, embora incontáveis números de santos de Deus tivessem estado nele durante seus mais tenebrosos períodos. O Nome salvador de Jesus sempre manteve-se em meio aos mais grosseiros absurdos e idolatrias, e qualquer que crê nesse Nome certamente será salvo. O dedo da fé que toca mesmo que somente a bainha de Sua veste, mesmo pressionado em meio a uma multidão de idólatras, abre as fontes eternas de todas as virtudes curadoras, e a própria fonte da doença é imediatamente extinta. E qualquer que seja a pressão ou trono Ele olhará ao redor para ver aquele que tocou nEle pela fé, e comunicará paz à alma atribulada (Marcos 5:25-34).  

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