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domingo, 27 de maio de 2018

A Profissão de Fé de Bernardo

Um ano se passou desde que Bernardo entrou em Cister. Sua provação tinha terminado; ele agora faz sua profissão de fé. Essa cerimônia era realizada com grande solenidade, e cercada com tudo o que poderia transmitir admiração e majestade. O noviço era chamado para dentro da congregação e, diante de todos, abria mão de todos os bens mundanos que possuísse. Sua cabeça era raspada, e seu cabelo queimado pelo sacristão em um utensílio usado para tal propósito. Indo para os degraus do presbitério, ele então lia a forma da profissão, fazia o sinal da cruz e, inclinando seu corpo, se aproximava do altar. Ele colocava a profissão no lado direito do altar, que ele beijava, curvava novamente seu corpo, e retirava-se para os degraus. O abade, em pé do outro lado do altar, retirava dele o pergaminho, enquanto o noviço implorava perdão sobre suas mãos e joelhos, repetindo três vezes as palavras: "Recebe-me, ó Senhor". Todo o convento respondia com "Gloria Patri", e o cantor começava o salmo: "Tem misericórdia de mim, ó Deus", que era cantado alternadamente pelos dois coros. O noviço então se humilhava aos pés do abade, e depois fazia o mesmo perante o prior, e sucessivamente perante toda a irmandade -- até mesmo perante os doentes, se houvesse algum. Próximo ao fim do salmo, o abade, portando seu báculo, se aproximava do noviço e o fazia levantar. Um capuz era abençoado e aspergido com água benta, e, retirando do noviço suas vestes seculares, as substituía pela vestimenta monástica. O "Credo" era entoado, o noviço tinha se tornado monge, e tomava seu lugar junto ao coro.*

{* Estes relatos são extraídos principalmente de The Life and Times of St Bernard, por James Catter Morrison, M.A.}

domingo, 2 de outubro de 2016

Ritos e Cerimônias

A adoção mais generalizada do cristianismo, como pode-se imaginar, foi seguida por um aumento do esplendor em tudo o que dizia respeito à -- assim chamada -- adoração a Deus. "Igrejas" foram construídas e adornadas com maiores custos; o clero oficiante passou a vestir-se em roupas mais ricas, a música se tornou mais elaborada, e muitas novas cerimônias foram introduzidas. E esses usos eram então justificados sobre o mesmo terreno que a alta cúpula da igreja usa para justificar os extraordinários ritos e cerimônias nos dias de hoje*. A intenção era recomendar o evangelho aos pagãos por cerimônias que pudessem superar aquelas da velha religião. Multidões eram, então, atraídas à igreja, como são hoje, sem qualquer entendimento suficiente sobre sua nova posição, e com mentes ainda possuídas de noções pagãs e corrompidas pela moralidade pagã. Mesmo nos primeiros dias do cristianismo encontramos irregularidades na igreja em Corinto no que diz repeito às práticas não esquecidas dos pagãos. O acendimento de velas à luz do dia, incenso, images, procissões, purificações, e inumeráveis outras coisas, foram introduzidas nos séculos IV e V. Como observa Mosheim: "Enquanto a boa vontade dos imperadores colaborasse com o avanço da religião cristã, a piedade indiscreta dos bispos obscurecia sua verdadeira natureza e oprimia suas energias pela multiplicação dos ritos e cerimônias."**

{* Veja A Igreja e o Mundo, 1866.}
{** História Eclesiástica, vol. 1, p. 366, Murdock e Soames. Robertson, vol. 1, p. 316.}

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