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domingo, 13 de novembro de 2016

Gregório I, Apelidado de "o Grande" (590 d.C.)

Chegamos agora ao final do sexto século do cristianismo. Neste ponto encerra-se a história do período inicial da igreja, e começa a do período medieval. O pontificado de Gregório pode ser considerado como a linha que separa os dois períodos. Uma grande mudança acontece. As igrejas orientais declinam e recebem pouca atenção, enquanto as igrejas do Ocidente, especialmente a de Roma, atraem amplamente a atenção do historiador. E como Gregório pode ser considerado o homem representativo desse período transicional, nos esforçaremos para colocá-lo de forma justa perante o leitor.

Gregório nasceu em Roma por volta do ano 540, sua família sendo de classe senatorial, e ele próprio sendo o bisneto de um papa chamado Félix, de modo que, em sua descendência, ele herdou tanto a dignidade civil quanto a eclesiástica. Pela morte de seu pai ele se tornou possuidor de grande riqueza, que ele imediatamente dedicou a usos religiosos. Ele fundou e manteve sete monastérios: seis na Sicília, e a outra, que era dedicada a Santo André, na mansão de sua família em Roma. Ele liquidou em dinheiro suas roupas e joias caras e seus móveis e distribuiu aos pobres. Quando tinha cerca de 35 anos ele deixou de lado seus compromissos civis, assumiu sua residência no monastério romano e começou uma vida estritamente ascética. Embora fosse seu próprio convento, ele começou com os mais baixos deveres monásticos. Todo seu tempo era gasto em oração, lendo, escrevendo, e fazendo os mais abnegados exercícios. A fama de sua abstinência e caridade se espalhou por toda a parte. Com o decorrer do tempo ele se tornou abade de seu monastério; e, com a morte do papa Pelágio, ele foi escolhido pelo senado, clero e povo para preencher a cadeira vazia. Ele se recusou, e esforçou-se por vários meios a escapar das honras e dificuldades do papado. Mas ele foi forçadamente ordenado, pelo amor do povo, como bispo supremo.

Tirado da quietude de um claustro e de suas pacíficas meditações ali, Gregório via-se então envolvido no gerenciamento dos mais variados e desconcertantes assuntos tanto da igreja como do Estado. Mas ele estava evidentemente preparado para o grande e árduo trabalho que tinha diante de si. Vamos tomar nota, primeiramente, da fervente caridade de Gregório. 

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Paulo leva o Evangelho para a Europa

Isto marca uma época distinta na história da igreja, na história de Paulo, e no progresso do cristianismo. Paulo e seus companheiros agora levam o evangelho Europa adentro. E aqui creio que podemos fazer uma pausa, por um momento, para lembrarmos as várias e interessantes associações históricas dos conquistadores e conquistas da Macedônia, e para habitarmos por um momento sobre a planície de Filipos, também famosa na história romana. Aqui a grande luta entre a república e o império tinha terminado. Para comemorar esse evento, Augusto fundou uma colônia em Filipos. Esta foi a primeira cidade na qual Paulo chegou em sua entrada para a Europa. Ela é chamada "a primeira cidade desta parte da Macedônia, e é uma colônia." (Atos 16:12) Uma colônia romana, como nos é relatado, era caracteristicamente uma lembrança em miniatura de Roma; e Filipos era mais apta que qualquer outra cidade no império para ser considerada representativa da Roma Imperial.

Para muitos de nossos jovens e questionadores leitores, esta breve digressão, temos certeza, não será desinteressante. Além disso, um conhecimento sobre tais histórias são úteis ao estudante da profecia, uma vez que se tratam do cumprimento da visão de Daniel, especialmente do capítulo 7. A cidade de Filipos era, por si própria, um monumento ao crescente poder da Grécia, que deveria esmagar o poder em declínio da Pérsia. Alexandre, o Grande, filho de Filipe, foi o conquistador do grande rei Dário; quando o "Leopardo" da Grécia venceu o "Urso" da Pérsia. *

{* Veja Notas sobre o Livro de Daniel, por W. Kelly.}

Ao olharmos para trás a partir do tempo em que Paulo partiu da Ásia para a Europa, quase quatrocentos anos tinham passado desde que Alexandre partiu da Europa para a Ásia. Mas quão diferentes eram seus motivos e objetivos - seus conflitos e suas vitórias! O entusiasmo de Alexandre foi despertado pela lembrança de seus grandes antepassados, e por sua determinação em derrubar as grandes dinastias do Oriente; mas, embora não intencional e inconscientemente, ele estava cumprindo os propósitos de Deus. Paulo tinha cingido sua armadura para outro propósito, e para ganhar maiores e mais duradouras vitórias. Ele foi enviado pelo Espírito Santo, não apenas para subjugar o Ocidente, mas para trazer o mundo inteiro a cativar pela obediência de Cristo. O cristianismo não é apenas para uma nação ou um povo, mas para o homem universalmente; até mesmo o próprio Paulo expressa isto em Colossenses 1:23: "A toda criatura que há debaixo do céu". Esta é a missão do evangelho, e esta é sua esfera.

Mas há outra coisa que devemos observar aqui antes de procedermos com a viagem de Paulo.

Lucas, "o médico amado", historiador e evangelista parece ter se unido a Paulo neste momento particular. No versículo 10 ele escreve na primeira pessoa do plural: "Procuramos partir para a Macedônia". Supõe-se que ele era um gentio de nascença e convertido em Antioquia. Ele parece ter permanecido como um fiel companheiro do apóstolo até o fim de seus trabalhos e aflições (2 Timóteo 4:11).

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