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domingo, 7 de agosto de 2016

O Cristianismo sob o Reinado de Graciano

Valentiniano foi sucedido por seu filho, Graciano, em 375. Ele tinha então apenas dezesseis anos de idade. Ele admitiu como colega nominal seu meio-irmão, o Valentiniano mais jovem; e pouco tempo depois ele escolheu Teodósio como um colega ativo, a quem ele concedeu a soberania do Oriente. Graciano tinha sido educado na fé cristã e dava evidências de ser um verdadeiro crente. Ele foi o primeiro dos imperadores romanos a recusar o título e o manto de sumo sacerdote da antiga religião: Como podia um cristão, dizia ele, ser o sumo sacerdote da idolatria? É uma abominação para o Senhor. Assim vemos na piedade precoce desse jovem príncipe os benditos efeitos do testemunho dos fiéis. Que coisa nova e estranha para nós: um príncipe piedoso ascender ao trono dos degenerados césares com dezesseis anos de idade! Mas ele era tanto humilde quanto piedoso.

Estando consciente de sua própria ignorância quanto às coisas divinas, ele escreveu a Ambrósio, bispo de Milão, para que o visitasse. "Venha", ele disse, "para que você possa me ensinar as doutrinas da salvação, para alguém que realmente crê, não para que estudemos para contenções, mas para que a revelação de Deus possa habitar mais intimamente em meu coração". Ambrósio respondeu num êxtase de satisfação: "Excelentíssimo príncipe cristão", diz ele, "modestamente, não foi a falta de afeição que até aqui me impediu de visitá-lo. Se, contudo, não estou contigo pessoalmente, tenho estado em minhas orações, nas quais encontramos, ainda mais, as atribuições de um pastor".

O jovem imperador foi geralmente popular, mas sua ligação com o clero ortodoxo, o tempo que ele passava na companhia deles, e a influência que eles ganharam sobre ele (especialmente Ambrósio), o expuseram ao desprezo de seus súditos mais belicosos. As fronteiras foram duramente pressionadas, nesse tempo, pelos bárbaros, mas Graciano foi incapaz de conduzir uma guerra contra eles. Máximo, tomando vantagem do descontentamento do exército, levantou um estandarte de revolta. Graciano, vendo o rumo que as coisas tinham tomado, fugiu com cerca de trezentos cavalos, mas foi dominado e morto em Lion, no ano 383. Máximo, o usurpador e assassino, colocou-se no trono do Ocidente. Mais tarde, ele foi deposto e morto por Teodósio, e assim o jovem Valentiniano foi colocado no trono de seu pai.

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