quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O Eunuco Etíope Recebe o Evangelho

Filipe é agora chamado a deixar sua feliz e interessante obra em Samaria e descer até Gaza - um deserto - e lá pregar o evangelho a uma única pessoa. Certamente há, nesse fato, uma lição da mais profunda importância para o evangelista, e uma que não podemos deixar passar sem alguma breve observação.

O pregador, em tal cenário de despertar e conversão como houve em Samaria, necessariamente torna-se muito interessado na obra. Deus está colocando seu selo sobre o ministério da Palavra, e sancionando as reuniões em Sua presença. O obra do Senhor prospera. O evangelista é cercado de respeito e afeição, e seus filhos na fé naturalmente procuram por ele para obter mais luz e instrução para seus caminhos. "Como poderia ele deixar tal campo de trabalho?", muitos perguntariam, "Seria correto partir?". Apenas, respondemos, se o Senhor chamasse Seu servo a fazer isso, como Ele fez no caso de Filipe. Mas como alguém pode saber hoje em dia, visto que anjos e o Espírito não nos falam como falavam com Filipe? Embora um cristão, hoje em dia, não seja chamado dessa forma, ele deve procurar e esperar pela orientação divina. A fé deve ser seu guia. As circunstâncias não são seguras como guias; elas podem até nos repreender e nos corrigir em nosso andar, mas é o olho de Deus que deve ser nosso guia. "Guiar-te-ei com os meus olhos", essa é a promessa, "instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir" (Salmos 32:8).

Somente o Senhor sabe o que é melhor para Seus servos e para Sua obra. O evangelista, em tal cenário, correria o risco de sentir sua própria importância pessoal. Daí o valor, se não a necessidade, da mudança do lugar de serviço.

"Levanta-te", falou o anjo do Senhor a Filipe, "e vai para o lado do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta. E levantou-se, e foi; e eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros, e tinha ido a Jerusalém para adoração, regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaías. E disse o Espírito a Filipe: Chega-te, e ajunta-te a esse carro." (Atos 8:27-29)

É bela a obediência imediata e incondicional de Filipe nesse momento. Ele não faz nenhum questionamento sobre a diferença entre Samaria e Gaza - entre sair de um amplo campo de trabalho e partir para um lugar deserto para falar com uma única pessoa sobre a salvação. Mas o Espírito de Deus estava com Filipe. E o único desejo do evangelista deveria ser de sempre seguir a direção do Espírito. A partir da falta de discernimento espiritual, um pregador poderia permanecer no mesmo lugar após o Espírito ter terminado seu trabalho ali, e assim o serviço é vão.

Deus, em Sua providência, cuida de Seu servo. Ele envia um anjo para direcioná-lo quanto à estrada que ele havia de tomar. Mas quando se trata do evangelho e do lidar com almas, o Espírito toma a direção. "E disse o Espírito a Filipe: Chega-te, e ajunta-te a esse carro." Não sabemos de nada, em toda a história da igreja, mais interessante que essa cena no caminho para Gaza. O anjo e o Espírito de Deus acompanham o evangelista: o primeiro representando a providência de Deus em indicar exatamente a estrada a tomar, e o último representando o poder espiritual direcionando o lidar com as almas. Assim como era, assim é agora, embora tendemos a adotar mais o hábito de pensar na orientação do Espírito do que na direção de providência. Que possamos confiar em Deus para tudo! Ele nunca muda!

O evangelho agora encontra seu caminho, na pessoa do tesoureiro da rainha, para o centro da Abissínia. O eunuco crê, é batizado, e segue seu caminho cheio de alegria. O que ele procurava, em vão, em Jerusalém, tendo seguido uma longa jornada até lá, ele encontra no deserto. Um belo exemplo da graça do evangelho! A ovelha perdida é encontrada no deserto, e águas vivas brotam de lá. O eunuco é também um belo exemplo de uma alma ansiosa. Quando sozinho e ocioso, ele lê o profeta Isaías.  Ele reflete sobre a profecia do sofrimento sem resistência do Cordeiro de Deus. Mas o momento de luz e libertação era chegado. Filipe explica o profeta: o eunuco é ensinado por Deus - ele crê: imediatamente deseja o batismo e retorna para casa, cheio das novas alegrias da salvação. Será que ele ficaria calado sobre o que encontrou quando lá chegasse? Certamente não, um homem de tal caráter e influência teria muitas oportunidades de disseminar a verdade. Mas, como tanto as Escrituras quanto a história são omissas quanto aos resultados de sua missão, não nos aventuremos além.

SUSTRIS, Lambert. "The Baptism of the Ethiopian Eunuch by the Deacon Philip"

O Espírito é ainda visto em companhia de Filipe e o leva para longe. Ele se encontra, então, em Azoto, e evangeliza todas as cidades até Cesareia.

Mas uma nova era na história da igreja começa a despontar. Um novo obreiro entra em cena: o mais notável, em muitos aspectos, que já serviu ao Senhor e à Sua igreja.

domingo, 3 de agosto de 2014

Jerusalém e Samaria Unidas pelo Evangelho

O amargo ciúme que existia entre judeus e samaritanos tinha sido, por muito tempo, proverbial; tanto que lemos: "os judeus não se comunicam com os samaritanos". Mas agora, em conexão com o Evangelho da paz, essa raiz de amargura desaparece. No entanto, na sabedoria dos caminhos de Deus, os samaritanos devem esperar pela mais elevada bênção do Evangelho até que os crentes judeus - os apóstolos da igreja em Jerusalém - impusessem suas mãos sobre eles, e oferecessem orações por eles. Nada pode ser mais profundamente interessante do que esse fato, quando tomamos em consideração a rivalidade religiosa que tinha sido, por tanto tempo, manifesta por ambos. Se Samaria não tivesse recebido essa lição oportuna de humildade, ela poderia ter sido descartada, mais uma vez, por manter sua orgulhosa independência de Jerusalém. Mas o Senhor não teria deixado assim. Os samaritanos tinham crido, se regozijado, e foram batizados, mas ainda não tinham recebido o Espírito Santo. "Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João. Os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo (porque sobre nenhum deles tinha ainda descido; mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus). Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo." (Atos 8:14-17)

Identificação é a grande ideia da imposição de mãos, e unidade é a consequência do dom/dádiva do Espírito Santo. Esses são fatos importantes em conexão com o progresso da igreja. Samaria é, então, trazida à feliz associação com seu antigo rival, e feita uma só com a igreja em Jerusalém. Não há, na mente de Deus, pensamentos sobre uma assembleia ser independente da outra. Se elas tivessem sido abençoadas separada e independentemente, sua rivalidade poderia se tornar maior que nunca. Mas não deveria mais ser assim: "Nem neste monte nem em Jerusalém" (João 4:21), mas uma só Cabeça no Céu, um só corpo na Terra, um só Espírito, uma só família redimida adorando a Deus em espírito e em verdade, porque o Pai procura os que assim O adoram*.

{* Veja Lecture 6 de Atos 2, 8, 10, 19. Lectures on the New Testament Doctrine of the Holy Spirit, por W. Kelly. }

Para saber mais sobre a origem da mistura de povos e sobre a adoração de Samaria, leia 2 Reis 17. Eles eram apenas "metade" judeus, apesar de se gabarem por sua relação com Jacó. Eles consideravam os cinco livros de Moisés sagrados, mas subestimavam o restante da Bíblia. Eles eram circuncidados, guardavam a lei de maneira não muito fiel, e esperavam a vinda de um Messias. A visita pessoal do bendito Senhor a Samaria é do mais profundo e tocante interesse (João 4). Da fonte na qual Ele descansou diz-se que "ficava em um vale entre as duas famosas montanhas Ebal e Gerizim, onde foi lida a lei. Sobre este último estava o templo rival dos samaritanos, que por tanto tempo afligiu os judeus mais zelosos por sua ousada oposição ao único santuário escolhido, no Monte Moriá."

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Os Triunfos do Evangelho em Samaria

Filipe, o diácono, evidentemente próximo a Estêvão em zelo e energia, desce à Samaria. O Espírito Santo opera por meio dele. Na sabedoria dos caminhos do Senhor, a desprezada Samaria é o primeiro lugar, fora da Judeia, onde o Evangelho foi pregado por Suas testemunhas escolhidas. "E, descendo Filipe à cidade de Samaria lhes pregava a Cristo. E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia. E havia grande alegria naquela cidade." (Atos 8:5-6,8). Muitos creram e foram batizados, tanto homens quanto mulheres. Até mesmo Simão Mago, o feiticeiro, experimentou a presença de um poder muito acima do seu próprio, e se curvou à força e corrente da obra do Espírito nos outros, embora a verdade não houvesse penetrado em seu próprio coração e consciência. Mas, como agora já viajamos a essa outra parte do país, este pode ser o momento apropriado para dizermos algumas palavras sobre sua história.

A Terra Santa, uma nação interessante, que se destaca entre as outras nações da Terra, tanto moral quanto historicamente, é em tamanho muito pequena. "É como um pedaço de um país, de tamanho próximo ao do País de Gales, com menos de 225 quilômetros de comprimento, e quase 64 quilômetros, em média, de largura"*. A parte norte é a Galileia; o centro, Samaria; o sul, a Judeia. Mas embora fisicamente tão pequena, ela foi o teatro dos acontecimentos mais importantes na história do mundo. Lá, o Salvador nasceu, viveu e foi crucificado - e lá Ele foi sepultado e ressuscitado. E lá, também, Seus apóstolos e mártires viveram, testificaram e sofreram. E lá o evangelho foi pregado pela primeira vez, e lá a primeira igreja foi plantada.

{*Dicionário Bíblico de Smith}

A terra ocupada por Israel se encontra entre os antigos impérios da Assíria e do Egito. Daí a frequente referência no Antigo Testamento ao "rei do Norte" e ao "rei do Sul". Devido a essa posição, Israel foi muitas vezes o campo de batalha desses dois poderosos impérios, e sabemos que ainda será o cenário de seu último e mortal conflito (Daniel 11). Os homens têm sido tão supersticiosos sobre a Terra Santa que ela tem sido objeto de ambição nacional, e quase sempre motivo de guerras religiosas desde os dias dos apóstolos. Quem poderia estimar quanto sangue foi derramado, e o tesouro que foi desperdiçado por essas planícies sagradas? - e tudo, podemos acrescentar, sob o nome do zelo religioso, ou melhor, sob as bandeiras da cruz e da lua crescente. Para ali os peregrinos de todas as eras têm viajado para que pudessem adorar no "santo sepulcro" e cumprir seus votos. Também tem sido a grande atração para viajantes de todo tipo e de todas as nações, e o grande empório de "relíquias milagrosas". O cristão, o historiador e o antiquário têm procurado diligentemente e feito conhecidas suas descobertas. Desde os dias de Abraão, esse tem sido o lugar mais interessante e atraente da face da Terra. E para o estudante da profecia, sua história futura é ainda mais interessante que seu passado. Ele sabe que o dia se aproxima, quando toda aquela terra será povoada pelas doze tribos de Israel, e cheia da glória e majestade de seu Messias. Então eles serão conhecidos como o povo metropolitano da Terra. Retornemos, agora, a Samaria, com sua nova vida e alegria.

Os samaritanos, por meio da bênção de Deus, prontamente creram no Evangelho pregado por Filipe. O efeito da verdade, recebida com simplicidade, foi imediato e do mais bendito caráter. "Havia grande alegria naquela cidade", e muitos foram batizados. Tais devem ser sempre os efeitos do Evangelho, quando crido, a menos que haja algum obstáculo com relação a nós mesmos. Onde há genuína simplicidade de fé, deve haver paz e alegria genuínas, e uma feliz obediência. O poder do Evangelho sobre um povo que tinha, durante séculos, resistido às reivindicações do judaísmo, foi então demonstrado. O que a lei não podia fazer a este respeito, o Evangelho realizou. "Samaria foi uma 'conquista'", disse alguém, "que toda a energia do judaísmo não tinha sido capaz de fazer. Foi um novo e esplêndido triunfo do Evangelho. O domínio espiritual do mundo pertencia à igreja."

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Capítulo 3: A Perseguição e Dispersão dos Discípulos

Após a morte de Estêvão uma grande perseguição começou (Atos 8). Os líderes judeus pareciam ter ganho uma vitória sobre os discípulos, e estavam determinados a prosseguir com seu aparente triunfo com a maior violência. Mas Deus, que está acima de todos, e que sabe como conter as crescentes paixões dos homens, anulou a posição deles para o cumprimento de Sua própria vontade.

O homem ainda não tinha aprendido a verdade do provérbio, que "o sangue dos mártires é a semente da igreja." No caso do primeiro e mais nobre dos mártires, o provérbio foi plenamente verificado. Mas em todas essas vinte centenas de anos os homens têm sido lentos para aprender, ou crer, nesse simples fato histórico. A perseguição, geralmente falando, tinha feito aumentar a causa que procuravam reprimir. Isso tem se provado verdadeiro na maioria dos casos,  em qualquer tipo  de perseguição  ou  de oposição. Resistência, decisão e firmeza são criadas por tal tratamento. Verdadeiramente, mentes tímidas podem ser levadas à apostasia por um tempo sob a perseguição; mas quão comumente tais, com o mais profundo arrependimento, e de modo a recuperar sua antiga posição, suportaram com a maior alegria os mais agudos sofrimentos, e mostraram em seus últimos momentos a maior fortaleza! Mas a perseguição, de uma forma ou de outra, deve ser esperada pelos seguidores de Jesus. Eles são exortados a tomar sua cruz diariamente e segui-Lo. Isto testa a sinceridade de nossa fé, a pureza de nossos motivos, a força de nossa afeição por Cristo, e a medida de nossa confiança nEle.

Aqueles que não são verdadeiros de coração para Cristo com certeza irão cair em tempos de afiada perseguição. Mas o amor pode perdurar até o fim, quando não houver mais nada a fazer. Vemos isso perfeitamente no próprio bendito Senhor. Ele suportou a cruz - que era de Deus: Ele desprezou a vergonha - que foi do homem. Foi em meio à vergonha e sofrimentos da cruz que toda a força do Seu amor apareceu, e na qual Ele triunfou sobre tudo. Nada poderia afastar Seu amor do objeto deste, ou seja, do Pai, pois era mais forte que a morte. Nisso, assim como em todas as coisas, Ele nos deixou um exemplo, de que devemos andar em Seus passos. Que possamos sempre ser encontrados seguindo-O de perto!

Da história da igreja em Atos aprendemos que o efeito do martírio de Estêvão foi a imediata propagação da verdade que seus perseguidores estavam tentando impedir. As impressões produzidas por tal testemunho, e tal morte, devem ter sido avassaladoras para seus inimigos, e convincentes para os imparciais e indecisos. O último recurso da crueldade humana é a morte. No entanto, é maravilhoso dizer que a fé cristã, em sua primeira dificuldade, provou-se mas forte que a morte em sua forma mais assustadora. O inimigo foi testemunha disso, e sempre se lembraria. Estêvão estava sobre a Pedra, e as portas do inferno não podiam prevalecer contra Ela.

Toda a igreja em Jerusalém, na ocasião, foi dispersa; mas eles iam por toda a parte pregando a Palavra. Como a nuvem que voa com o vento, levando sua chuva fresca a terras secas, assim os discípulos foram expulsos de Jerusalém pela tempestade da perseguição, levando as águas da vida às almas sedentes de terras distantes. "E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos" (Atos 8:1). Alguns historiadores pensam que o fato dos apóstolos permanecerem em Jerusalém quando os discípulos fugiram prova, da parte deles, maior firmeza e fieldade na causa de Cristo, mas estamos dispostos a julgar o fato de modo diferente, e a considerá-lo uma falha em vez de fieldade. A comissão do Senhor a eles era: "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mateus 28:19). E eles tinham sido ensinados: "Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra" (Mateus 10:23). Até onde a história das Escrituras nos informa, a comissão nunca foi realizada pelos doze. No entanto, Deus era poderoso em Paulo, para com os gentios, e em Pedro para com os judeus.

O Espírito Santo agora vai além de Jerusalém, para manifestar poder em terras estrangeiras - que solene verdade! Mas aquela cidade culpada preferia a dominação de Roma à ressurreição em poder de seu próprio Messias. "Que faremos?", diziam os judeus, "porquanto este homem faz muitos sinais. Se o deixamos assim, todos crerão nele, e virão os romanos, e tirar-nos-ão o nosso lugar e a nação." (João 11:47-48). Eles rejeitaram o Messias em Sua humilhação, e agora eles rejeitam o testemunho do Espírito Santo sobre Sua exaltação. A iniquidade deles era completa, e a ira se aproximava deles até o fim. Mas, por ora, nossa tarefa, seguindo o curso da história da igreja, é acompanhar o Espírito Santo em seu caminho a Samaria. Seu caminho é a linha prateada da graça salvadora para almas preciosas.

domingo, 20 de julho de 2014

O Primeiro Mártir Cristão

Estêvão, diácono e evangelista, é o primeiro a receber a coroa do martírio pelo nome de Jesus. Ele permanece à frente do "nobre exército dos mártires". Ele é perfeito como uma figura - um protótipo de um verdadeiro mártir. Firme e inabalável em sua fé. Ousado e destemido diante de seus acusadores. Aguçado e fiel em sua defesa diante do Sinédrio. Livre da malícia em suas mais fortes declarações. Cheio de caridade para com todos os homens, ele sela seu testemunho com seu sangue, e então dorme em Jesus.

Em alguns aspectos, Estêvão lembra o próprio bendito Senhor. "Senhor Jesus, recebe o meu espírito" (Atos 7:59), parece com "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito" (Lucas 23:46); e de novo, "Senhor, não lhes imputes este pecado" (Atos 7:60), lembra "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lucas 23:34), apesar de Estêvão não indicar a ignorância deles.

Já podemos ver que problemas, tanto do lado de dentro quanto do lado de fora, atacam a jovem igreja. É verdade que a palavra de Deus aumentou, multidões foram convertidas, e uma grande parte dos sacerdotes eram obedientes à fé. Porém os gregos, ou helenistas (judeus de origem grega), murmuravam contra os hebreus (nativos da Judeia), porque suas viúvas eram negligenciadas na ministração diária. Isto levou à nomeação de sete diáconos (Atos 6). Pelos seus nomes aqui dados, parece que os sete escolhidos eram gregos - todos do lado dos murmuradores. Assim o Espírito de Deus dominou em graça. Estêvão era um deles, e neste caso, a palavra do apóstolo foi exemplificada: aqueles que "servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus." (1 Timóteo 3:13). Ele era cheio de fé e poder, e fazia grandes maravilhas e milagres entre o povo. A energia do Espírito Santo se manifestava especialmente em Estêvão.

Havia diferentes sinagogas em Jerusalém apropriadas para diferentes raças de judeus. Foram as sinagogas dos libertinos, dos cireneus, etc., que se opunham a Estêvão. Mas "não podiam resistir à sabedoria, e ao Espírito com que falava". Segue-se, então, o que tem geralmente acontecido com os que confessam a Jesus em todas as eras: incapazes de respondê-lo, eles o acusam perante o conselho. Falsas testemunhas são subornadas para jurar que eles o tinham ouvido falar "palavras blasfemas contra Moisés, e contra Deus", e que Jesus de Nazaré destruiria aquele lugar e mudaria os costumes entregues a eles por Moisés. O caso estava agora diante do Sinédrio - o julgamento começa. Mas o que seus juízes teriam pensado quando viram sua face radiante como a face de um anjo?

Temos o nobre discurso de Estêvão aos chefes da nação diante de nós. Convincente, desconcertante e esmagador. Sem dúvidas, foi um testemunho do Espírito Santo aos judeus, da boca de Estêvão, e ainda mais humilhante para os orgulhosos judeus: ouvirem sua condenação dos lábios de um helenista. Mas o Espírito de Deus, quando sem impedimentos pelos arranjos do homem, opera por quem Ele quer.

Estêvão recapitula, em linguagem ousada, os principais pontos de sua história nacional. Ele fala especialmente das histórias de José e de Moisés. O primeiro, seus pais {*os outros dos doze filhos de Jacó} o haviam vendido aos gentios, e o último desprezaram como príncipe e juiz. Ele também os acusa de sempre resistir ao Espírito Santo - de sempre desobedecerem a lei - e agora por terem sido os traidores e assassinos do Justo. Aqui a testemunha fiel de Cristo foi interrompida. Não lhe foi permitido terminar seu discurso - uma figura, tão verdadeira, do tratamento para com os mártires daqueles dias até hoje. Os murmúrios, a indignação, a fúria do Sinédrio, estavam fora de controle. "E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra ele." (Atos 7:54). Mas, em vez de dar prosseguimento ao discurso, ele entra em êxtase de coração ao Senhor e fixa seus olhos no Céu - o lar e centro de união para todo Seu povo.

"Eis que vejo", diz Estêvão, "os céus abertos" (Atos 7:56). Ele está cheio do Espírito Santo enquanto olha para o alto, e vê o Filho do homem de pé, ali, pronto para receber seu espírito. "Tal é", escreveu alguém, "a posição do verdadeiro crente - ligado ao Céu, bem acima da Terra - na presença do mundo que rejeitou a Cristo, um mundo assassino. O crente, vivo na morte, vê, pelo poder do Espírito, o Céu, e o Filho do homem à direita de Deus. Estêvão não diz 'Jesus'. O Espírito O caracteriza como 'o Filho do homem'. Que precioso testemunho para o homem! Não é sobre a glória que Ele aqui testifica, mas sim sobre o Filho do homem na glória, tendo os céus abertos diante dele... Quanto ao objeto de fé e a posição do crente, essa cena é definitivamente característica."

Eis o proeminente, o mais próximo ao trono
Perfeitas vestes triunfais trajando
Aí está o que mais ao mestre se assemelha
Este santo, este Estêvão que se ajoelha
Fixando o olhar enquanto os céus
Se abriam aos seus olhos que se fechavam
Que, tal como lâmpada quase apagada retoma seu fulgor,
E faz vê-lo o que a morte esconde a rigor.

Ele, que  parece estar na  terra
Há de voar como pomba vera
E da amplitude do céu sem nuvens
Extrair o mais puro dos ares
Para que os homens contemplem sua face angelical
Plena do resplendor da graça celestial,
Mártir íntegro, apto a se conformar
À morte de Jesus, vitória sem par!


(tradução livre da poesia constante da edição original em inglês)

Já examinamos, com certo cuidado e minúcia, a primeira seção da história da igreja. Temos sido os mais cuidadosos possível, uma vez que as histórias sobre a igreja, em geral, começam em um período posterior. A maioria começa onde as Escrituras terminam, ao menos quanto aos detalhes. Nenhuma das que temos referem-se a Mateus 16, e poucas tentam um exame crítico de Atos dos Apóstolos que, afinal, é a única parte de sua história que comanda nossa fé, e que tem uma reivindicação absoluta de nossa obediência.

No capítulo 8 encontramos o Espírito Santo em Samaria operando por Filipe. Ele tinha, por assim dizer, deixado Jerusalém. Isso marca uma época distinta na história da igreja, especialmente em sua conexão com Jerusalém. Deixemos, por enquanto, os judeus enfurecidos e perseguidores, e sigamos o caminho do Espírito à cidade de Samaria. Será, no entanto, de proveito olharmos por um momento ao que alguns têm chamado de a terceira perseguição.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

O Selo dos Gentios

Observe, então, esse importante fato conectado à introdução dos gentios à igreja - eles recebem o dom/dádiva do Espírito Santo simplesmente por meio da pregação da Palavra. Em Jerusalém, os judeus foram batizados antes de terem recebido o Espírito Santo. Em Samaria, os samaritanos foram não apenas batizados, mas tiveram que passar pela imposição de mãos dos apóstolos com oração, antes de receberem o Espírito Santo. Mas em Cesareia, sem batismo, sem imposição de mãos e sem oração, a mais rica bênção cristã foi dada aos gentios, embora a doutrina da igreja como o corpo de Cristo ainda não ter sido revelada.

A graça de Deus, assim apresentada aos gentios no início da dispensação, a tem caracterizado desde então. Somos gentios: não somos judeus nem samaritanos. Portanto os caminhos de Deus em graça, e Sua ordem de coisas para com os gentios, têm uma aplicação especial para nós. Não há exemplo registrado pelos historiadores inspirados de alguém que tenha sido batizado sem professar fé em Cristo, mas se formos seguir o padrão de coisas em Cesareia, devemos procurar pelo selamento assim como pela vivificação - para a paz com Deus, assim como para a fé em Cristo antes do batismo. O caso de Cornélio se situa justamente no início de nossa dispensação. Foi a primeira expressão de graça endereçada diretamente aos gentios e, certamente, deveria ser um modelo para pregadores e discípulos gentios. Quando a Palavra de Deus que foi, naqueles dias, pregada a Cornélio é, hoje, crida, podemos garantir que teremos os mesmos efeitos, isto é, a paz com Deus..

Pregar, crer, selar, batizar, é a ordem divina das coisas aqui. Deus e Sua Palavra nunca mudam, embora os "tempos mudam", como dizem os homens, assim como as opiniões humanas mudam, e as observâncias religiosas mudam. Mas a Palavra de Deus - nunca. Judeus, gentios e samaritanos professaram fé em Cristo antes de serem batizados. De fato, o batismo presume vida eterna adquirida pela fé, e não transmitida após o ato de batizar, como ensinam os católicos e anglicanos. "A graça e a vida são comunicadas por meio de sacramentos", dizem eles, "e só podem ser efetuadas por esses meios, independente de qualquer exercício de intelecto da parte da pessoa trazida à união. O santo batismo é o meio pelo qual uma vida nova e espiritual é conferida ao receptor." *

{*The Church and the World, páginas 178-188.}

Tais noções - nem precisamos comentar muito - são totalmente contrárias às Escrituras. O batismo não concede nada. A vida é concedida por outros modos, como as Escrituras claramente ensinam. A conversão, ou "nascer de novo", é efetuada, em todos os casos, sem exceção, pelo Espírito Santo. Como lemos em 1 Pedro: "Purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro. Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre." (1 Pedro 1:22-23). Aqui, a verdade do evangelho é vista como o meio, e o Espírito Santo como o poder, da conversão. Cristo, ou Deus em Cristo, é o novo objetivo da alma. É pelo Espírito e pela verdade de Deus que tal bendita mudança é efetuada. Àqueles que confiam nas águas do batismo como o meio de efetuá-la, sinto-lhes dizer, estão em uma grande e fatal engano.

{* As seguintes breves declarações dos "pais" do quarto século, sobre o assunto do batismo, mostrará aos leitores as fontes, ou autoridades, de muito do que se dizia e fazia naqueles dias pelos ritualistas. Note que a autoridade das Escrituras é totalmente posta de lado: "Na Páscoa, e no Pentecostes, e em alguns lugares na Epifania, o rito do batismo era administrado publicamente - isto é, na presença dos fiéis - a todos os convertidos naquele ano, com exceção de alguns que tiveram a oportunidade de participar da cerimônia sem atraso, ou quando o cristão deixava para fazê-lo apenas próximo ao final de sua vida, como o exemplo de Constantino: uma prática há muito tempo condenada pelo clero. Mas o fato do atraso demonstra quão profundamente a importância e eficácia do rito era enraizada na mente cristã. Significava uma completa purificação da alma. O neófito (novo convertido) emergia das águas do batismo em um estado de perfeita inocência. A pomba - o Espírito Santo - constantemente pairava sobre a fonte, santificando as águas para a misteriosa lavagem de todos os pecados da vida passada. Se a alma não sofresse nenhuma culpa posterior, ela passaria de uma vez por todas para o reino de pureza e felicidade, isto é, o coração seria purificado, com entendimento iluminado e o espírito revestido de imortalidade.

"Vestido em branco, emblemático da pureza imaculada, o candidato se aproximava do batistério - que em igrejas maiores era um edifício separado. Lá, ele proferia os solenes votos de que se comprometeria com sua religião. O gênio simbolizante do Oriente adicionou algumas cerimônias significativas. O catecúmeno (um dos primeiros estágios da instrução cristã) se virava para o Ocidente, o reino de Satanás, e renunciava três vezes ao seu poder. Então se virava para o Oriente para adorar o Sol da Justiça, e para proclamar seu pacto com o Senhor da vida. O místico número três prevalecia em tudo: o voto era triplo, e três vezes pronunciado. O batismo se dava geralmente por imersão. O despir das roupas era emblemático do 'tirar o velho homem', mas o batismo por aspersão era permitido, de acordo com a exigência do caso. A água em si se tornava, na vívida linguagem da igreja, o sangue de Cristo: era comparada, por uma fantasiosa analogia, com o Mar Vermelho. A ousada metáfora de alguns dos 'pais' parece afirmar uma transmutação da cor da água.

"Quase todos os 'pais' dessa era, como Basílio, os dois Gregórios, Ambrósio, etc., tinham escrito tratados sobre o batismo, e rivalizaram, por assim dizer, uns com os outros em seus louvores sobre a importância e eficácia do batismo. Gregório de Nazianzo quase esgota a copiosidade da língua grega ao falar do batismo." - A História do Cristianismo por Milman, vol. 3}

No caso dos gentios em questão aqui, ainda mais que vida era possuída antes do batismo ser administrado. Eles tinham o selo de Deus. O batismo é o sinal da plena libertação e salvação garantidas ao crente pela morte e ressurreição de Cristo. Cornélio tinha vida, era um homem devoto, mas ele deveria ouvir de Pedro as palavras pelas quais ele seria salvo e totalmente liberto. Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento ensinam essa bendita verdade da maneira mais clara possível. Israel, como um povo típico, após ter sido trazido a Deus e protegido pelo sangue do cordeiro no Egito, foi batizado a Moisés na nuvem e no mar. Assim eles foram libertos do Egito e viram a salvação de Jeová. Novamente, Noé e sua família foram salvos através do dilúvio - não por ele. Eles deixaram o velho mundo, passaram através das águas da morte, e pousaram em uma nova condição de coisas. "Como uma verdadeira figura, agora vos salva, o batismo, ... pela ressurreição de Jesus Cristo." (Êxodo 14; 1 Pedro 3:21)

Mas qual era a palavra, alguns poderiam perguntar, que Pedro pregou, e que foi acompanhada de tal notável bênção? Ele pregou paz por Jesus Cristo como o Senhor de tudo. Cristo ressuscitado, exaltado e glorificado foi o grandioso objeto de seu testemunho. Ele o resume com essas palavras: "A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome." (Atos 10:43). Então segue-se a bênção. Os judeus que estavam presentes ficaram atônitos, mas se curvam, e reconhecem a bondade de Deus para com os gentios. "E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus. Respondeu, então, Pedro: Pode alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes, que também receberam como nós o Espírito Santo? E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então rogaram-lhe que ficasse com eles por alguns dias." (Atos 10:44-48)

Vamos, agora, refazer um pouco nossos passos e observar alguns dos principais eventos que, por ordem, precedem o capítulo 10.

sábado, 12 de julho de 2014

O Chamado Dirigido aos Gentios

Cornélio, o centurião, um homem devoto, e aqueles que estavam com ele, são agora recebidos na igreja de Deus. Pedro havia dado a entender tal chamado em seu primeiro discurso. Ele é agora convocado por Deus, de um modo especial e com indicações especiais de Seu propósito, para abrir a porta àqueles gentios tementes a Deus. Até esse momento a igreja consistia principalmente, se não exclusivamente, de judeus. Mas Deus tratou carinhosamente com seu povo antigo, considerando seus preconceitos nacionais. "Cornélio, ... piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo, e de contínuo orava a Deus." (Atos 10:1-2). Eles não podiam ter qualquer objeção, de modo pessoal, quanto a receber tal pessoa. Assim, Deus é gracioso, terno e misericordioso. Mas nenhuma dúvida foi deixada na mente de Pedro quanto à vontade divina. Deus graciosamente silenciou seus raciocínios, e venceu sua relutância com a suave repreensão: "Não faças tu comum ao que Deus purificou".

Pedro agora procede, embora lentamente. Era um novo tipo de trabalho para ele. Mas nada parece mais surpreendente a Pedro do que o fato de que os gentios deveriam ser trazidos à benção sem ao menos se tornarem judeus ou se submeterem a qualquer ordenança judaica. Isto, para Pedro, para os gentios, e em si mesmo, foi um imenso passo. Isso ataca a própria raiz do papado, do puseísmo*, da sucessão apostólica, e de qualquer sistema de ordenanças. Nesse fato, uma enxurrada de luz é derramada sobre o caráter da presente dispensação. "E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo." (Atos 10:34-35). Claramente, não era mais necessário se tornar judeu ou se submeter aos ritos e cerimônias externas do judaísmo para desfrutar das mais ricas bênçãos do Céu. Sem a imposição das mãos apostólicas - embora o próprio Pedro, em poder e autoridade divina, estivesse presente - e antes de serem batizados com água, eles foram batizados com o Espírito Santo. Enquanto a palavra de Deus saía dos lábios de Pedro, o Espírito Santo desceu sobre todos que o ouviam. Antes disso, no entanto, uma obra abençoada, por meio da graça de Deus, vinha acontecendo no coração de Cornélio: ele era uma alma divinamente vivificada.

As operações de vivificação do Espírito são bem distintas de ser selado com o Espírito. Antes que o Espírito Santo possa selar, deve haver algo para Ele selar. Ele não pode selar nossa velha natureza. Deve haver uma nova natureza para Ele selar. Portanto, deve haver um momento na história de cada cristão quando ele é vivificado, mas não ainda selado. Porém, mais cedo ou mais tarde a obra estará completa (Efésios 1:13). Por exemplo, o filho pródigo foi vivificado, ou convertido, quando ele deixou o país distante, mas ele ainda era estranho ao amor e graça do Pai e, consequentemente, ainda não tinha fé para descansar calmamente em Cristo como a fonte de toda a bênção. Ele era ainda um incrédulo, embora vivificado. Certamente ele não foi selado com o Espírito, quanto ao seu perdão e aceitação, até o momento em que recebeu o beijo de reconciliação, ou o anel, o símbolo do eterno amor. O Evangelho da salvação é mais que uma preocupação pela alma, ainda que seja legítima. A incredulidade, que desonra a Cristo, pode acompanhar, por um certo tempo, uma obra genuína do Espírito de Deus na alma. O filho pródigo tinha uma certa crença de que havia algo de bom no coração de seu Pai, o que o leva a se aproximar, mas certamente ainda carecia da plena fé no evangelho. "Aquele que aceitou o seu testemunho, esse confirmou que Deus é verdadeiro." (João 3:33). Onde quer que haja fé em Cristo e em Sua obra, lá está o selo de Deus. O próprio Paulo esteve, pelo menos, três dias no mais profundo exercício de alma, sem a paz e o descanso que o selo do Espírito Santo proporciona. "E esteve três dias sem ver, e não comeu nem bebeu." (Atos 9:9)

Retornemos, agora, ao ponto principal que temos diante de nós.

{* Puseísmo: Movimento religioso renovador, promovido pelo teólogo inglês Eduardo Pusey, que levou para o catolicismo uma fração da Igreja anglicana. }

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