Os verdadeiros pioneiros da Reforma e os verdadeiros dignos da história eclesiástica são difíceis de descobrir. Com humildade de espírito, e não buscando o louvor dos homens, eles caminharam perante o Senhor, silenciosamente fazendo Sua vontade. Suas ministrações empáticas, seus atos de caridade, seu desejo de conduzir almas ao Salvador, seus esforços para difundir o conhecimento de Sua palavra, são características da personalidade deles, porém pouco observadas pelos olhos do historiador. E quanto mais profunda a piedade deles, menos se sabe sobre eles. Mas eles têm sua recompensa; o registro sobre eles se encontra nas alturas. Multidões de santos de Deus durante a longa noite escura da Idade Média cumpriram assim sua missão e saíram de cena sem deixar vestígios de sua utilidade nos anais do tempo. Não é assim com o clérigo pomposo, o santo que faz maravilhas, o cardeal intrigante e voraz, as polêmicas barulhentas e toda a hoste de entusiastas orgulhosos e ambiciosos; as páginas dos historiadores são principalmente consagradas a eles. *
{* Waddington, vol. 3, pág. 363.}
Depois de um exame cuidadoso das personagens proeminentes
que aparecem nas páginas da história desde o século XII até a Reforma, eles
parecem se dividir em três classes distintas: 1. Homens da literatura; 2. Teólogos;
3. Reformadores, ou protestantes. Ao tomarmos nota desses em ordem, teremos diante
de nós os precursores da Reforma.
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