Alguns supõem que o apóstolo tenha sido preso em Nicópolis (onde ele pretendia passar o inverno) e dali levado prisioneiro a Roma. Outros supõem que, após invernar em Nicópolis e visitar os lugares mencionados anteriormente, ele retornou a Roma em um estado de liberdade pessoal, mas foi preso durante a perseguição de Nero e lançado na prisão.
Quanto à acusação exata que agora era feita contra o apóstolo, e pela qual ele foi preso, não temos meios de verificar com certeza. Pode ter sido simplesmente a acusação por ser um cristão. A perseguição generalizada contra os cristãos agora se enfurecia com maior severidade. Não se tratava mais sobre certas questões da lei, e ele não estava mais sob os cuidados suaves e humanos de Burrus: ele agora era tratado como um malfeitor - como um criminoso comum: "Por isso sofro trabalhos e até prisões, como um malfeitor" (2 Timóteo 2:9) - e muito diferente das cadeias de seu primeiro aprisionamento, quando ele morava em sua própria casa alugada.
Alexandre - que acreditamos ser de Éfeso - evidentemente tinha algo a ver com sua prisão. Ou ele foi um de seus acusadores ou, ao menos, uma testemunha contra ele. "Alexandre, o latoeiro", ele escreve a Timóteo, "causou-me muitos males" ["exibiu muito mal de espírito contra mim"] (2 Timóteo 4:14) . Dez anos antes disso, ele tinha estado à frente como um antagonista aberto do apóstolo em Éfeso (Atos 19). Ele pode agora ter procurado vingança colocando informação contra o apóstolo perante o prefeito. O fato de ser o mesmo Alexandre de Éfeso parece claro considerando o que ele escreve a Timóteo: "Tu, guarda-te também dele, porque resistiu muito às nossas palavras." (2 Timóteo 4:15)
Durante a primeira e extensa prisão de Paulo, ele estava cercado por muitos de seus mais velhos e valorados companheiros, a quem ele chama de "cooperadores" e "prisioneiros comigo". Por meio destes, seus mensageiros, embora acorrentado e preso em um único local, ele continuou em constante relação com seus amigos por todo o império, e com as igrejas dos gentios que ainda nem tinham visto sua face. Mas seu segundo aprisionamento estava em perfeito contraste com tudo isso. Ele estava longe de todos os seus companheiros de costume. Erasto ficou em Corinto, Trófimo foi deixado doente em Mileto, Tito tinha ido à Dalmácia, Crescente à Galácia, Tíquico tinha sido enviado a Éfeso, e Demas o tinha abandonado, "amando o presente século" (2 Timóteo 4:10).
O apóstolo estava agora quase que inteiramente sozinho. "Só Lucas está comigo", diz ele (2 Timóteo 4:11). Mas o Senhor pensava em Seu solitário e abandonado servo. Um feixe luminoso, a partir da fonte de amor, brilha em meio à escuridão e melancolia de sua prisão. Havia alguém fiel em meio à deserção geral, e alguém que não se envergonhava das cadeias do apóstolo. Quão peculiarmente doce e refrescante para o coração do apóstolo deve ter sido o ministério de Onesíforo naquele tempo! Nunca poderá ser esquecido. Onesíforo e sua casa - que Paulo relaciona consigo mesmo - serão guardados em memória eterna, e deverão colher o fruto de sua coragem e devoção ao apóstolo para sempre e sempre. "Estive na prisão, e foste me ver." (leia Mateus 25:31-46).
No que diz respeito às circunstâncias do julgamento de Paulo, não temos informação certa. Muito provavelmente, na primavera de 66 ou 67 d.C., Nero tomou seu lugar no tribunal, cercado por seus jurados e a guarda imperial, e Paulo foi levado à corte. Temos razões para acreditar que o espaçoso lugar se encheu de uma multidão promíscua de judeus e gentios. O apóstolo estava mais uma vez diante do mundo. Ele tinha novamente a oportunidade de proclamar a todas a nações aquilo pelo qual ele tinha sido feito prisioneiro - "e todos os gentios a ouvissem." (2 Timóteo 4:17). Imperadores e senadores, príncipes e nobres, e todos os grandes da terra, deveriam ouvir o evangelho da graça de Deus. Tudo o que o inimigo tinha feito se torna um testemunho ao nome de Jesus. Aqueles que antes eram inacessíveis ouvem o evangelho pregado com poder do alto.
Seria bastante proveitoso nos demorarmos nessa maravilhosa cena por alguns momentos. Nunca antes houve tal testemunho no pretório de Nero. A sabedoria de Deus em tornar todos os esforços do inimigo em tal testemunho é a mais profunda, enquanto Seu amor e graça no evangelho brilha inefável e igualmente para todas as classes. O próprio apóstolo comanda nossa devota admiração. Embora nesse momento seu coração estivesse quebrado pela infidelidade da igreja, ele permaneceu forte no Senhor e na força do Seu poder. Ele tinha uma oportunidade de falar de Jesus, de Sua morte e ressurreição, de modo que a multidão pagã pudesse ouvir o evangelho. Sua idade, suas fraquezas, sua forma venerável, seu braço agrilhoado, tudo isso tendia a aprofundar a impressão de sua eloquência viril e direta. Mas, felizmente, temos um relato, de sua própria pena, da primeira audiência de sua defesa. Ele escreve assim a Timóteo, imediatamente após o evento: "Ninguém me assistiu na minha primeira defesa, antes todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado. Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que por mim fosse cumprida a pregação, e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão." (2 Timóteo 4:16,17)
Quanto à acusação exata que agora era feita contra o apóstolo, e pela qual ele foi preso, não temos meios de verificar com certeza. Pode ter sido simplesmente a acusação por ser um cristão. A perseguição generalizada contra os cristãos agora se enfurecia com maior severidade. Não se tratava mais sobre certas questões da lei, e ele não estava mais sob os cuidados suaves e humanos de Burrus: ele agora era tratado como um malfeitor - como um criminoso comum: "Por isso sofro trabalhos e até prisões, como um malfeitor" (2 Timóteo 2:9) - e muito diferente das cadeias de seu primeiro aprisionamento, quando ele morava em sua própria casa alugada.
Alexandre - que acreditamos ser de Éfeso - evidentemente tinha algo a ver com sua prisão. Ou ele foi um de seus acusadores ou, ao menos, uma testemunha contra ele. "Alexandre, o latoeiro", ele escreve a Timóteo, "causou-me muitos males" ["exibiu muito mal de espírito contra mim"] (2 Timóteo 4:14) . Dez anos antes disso, ele tinha estado à frente como um antagonista aberto do apóstolo em Éfeso (Atos 19). Ele pode agora ter procurado vingança colocando informação contra o apóstolo perante o prefeito. O fato de ser o mesmo Alexandre de Éfeso parece claro considerando o que ele escreve a Timóteo: "Tu, guarda-te também dele, porque resistiu muito às nossas palavras." (2 Timóteo 4:15)
Durante a primeira e extensa prisão de Paulo, ele estava cercado por muitos de seus mais velhos e valorados companheiros, a quem ele chama de "cooperadores" e "prisioneiros comigo". Por meio destes, seus mensageiros, embora acorrentado e preso em um único local, ele continuou em constante relação com seus amigos por todo o império, e com as igrejas dos gentios que ainda nem tinham visto sua face. Mas seu segundo aprisionamento estava em perfeito contraste com tudo isso. Ele estava longe de todos os seus companheiros de costume. Erasto ficou em Corinto, Trófimo foi deixado doente em Mileto, Tito tinha ido à Dalmácia, Crescente à Galácia, Tíquico tinha sido enviado a Éfeso, e Demas o tinha abandonado, "amando o presente século" (2 Timóteo 4:10).
O apóstolo estava agora quase que inteiramente sozinho. "Só Lucas está comigo", diz ele (2 Timóteo 4:11). Mas o Senhor pensava em Seu solitário e abandonado servo. Um feixe luminoso, a partir da fonte de amor, brilha em meio à escuridão e melancolia de sua prisão. Havia alguém fiel em meio à deserção geral, e alguém que não se envergonhava das cadeias do apóstolo. Quão peculiarmente doce e refrescante para o coração do apóstolo deve ter sido o ministério de Onesíforo naquele tempo! Nunca poderá ser esquecido. Onesíforo e sua casa - que Paulo relaciona consigo mesmo - serão guardados em memória eterna, e deverão colher o fruto de sua coragem e devoção ao apóstolo para sempre e sempre. "Estive na prisão, e foste me ver." (leia Mateus 25:31-46).
No que diz respeito às circunstâncias do julgamento de Paulo, não temos informação certa. Muito provavelmente, na primavera de 66 ou 67 d.C., Nero tomou seu lugar no tribunal, cercado por seus jurados e a guarda imperial, e Paulo foi levado à corte. Temos razões para acreditar que o espaçoso lugar se encheu de uma multidão promíscua de judeus e gentios. O apóstolo estava mais uma vez diante do mundo. Ele tinha novamente a oportunidade de proclamar a todas a nações aquilo pelo qual ele tinha sido feito prisioneiro - "e todos os gentios a ouvissem." (2 Timóteo 4:17). Imperadores e senadores, príncipes e nobres, e todos os grandes da terra, deveriam ouvir o evangelho da graça de Deus. Tudo o que o inimigo tinha feito se torna um testemunho ao nome de Jesus. Aqueles que antes eram inacessíveis ouvem o evangelho pregado com poder do alto.
Seria bastante proveitoso nos demorarmos nessa maravilhosa cena por alguns momentos. Nunca antes houve tal testemunho no pretório de Nero. A sabedoria de Deus em tornar todos os esforços do inimigo em tal testemunho é a mais profunda, enquanto Seu amor e graça no evangelho brilha inefável e igualmente para todas as classes. O próprio apóstolo comanda nossa devota admiração. Embora nesse momento seu coração estivesse quebrado pela infidelidade da igreja, ele permaneceu forte no Senhor e na força do Seu poder. Ele tinha uma oportunidade de falar de Jesus, de Sua morte e ressurreição, de modo que a multidão pagã pudesse ouvir o evangelho. Sua idade, suas fraquezas, sua forma venerável, seu braço agrilhoado, tudo isso tendia a aprofundar a impressão de sua eloquência viril e direta. Mas, felizmente, temos um relato, de sua própria pena, da primeira audiência de sua defesa. Ele escreve assim a Timóteo, imediatamente após o evento: "Ninguém me assistiu na minha primeira defesa, antes todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado. Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que por mim fosse cumprida a pregação, e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão." (2 Timóteo 4:16,17)
"Observe agora, e veja o santo escolhido de Cristo
Em triunfo usar cadeias como seu Senhor;
Nenhum temor irá desviá-lo ou abatê-lo
Sua vida é Cristo, sua morte é lucro.”