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domingo, 12 de março de 2017

Adriano Envia Carlos Magno

O papa então enviou mensagens com a maior pressa pedindo a ajuda imediata de Carlos, e ao mesmo tempo diligentemente supervisionava, em pessoa, os preparativos militares para a defesa da cidade e a segurança de seus tesouros. E, de acordo com uma velha estratégia de Roma, [o papa] Adriano enviou três bispos para intimidar o rei e ameaçá-lo de excomunhão se ele ousasse violar a propriedade da igreja. O papa, deste modo, ganhou tempo, e Carlos, com sua usual rapidez, reuniu suas forças, cruzou os Alpes e sitiou Pavia. Durante o cerco, que continuou por vários meses, Carlos fez uma visita ao papa com grande pompa, e foi recebido com toda a honra. Ele foi aclamado pelos nobres, senadores e cidadãos como patrício de Roma e o filho obediente da igreja, que tinha obedecido tão rapidamente a convocação de seu pai espiritual e veio libertá-los dos odiosos e temidos lombardos. Quando as festividades sacras terminaram, Carlos e seus oficiais retornaram ao exército.

Pavia, com o tempo, caiu. Desidério, sucessor do grande e sábio Luitprando, foi destronado, e tomou refúgio em um monastério -- o habitual asilo dos reis destronados; seu valente filho Adalgis fugiu para Constantinopla; e assim expirou o reino dos lombardos, os inimigos mortais dos italianos, e o grande obstáculo para a agressividade papal. O caminho estava então limpo para que o conquistador desse ao papa um reino, não apenas no papel, como fez seu pai Pepino, mas em cidades, províncias e rendimentos públicos. E assim ele fez, e assim ratificou o magnânimo presente de seu pai. Como senhor pela conquista, Carlos Magno presenteou aos sucessores de São Pedro, por uma concessão absoluta e perpétua, o reino da Lombardia; e, como dizem alguns, de toda a Itália. Ao mesmo tempo Carlos reivindicou o título real, e exerceu um tipo de soberania sobre toda a Itália e até mesmo sobre a própria Roma. Mas o papa, estando então seguro na posse do território, podia bem dispôr-se a permitir todas as honras reais ao seu grande benfeitor.

domingo, 5 de março de 2017

As Guerras Religiosas de Carlos Magno (por volta de 771-814)

A assim chamada história eclesiástica, desde a época de Pepino, está tão entrelaçada com a história dos reis francos e com as vergonhosas intrigas dos papas que devemos ir mais além, embora brevemente, em traçar o curso dos eventos que tem importante influência no caráter do papado e na história da igreja.

O poder crescente de Carlos Magno, o filho mais novo de Pepino, foi assistido pelos ocupantes da cadeira de São Pedro com o maior interesse possível, e habilmente usado por eles para o cumprimento de seus ambiciosos desígnios. O papa Adriano I e Leão III, ambos homens talentosos, sentaram-se no trono papal durante o longo reinado de Carlos, e foram bem-sucedidos em engrandecer muito, através do que é chamado suas guerras religiosas, a Sé Romana.

Uma disputa entre Desidério, rei dos lombardos, e o papa Adriano, levou a uma guerra com a França que acabou na completa derrota do reino lombardo na Itália. Este foi o resultado do grande esquema do papado, e provocado pela política sem princípios e traiçoeira do pontífice. Carlos era genro de Desidério, mas depois de um ano de casamento ele se divorciou de Hermingard, a filha do lombardo, e imediatamente se casou com Hildegard, uma senhora de uma nobre casa da Suábia. O insultado pai, ao receber de volta sua filha repudiada, naturalmente buscou por reparação por meio do papa, o chefe da igreja, de quem Carlos era um filho tão obediente. Mas embora a igreja, adequando-se a seus próprios propósitos, tivesse afirmado em termos fortes a santidade do vínculo matrimonial, a violação aberta no exemplo de Carlos foi ignorada; o papa se recusou a interferir.

Roma reconhecia o bom serviço do grande Carlos e não podia arriscar seu desagrado. Nem uma palavra foi dita contra a conduta do dissoluto monarca. Desidério, por fim, ressentiu-se pelo amargo insulto de Carlos e pela ímpia conivência de Adriano. Ele apareceu à frente de suas tropas na Itália papal, e sitiou, invadiu e espalhou a devastação por toda a parte, e ameaçou o papa em sua capital.

sábado, 24 de dezembro de 2016

O Prenúncio do Homem do Pecado

Nada pode nos dar uma ideia mais expressiva da terrível apostasia da igreja de Roma que essa carta. O único direito para a vida eterna é a obediência ao papa; o mais elevado dever do homem é a proteção e ampliação da santa Sé. Mas onde está Cristo? Onde estão Suas reivindicações? Onde está o cristianismo? Em vez de buscar converter os bárbaros e ganhar suas almas para Cristo, o santíssimo nome do Senhor e o nome do apóstolo são prostituídos para os mais baixos propósitos. O soldado que luta mais duro pela Sé Romana, embora destituído de qualquer qualificação moral e religiosa, é assegurado de grandes vantagens temporais na vida presente, e na vida vindoura o mais elevado assento no céu. Certamente temos aqui o mistério da iniquidade, e o prenúncio daquele homem de pecado, o filho da perdição, que se opõe e exalta a si mesmo sobre tudo o que é chamado Deus, ou que é adorado, de modo que ele como Deus se assenta no templo e Deus, mostrando-se como se fosse Deus -- dele mesmo, cuja vinda é segundo a obra de Satanás, com todo o poder e sinais e prodígios de mentira. (2 Tessalonicenses 2:3-12)

Pepino logo tinha seus francos em ordem de marcha. As ameaças e promessas da "carta de São Pedro" tiveram o efeito desejado. Eles novamente invadiram a Itália. Astolfo cedeu imediatamente às exigências de Pepino. O território contestado foi abandonado. Embaixadores do Oriente estavam presentes na conclusão do tratado, e exigiram a restituição de Ravena e seu território ao seu mestre, o imperador; mas Pepino declarou que seu único objetivo na guerra era demonstrar sua veneração por São Pedro; e ele concedeu, pelo direito de conquista, tudo a  seus sucessores. Os representantes do papa agora passavam pela terra, recebendo a homenagem das autoridades e as chaves das cidades. Mas o território que ele aceitou de um potentado estrangeiro na forma de uma doação pertencia ao seu mestre reconhecido, o imperador oriental. Ele [o papa] havia contratado, por uma grande soma, que teve o cuidado de tornar pagável no céu, um poderoso estrangeiro para roubar sua soberania de direito para sua própria vantagem, e sem vergonha ou hesitação ele aceitou a fraude. O rei francês pôde ser destronado e humilhado por seu servo, e o império grego pôde ser roubado e desafiado por seu sacerdote, se a igreja fosse assim engrandecida. Tal sempre foi a política de Roma.

Mas a generosa doação de Pepino -- que morreu no ano 768 -- esperou pela confirmação de seu filho, Carlos Magno. No ano 774, quando os lombardos mais uma vez ameaçaram os territórios romanos, a ajuda da França foi implorada. Carlos Magno prosseguiu à sua ajuda. Ele chegou em Roma na véspera da Páscoa. Os romanos, segundo nos contam, receberam o rei com ilimitada demonstração de alegria. Trinta mil cidadãos saíram-lhe ao encontro; todo o corpo do clero com cruzes e bandeiras, e as crianças das escolas, que levavam ramos de palmeira e oliveira, o saudaram com hinos de boas vindas. Ele desmontou, e prosseguiu a pé em direção à igreja de São Pedro, onde o papa e todo o clero estavam à espera. O rei devotamente beijou cada degrau das escadas e, ao chegar ao patamar beijou o papa, e entrou no edifício segurando sua mão direita. Ele passou a véspera da Páscoa em devotos exercícios e rezas. Mas quando o coração do rei estava quente e terno, o papa Adriano trouxe ao assunto uma nova escritura de doação à santa Sé. Carlos Magno, então, aumentou em grande medida a doação que Pepino tinha feito à igreja, confirmou-a com um juramento, e solenemente depositou a escritura da doação sobre a tumba do apóstolo. Após a conclusão das solenidades da Páscoa, despediu-se do pontífice e voltou ao seu exército. Seus braços foram vitoriosos em toda a parte, e ele não fez uma pausa sequer até que tivesse inteira e finalmente subvertido o império dos lombardos, e proclamou-se a si mesmo rei da Itália.

A Soberania Secular do Papado é Estabelecida

Através de uma troca mútua de bons ofícios, em menos de três anos Pepino cruzou os Alpes à frente de um numeroso exército, derrubou os lombardos, e recuperou o território italiano que eles tinham arrancado do império ocidental. A justiça exigiria, de fato, que o território retornasse ao imperador, a quem pertencia; ou ele poderia retê-lo para si mesmo. Mas ele não fez nem um nem o outro. Consciente de sua obrigação para com a santa Sé, ele respondeu que não tinha ido à batalha por amor de homem algum, mas apenas por amor de São Pedro, e para obter o perdão  de seus pecados. Ele então transferiu a soberania sobre as províncias em questão para o bispo de Roma. Esta foi a fundação de todo o domínio secular dos papas.

Astolfo, rei dos lombardos, tendo jurado a Pepino que restauraria a São Pedro as cidades que ele tinha tomado, as tropas francesas foram retiradas. Mas a magnificente "doação", no que dizia respeito ao papa, estava apenas no papel. Ele não tinha sido posto em posse real dos territórios cedidos, nem tinha os meios de pôr-se a si mesmo em posse do dom real. Mal o rei franco retornou dos Alpes, Astolfo recusou-se a cumprir seu compromisso. Ele reuniu suas divisões dispersas e continuou seus ataques sobre os territórios dispersos da igreja. Ele devastou o país até os próprios muros de Roma e sitiou a cidade. O papa, indignado tanto com a conduta evasiva de Pepino quanto com a perfídia dos lombardos, enviou mensagens a seus protetores francos pelo mar a toda pressa, pois todos os caminhos por terra estavam fechados pelo inimigo. Sua primeira carta recordou ao rei Pepino que ele arriscava a eterna condenação se não completasse a doação que havia prometido a São Pedro. Seguiu-se uma segunda carta, mais patética e mais persuasiva. Mesmo assim os francos se atrasaram. E, finalmente, o papa escreveu uma terceira, como se viesse do próprio São Pedro. A ousadia e pretensão dessa carta é tão terrível que a citaremos inteiramente como um exemplo dos meios usados pelo papa para aterrorizar os bárbaros para a proteção da santa Sé e o avanço de seus domínios. Ele considerou todos os meios justificáveis para alcançar tais propósitos elevados. Assim se lê:

"Eu, Pedro, o apóstolo, protesto, admoesto e conjuro-vos, os mais cristãos reis, Pepino, Carlos e Carlomano, com toda a hierarquia, bispos, abades, padres e todos os monges; todos os juízes, duques, condes, e todo o povo dos francos. A mãe de Deus, do mesmo modo, vos conjura, e vos adverte e ordena, ela, assim como os tronos e domínios e todas as hostes do céu, a salvar a amada cidade de Roma dos detestados lombardos. Se ouvirdes, eu, Pedro, o apóstolo, prometo-vos minha proteção nesta vida e na próxima, preparar-vos-ei as mais gloriosas mansões no céu, e conceder-vos-ei as alegrias eternas do paraíso. Façam causa comum com meu povo de Roma, e vos concederei qualquer coisa para a qual orardes. Conjuro-vos a não deixarem esta cidade ser lacerada e atormentada no inferno com o diabo e seus anjos pestilentos. De todas as nações debaixo do céu os francos são os mais elevados na estima de São Pedro; para mim, vós mereceis todas as vossas vitórias. Obedecei, e obedecei rapidamente; e, por meu sufrágio, nosso Senhor Jesus Cristo vos dará uma longa vida, segurança, vitória, e na vida futura, multiplicará Suas bênçãos sobre vós, entre Seus santos e anjos."*

{* Para uma descrição mais ampla desse importante período, veja Cristianismo Latino, de Milman, vol. 2, p. 243.} 

O Único Grande Objetivo do Papado

A cada dia tornava-se mais e mais evidente que não poderia haver paz sólida para Roma, nem fundamento seguro para a supremacia já alcançada, a menos que fosse alcançada a derrubada total tanto dos poderes gregos quanto lombardos na Itália, e a apropriação de seus espólios pela santa Sé. Este era então o único grande objetivo dos sucessores de São Pedro e a batalha que eles tinham que lutar. Mas, assim como a vinha de Nabote, o jizreelita, isso deveria ser possuído por bem ou por mal. Jezabel conspira, e a morte de Nabote é realizada. A história dos reis lombardos e da grande controvérsia iconoclástica durante os séculos VII e VIII lançam muita luz sobre os meios usados para alcançar esse fim; mas disso tudo podemos dizer apenas uma palavra para passarmos adiante, e sugerir aos nossos leitores a consulta direta à história geral.*

{* Veja especialmente a Cathedra Petri de Greenwood.}


"Há abundante fundamento histórico para acreditar", diz Greenwood, "que esse objetivo havia, por essa época, se moldado muito distintamente na mente do papado: o território de seu inimigo religioso, o imperador, devia ser definitivamente anexado ao patrimônio de São Pedro, juntamente a um Estado territorial muito mais extenso à medida que a oportunidade viesse ao alcance.  Mas restava a árdua e aparentemente impossível tarefa de arrancar essas potenciais aquisições das mãos do inimigo lombardo. E, de fato, todo o curso da política papal estava então direcionada ao cumprimento desse único objetivo."

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

O Período de Transição do Papado

Retornemos agora a Roma. Sua importância e influência como um centro reivindica nossa maior atenção por mais um pouco. Os domínios espirituais do papa então se estendiam por toda a parte. De todas as partes do império bispos, príncipes e povos olhavam para Roma como o pai de sua fé e a mais elevada autoridade na Cristandade. Mas, embora assim exaltada à mais alta soberania espiritual, o supremo pontífice e sua relação com o império oriental ainda era um assunto delicado. Isto era insuportável para o orgulho e ambição de Roma. A poderosa batalha pela vida e poder político agora começava, e durou por todo século VII e VIII. Este foi o período de transição de um estado de subordinação ao poder civil ao estado de auto-existência política. Como isto poderia ser alcançado era então o grande problema que o Vaticano tinha que resolver. Mas o domínio espiritual não podia ser mantido sem o poder secular.

Os lombardos -- os vizinhos mais próximos e temidos dos papas -- e o império grego eram os dois grandes obstáculos no caminho da soberania secular do papa. A queda do império ocidental e a ausência de qualquer governo nacional fez com que o povo romano olhasse para o bispo como seu chefe natural. Ele foi assim investido com uma influência política especial, distinta de seu caráter eclesiástico. As invasões dos lombardos, como já vimos, e a fraqueza dos gregos, contribuíram para o aumento do poder político nas mãos dos pontífices. Mas isto foi apenas acidental, ou uma necessidade diante das emergências imprevistas. Os Estados romanos ainda eram governados por um oficial do império oriental, e o próprio papa, se ofendesse o imperador, era suscetível de ser preso e lançado na prisão, como foi, de fato, o caso do papa São Martinho no ano 653, que morreu no exílio no ano seguinte.

domingo, 20 de novembro de 2016

A Posição Eclesiástica e Secular de Gregório

O cuidado pastoral da igreja era evidentemente o principal objetivo e deleite do coração de Gregório. Ele acreditava que esta era sua obra, e com prazer teria se dedicado inteiramente a isto; pois, de acordo com a credulidade supersticiosa da época, ele tinha a mais profunda convicção de que o cuidado e governo de toda a igreja pertencia a ele como sucessor de São Pedro; e também, que ele era obrigado a defender a dignidade especial da Sé de Roma. Mas ele foi compelido, a partir do perturbado estado da Itália, e pela segurança de seu povo -- seu querido rebanho -- a empreender muitos tipos de negócios incômodos, totalmente estranhos ao seu chamado espiritual. Os invasores lombardos* eram, naquela época, o terror dos italianos. Os godos tinham sido, em grande medida, civilizados e romanizados. Mas esses novos invasores eram bárbaros sem remorso e impiedosos; embora, por mais estranho que seja dizê-lo, eles eram os autodeclarados campeões do arianismo. E o poder imperial, em vez de proteger seus súditos italianos, agiu apenas como um obstáculo para que eles se defendessem. Guerra, fome e pestilência tinham dizimado e despopulado tanto o país, que todos os corações falhavam, e todos se voltavam ao bispo como o único homem para a emergência desses tempos, de tão firme que era a opinião sobre sua integridade e capacidade entre os homens.

{* Os lombardos foram uma tribo germânica de Brandenburg. De acordo com a crença popular, eles tinham sido convidados à Itália por Justiniano para lutar contra os godos. O chefe deles, Alboin, estabeleceu um reino que durou de 568 a 774. O último rei, Desidério, foi destronado por Carlos Magno. Como os encontraremos novamente em conexão com nossa história, apenas tomamos esta breve nota sobre sua origem. -- Dicionário de Datas, de Haydn.}

Assim vemos que o poder secular, em primeira instância, foi imposto ao Papa. Não parece que ele buscava essa posição -- uma posição tão ansiosamente procurada por muitos de seus sucessores; mas vemos que ele entrou com relutância em deveres tão pouco de acordo com o grande objetivo de sua vida. Ele involuntariamente deixou para trás a vida quieta e contemplativa de monge, e entrou em assuntos do estado como um dever a Deus e a seu país. A direção dos interesses políticos de Roma recai sobretudo sobre Gregório. Ele foi guardião da cidade e o protetor da população da Itália contra os lombardas. Toda a história presta testemunho à sua grande capacidade, sua incessante atividade, e a multiplicidade de suas ocupações como o virtual soberano de Roma.

No entanto, por mais inconsciente que Gregório tenha sido quanto aos efeitos de sua grande reputação, ele contribuiu muito para a dominação eclesiástica e secular de Roma. A preeminência em seu caso, por mais triste que fosse para um cristão, era desinteressada e exercida de modo benéfico; mas não foi assim com seus sucessores. A infalibilidade do Papa, a tirania espiritual, a perseguição aos de diferentes opiniões, a idolatria, a doutrina do mérito das obras, o purgatório e as missas pelas almas dos mortos, coisas que se tornaram marcas registradas do papado, ainda não haviam se estabelecido totalmente em Roma; mas, podemos dizer, estavam todas à vista.

Não devemos, no entanto, prosseguir com esse assunto no momento; voltemos a um assunto mais interessante e mais agradável a nossas mentes.

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