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sábado, 8 de julho de 2017

A Heresia Simoníaca

No século XI conta-se que o sistema feudal atingiu sua maturidade, e o pecado da simonia -- ou a venda de benefícios eclesiásticos -- atingiu o ápice de sua impiedade. Nesse período a história nos informa que, desde o papado até a menor cura paroquial, toda dignidade espiritual tinha seu preço em dinheiro  e tornou-se um objeto de troca ou venda. Mesmo o bispado de Roma era tão notoriamente comprado e vendido nessa mesma época que houve três papas simultâneos: Bento IX, que ficava em Latrão; Silvestre III, que tinha o Vaticano; e Gregório VI, que tinha Santa Maria. Mas as discussões eram tão vergonhosas, e tão feroz era a guerra entre os papas e seus amigos, que os italianos imploraram para que o imperador Henrique III fosse a Roma e examinasse as reivindicações conflitantes dos três pontífices. Um concílio ocorreu em Sutri, por volta do ano 1044, quando as imoralidades mais inéditas e a mais flagrante simonia foram provadas contra os papas diante de Henrique. Qual dos três a alta igreja considerava, então, o legítimo sucessor de São Pedro, isso não sabemos; mas não pode haver dúvida de que eles eram todos descendentes lineares de Simão, o Mago, que pensava que o dom de Deus podia ser comprado com dinheiro. Poucos, muito poucos, eram os verdadeiros descendentes de Simão Pedro, que deixou tudo o que tinha e seguiu a Jesus.

O mal se espalhou e toda a ordem clerical foi afetada, se não corrompida, pelo pecado prevalecente. Quando o bispo descobria que tinha gasto demais com sua Sé, ele naturalmente aumentava o preço das posições inferiores para indenizar a si mesmo. Assim os grandes prelados da igreja estavam envolvidos no mais degradante tráfico e especulações secularizantes. Nada podia ser mais baixo, e isso abriu a porta da igreja para os piores dos homens. Leigos, sem educação ou religião; bárbaros, sem civilização, compravam ordens sagradas, e forçavam sua entrada nas sagradas fileiras do sacerdócio, e é claro, traziam com eles a pior impiedade do mundo, e as maiores enormidades dos pagãos. A simonia tornou-se, assim, o pecado abrangente desse período, e cada vício surgiu naturalmente dele. Nos esforçaremos agora em verificar sua origem.

domingo, 6 de novembro de 2016

As Vantagens de Roma

A corte de Constantinopla, embora possa ter encorajado as esperanças e ambições dos bispos, afetava o governo da igreja com poder despótico, e decidia em controvérsias religiosas do tipo mais grave. Mas no Ocidente não era assim. O pontífice romano desse período demonstrou o espírito independente e agressivo do papado que se elevou a tais alturas em épocas posteriores. Os bispos do Oriente foram assim colocados em desvantagem em consequência de sua dependência da corte e de suas disputas com os imperadores. Além disso, a presença e grandeza do soberano oriental mantinha a dignidade do bispo em um lugar secundário. Em Roma não havia mais ninguém para disputar com a classe ou estilo do pontífice.

A retirada dos imperadores de Roma, como residência real, foi então favorável ao desenvolvimento do poder eclesiástico ali; pois, embora abandonada por seus governantes, era ainda venerada como a verdadeira capital do mundo. Deste modo, Roma possuía muitas vantagens como a sede do bispo supremo. Mas o fator principal que impulsionou e consolidou o poder da Sé romana foi a crescente crença, por toda a Cristandade, de que São Pedro foi seu fundador. Os bispos romanos negavam que sua precedência originava-se na grandeza imperial da cidade, mas sim em sua descendência linear de São Pedro. Este dogma foi geralmente recebido por volta do começo do século V.

Por tais argumentos a igreja de Roma estabeleceu seu direito de governar a universal igreja. Ela sustentava que Pedro era primaz entre os apóstolos, e que seu primado é herdado pelos bispos de Roma. Mas pode ser interessante observar aqui o duplo aspecto do romanismo -- o eclesiástico e o político. Em ambos os aspectos ele reivindicava a supremacia. Eclesiasticamente ele sustentava: (1) que o bispo de Roma é o juiz infalível em todas as questões de doutrina; (2) que ele tem o direito inerente ao governo supremo em convocar concílios gerais e presidir sobre eles; (3) que o direito de fazer nomeações eclesiásticas pertencia a ele; (4) que a separação da comunhão da igreja de Roma envolve a culpa de cisma. Politicamente ela reivindicava, aspirava e ganhava preeminência e poder sobre toda a sociedade européia, assim como sobre todos os governos europeus. Veremos provas abundantes desses fatores em particular no decorrer de sua bem definida história, a qual daremos prosseguimento agora.

Não foi até depois do primeiro concílio de Niceia que a supremacia dos bispos romanos passou a ser, em geral, permitida. Os primeiros bispos de Roma mal são conhecidos na história eclesiástica. A ascensão de Inocêncio I no ano 402 deu força e definição a esse novo princípio da igreja latina. Até este tempo não havia qualquer reconhecimento legal da supremacia de Roma, embora ela fosse considerada a principal igreja do Ocidente, e fosse frequentemente procurada pelos outros grandes bispos por um julgamento espiritual em questões de disputa. Quando a igreja grega caiu no arianismo, a igreja latina aderiu firmemente ao credo niceno {*N. do T.: a doutrina da Santíssima Trindade defendida no concílio de Niceia, em oposição à doutrina do arianismo}, o que a elevou muito na opinião de todo o Ocidente. "Na mente de Inocêncio", diz Milman, "parece ter surgido, pela primeira vez, a vasta concepção da supremacia eclesiástica universal de Roma; ainda sombria e escura, mas completa e abrangente em seu esboço."

domingo, 3 de janeiro de 2016

Carta de Trajano para Plínio

"Você agiu perfeitamente correto, meu caro Plínio, na pergunta que me fez a respeito dos cristãos. Pois, realmente, não há uma regra geral que possa ser prevista para ser aplicada a todos os casos. Essas pessoas não dever ser procuradas: se forem trazidas diante de você e estiverem convictos, que seja aplicada pena capital, mas com essa restrição: que se alguém renunciar ao cristianismo, e evidenciar sua sinceridade suplicando aos nossos deuses, por mais suspeito que tenha sido no passado, que seja perdoado por seu arrependimento. Mas libelos anônimos em nenhum caso devem ser levados em consideração, pois é um precedente muito perigoso e perfeitamente incongruente com as máximas de nossa era."
O testemunho claro e insuspeito dessas duas cartas desperta pensamentos e sentimentos do mais profundo interesse na mente cristã de hoje em dia. A Primeira Epístola de Pedro foi endereçada aos pais desses santos sofredores, e possivelmente a alguns dos que ainda estavam vivos. E não é improvável que Pedro tenha trabalhado entre eles pessoalmente. Assim eles foram ensinados e encorajados de antemão a dar ao governador romano "a razão da esperança que havia neles com mansidão e temor" (1 Pedro 3:15). De fato, a totalidade da primeira epístola parece divinamente equipada para fortalecer aqueles cristãos inocentes contra o injusto e irracional proceder de Plínio. "Ora, pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com este mesmo pensamento" (1 Pedro 4:1). Pedro contempla em sua epístola a família da fé como se estivesse em uma jornada através do deserto, e Deus como o supremo Governador sobre todos - tanto crente como incrédulos. "Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem o mal." (1 Pedro 3:12). Com tal cena diante de nós, e com tais testemunhas, levando em consideração a posição de Trajano e Plínio como estadistas pagãos, pode ser interessante indagar nessa fase tão inicial de nossa história qual a real causa da perseguição.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Pedro na Antioquia

Pouco tempo depois, como aprendemos em Gálatas 2, Pedro faz uma visita à Antioquia. Mas apesar da decisão dos apóstolos e da igreja em Jerusalém, uma característica fraqueza de Pedro o trai em um ato de dissimulação. Uma coisa é resolver uma questão na teoria, e outra é realizá-la na prática. Pedro tinha, realmente, declarado na assembleia que o evangelho que Paulo pregava, pela revelação dada a ele, não era nada menos do que uma bênção tanto para o judeu quanto para o gentio. E, enquanto sozinho na Antioquia, ele agiu nesse princípio, andando na liberdade da verdade celestial e comendo com os gentios. Mas quando alguns cristãos judeus vieram da parte de Tiago, ele não mais se atreveu a usar de tal liberdade. "Se foi retirando, e se apartou deles, temendo os que eram da circuncisão. E os outros judeus também dissimulavam com ele, de maneira que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação." (Gálatas 2:12-13). "Que coisa mais pobre que é o homem!", exclamou alguém. "Somos fracos em relação à nossa importância diante dos homens. Quando não somos nada, podemos fazer tudo, desde que esteja de acordo com a aceitação dos outros... Paulo, energético e fiel, pela graça, permanece sozinho de pé, e repreende Pedro diante de todos."

A partir de então, no ano 49 ou 50 d.C., seu nome não aparece novamente no livro de Atos dos Apóstolos, e não temos certeza da esfera de seu trabalho. No entanto, ele se dirige aos cristãos hebreus em sua primeira carta da seguinte maneira: “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia”. Disso podemos concluir que ele trabalhou nesses países. Sua segunda Epístola data de muito tempo depois, e deve ter sido escrita pouco tempo antes de sua morte. Aprendemos isso com o que ele diz no primeiro capítulo: “Sabendo que brevemente hei de deixar este meu tabernáculo, como também nosso Senhor Jesus Cristo já mo tem revelado” (v.14; ver também João 21:18-19).

A data exata da visita de Pedro a Roma tem sido assunto de grande controvérsia entre escritores católicos e protestantes em todas as eras. Mas pode ser considerado um ponto resolvido o fato de ele não ter visitado tal cidade até uma data bem próxima do fim de sua vida. A data de seu martírio é também incerta. Muito provavelmente aconteceu em 67 ou 68 d.C., com mais ou menos setenta anos de idade. O incêndio de Roma causado por Nero é datado por Tácito por volta do mês de julho de 64. A perseguição contra os cristãos eclodiu logo depois, e foi sob tal perseguição que nosso apóstolo foi honrado com a coroa do martírio.

Crucifixion of St. Peter,
1604-1605 - Guido Reni
Ele foi sentenciado à crucificação, sendo esta a mais severa e vergonhosa morte. Mas quando ele olhou para a cruz, ele suplicou aos oficiais romanos para não ser crucificado do modo usual, mas que preferiria sofrer de cabeça para baixo, afirmando que ele não era digno de sofrer na mesma posição de seu bendito Senhor e Mestre. Tendo seu pedido concedido, ele foi crucificado de cabeça para baixo. Seja isto um fato ou uma mera lenda, está em conformidade com o temperamento fervente e a profunda humildade do grande apóstolo. *{Veja William CAVE, Lives o f the Apostles [A vida dos apóstolos]; Edward BURTON, Lectures upon the Ecclesiastical History, [Palestras sobre história eclesiástica]; William SMITH, Smith’s Bible Dictionary.}

terça-feira, 7 de outubro de 2014

O Apóstolo Pedro (Parte 2)

Chegamos agora à última seção na narrativa sagrada da história de Pedro. Do versículo 32 do capítulo 9 ao versículo 18 do capítulo 11 de Atos temos um relato de suas pregações e milagres. Ali o vemos mais uma vez em plena autoridade apostólica, e o Espírito Santo trabalhando com ele. Sua missão nesse momento foi grandemente abençoada, tanto nas cidades de Israel quanto na Cesareia. Toda a cidade de Lida e o distrito de Sarona parecem ter sido despertados. Os milagres feitos por Pedro, e o evangelho por ele pregado, foram usados por Deus para a conversão de muitos. Assim, lemos: "E viram-no todos os que habitavam em Lida e Sarona, os quais se converteram ao Senhor." (Atos 9:35). A benção era geral. "Se converter ao Senhor" é a ideia de conversão encontrada nas Escrituras. E em Jope também, pela ressurreição de Dorcas, havia grande agitação e benção. "E foi isto notório por toda a Jope, e muitos creram no Senhor." (Atos 9:42)

No capítulo 10 - que já consideramos - os gentios são trazidos à igreja. E agora Pedro, tendo terminado sua missão por essas bandas, retorna a Jerusalém. Após o relato de sua libertação do poder de Herodes no capítulo 12, não temos mais relatos sobre a história do apóstolo da circuncisão em Atos.

Como Herodes Agripa, o rei idumeu, tem papel tão proeminente nessa história, pode ser interessante tomar nota sobre ele. Ele professava grande zelo pela lei de Moisés e mantinha um certo respeito para com sua observância externa. Desse modo, ele ficou do lado dos judeus contra os discípulos de Cristo, sob um fingido zelo religioso. Esta era sua política. Era uma figura do rei adversário.

Foi por volta de 44 d.C. que Herodes buscou se insinuar com seus súditos judeus, perseguindo os inofensivos cristãos. Não que houvesse qualquer amor entre Herodes e os judeus, posto que se odiavam de coração; mas aqui eles se uniram, pois ambos odiavam o testemunho celestial. Herodes matou Tiago com a espada e lançou Pedro na prisão. Era sua intenção perversa mantê-lo lá até depois da Páscoa, e então, quando uma grande quantidade de judeus de todas as partes estivessem em Jerusalém, fariam um espetáculo público de sua execução.  Mas Deus preservou e libertou Seu servo em resposta às orações dos santos. Eles têm armas de guerra que os governantes do mundo não conhecem. Deus permitiu que Tiago selasse seu testemunho com seu sangue, mas preservou Pedro para que pudesse ser testemunha na Terra por mais tempo. Assim nosso Deus governa sobre tudo. Ele é o Governador entre as nações, seja qual for o orgulho e a vontade do homem. O poder pertence a Ele. Débil, de fato, é o poder de cada inimigo quando Ele interfere. Herodes, tornando-se perplexo e confuso diante das manifestações de um poder que ele não podia entender, condena os guardas da prisão à morte, e deixa Jerusalém. Mas ele nem imaginava que sua própria morte precederia a de seus próprios prisioneiros.

Em Cesareia, a sede gentia de sua autoridade, ele ordenou que se fizesse uma festa magnífica em honra ao Imperador Cláudio. Somos informados de que multidões da mais alta hierarquia, vindas de todos os cantos, foram reunidas. Na segunda manhã de festividades, o rei apareceu em um manto prateado de grande esplendor, que brilhava com os raios do sol, de modo que ofuscava os olhos de toda a assembleia e provocava admiração geral. Ao fazer um discurso ao povo, de seu trono, alguns de seus bajuladores levantaram um grito: "É a voz de um deus!". Herodes, em vez de reprimir tal ímpia adulação, que se espalhou pelo teatro, a aceitou. Mas um senso do julgamento de Deus, naquele momento, atravessou o coração do rei. Em tom de profunda melancolia ele disse: "Seu deus irá, em breve, sofrer da comum sina da mortalidade". Na força da linguagem das Escrituras, está escrito assim: "E no mesmo instante feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória a Deus e, comido de bichos, expirou." (Atos 12:23). Ele foi, então, tomado de intensas dores violentas, e levado do teatro a seu palácio. Ali ele permaneceu por cinco dias, e morreu na maior agonia, e na mais humilhante e repugnante condição possível. 

terça-feira, 30 de setembro de 2014

O Apóstolo Pedro (Parte 1)

Vamos, agora, passar brevemente as vistas a cada um dos doze. 

O primeiro, em ordem, é o apóstolo Pedro. Não pode haver dúvida de que Pedro esteve em primeiro lugar entre os doze. O Senhor lhe deu tal posição. Ele é o primeiro a ser mencionado em todas as listas dos apóstolos. Essa precedência, como sabemos, não veio por ter conhecido o Senhor primeiro, pois ele não tinha sido nem o primeiro nem o último. André, e provavelmente João, conheceram o Senhor antes de Pedro. Vamos aqui observar, com o mais profundo interesse, o primeiro encontro desses amigos que iriam ser unidos para sempre. Leia João 1:29-51.

João Batista presta testemunho a Jesus como o Cordeiro de Deus que tiraria o pecado do mundo. Dois dos discípulos de João o deixam e seguem Jesus. "Era André, irmão de Simão Pedro, um dos dois que ouviram aquilo de João, e o haviam seguido. Este achou primeiro a seu irmão Simão, e disse-lhe: Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo). E levou-o a Jesus." (João 1:40-42). Essa foi a primeira introdução de Pedro ao Senhor - àquele que havia de ser a fonte de sua felicidade para sempre. E quão significante foi esse primeiro encontro! "E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro)." (João 1:42). Naturalmente impulsivo, rápido em se valer de um objetivo, mas pronto demais para desistir pela força de qualquer pressão, ele tem, pela graça do Senhor, a firmeza que lhe foi dada, embora vez ou outra seu caráter natural aparece.

A primeira coisa que leva Pedro à grande proeminência é sua nobre confissão de Cristo como o Filho do Deus vivo (Mateus 16). O Senhor, então, o honrou com as chaves do reino dos céus, e deu-lhe um lugar de proeminência entre seus irmãos. Mas essa parte da história de Pedro, somados a alguns dos primeiros capítulos de Atos, já consideramos anteriormente. Portanto, nos referiremos somente aos pontos que ainda não tocamos.

Ainda não nos referimos ao quarto capítulo de Atos, embora estejamos dispostos a pensar que ali é apresentado o dia mais brilhante da história do apóstolo, enquanto o batismo de Cornélio apresenta o dia culminante de seu ministério. Como ali é constantemente demonstrado, no grande apóstolo, uma mistura de força e fraqueza, de excelências e defeitos, é profundamente interessante que tracemos seu caminho através dos primeiros temporais que assolaram a recém-nascida igreja. Mas não devemos nos esquecer que o grande segredo da ousadia, sabedoria e poder dos apóstolos não vinham de seu caráter natural, mas sim da presença do Espírito Santo. Ele estava com eles e neles, e trabalhando por eles. O Espírito Santo era a força do testemunho deles.

Observe, em particular, os benditos efeitos da presença do Espírito Santo em quatro aspectos distintos:

1. Na coragem demonstrada por Pedro e pelos outros. "Então Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse: Principais do povo, e vós, anciãos de Israel, visto que hoje somos interrogados acerca do benefício feito a um homem enfermo, e do modo como foi curado, seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em nome desse é que este está são diante de vós. Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos." (Atos 4:8-12) A grande e solene questão entre Deus e os governantes de Israel é aqui formalmente declarada. Nada pode ser mais simples. O testemunho de Deus não está mais com os dirigentes do templo, mas com os apóstolos do exaltado Messias.

2. Em Sua presença com os discípulos reunidos (em assembleia). "E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus." (Atos 4:31) Esse versículo claramente ensina o que têm sido tantas vezes falado quanto ao Espírito estar com os discípulos e neles. O lugar onde eles estavam reunidos foi chacoalhado; isto prova Sua presença com eles. Mas eles também estavam cheios do Espírito Santo - tão cheios, cremos, que naquele momento não havia espaço para a carne agir.

3. Em grande poder quanto ao serviço. "E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça." (Atos 4:33) Prontidão e energia agora caracterizam os apóstolos.

4. Dedicação de todo o coração. "Todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos." (Atos 4:34) No capítulo dois, os ricos davam, eles mesmos, aos pobres: algo que dificilmente poderia ser feito sem atribuir importância ao doador. Mas no capítulo quatro, os ricos deixavam o dinheiro aos pés dos apóstolos. Deveríamos aceitar este fato como um claro sinal de aumento de humildade, e de grande devoção.

É também nesse completo e instrutivo capítulo que temos a famosa resposta de Pedro e João ao conselho. "Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus." (Atos 4:19) Daquele dia em diante os verdadeiros confessores do nome de Jesus encontram, nessas palavras, uma resposta adequada a seus inquisidores e opressores. Que diferença, podemos exclamar, entre o homem que sentou ao fogo no pátio do sumo sacerdote (Mateus 26:69-75) e o homem que toma a dianteira em Atos 4 - entre o homem que caiu diante da acusação de uma criada e o homem que faz a nação tremer com seus apelos! "Mas como essa diferença pode ser explicada?", alguns podem perguntar. A explicação completa para isso é a presença e poder de um Espírito Santo não entristecido ou extinto. E a fraqueza ou poder de muitos hoje em dia pode ser explicada pelo mesmo princípio. O Espírito de Deus é o único poder no cristão. Que possamos conhecer a bem-aventurança de viver, andar e trabalhar no poder salvador e santificador do Espírito Santo! "E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção." (Efésios 4:30)

domingo, 18 de maio de 2014

A Abertura do Reino dos Céus

O Senhor, de maneira especial, concedeu a Pedro a administração do reino, como vemos nos primeiros capítulos de Atos. O termo é tirado do Antigo Testamento (veja Daniel 2 e 7). No capítulo 2, temos o reino; no capítulo 7, temos o Rei. A frase "reino dos céus" aparece apenas no Evangelho de Mateus, no qual o evangelista escreve principalmente para Israel.

A vinda do reino dos céus em poder e glória à Terra, na Pessoa do Messias, era a natural expectativa de todo judeu fiel. João Batista, como precursor do Senhor, apareceu pregando que o reino dos céus estava próximo. Mas, em vez de receberem o Messias, os judeus O rejeitaram e crucificaram. Consequentemente, o reino, de acordo com as expectativas judaicas, foi deixado de lado. No entanto, ele foi introduzido de uma outra forma. Quando o rejeitado Messias ascendeu ao Céu, e tomou Seu lugar à direita de Deus, triunfante sobre todos os inimigos, o reino dos céus começou. Agora o rei está no Céu, e como Daniel diz, "o Céu reina", embora não abertamente. E, a partir do tempo em que Ele subiu até Seu retorno, este é o reino em mistério (Mateus 13). Quando Ele voltar novamente em poder e grande glória, será o reino manifesto.

A Pedro foi dado o privilégio de abrir esse reino para ambos judeus e gentios. Isto foi feito em sua pregação aos judeus, em Atos 2, e em sua pregação aos gentios, em Atos 10. Mas, novamente, devemos prestar atenção ao fato de que a igreja de Deus e o reino dos céus não são a mesma coisa. Sejamos claros, para começar, quanto a este ponto fundamental. A identificação falha das duas coisas têm produzido grande confusão de ideias e pode ser vista como a origem do puseísmo*, do papado, e de todo o sistema humano da Cristandade. Os comentários da próxima seção sobre a parábola do joio tratam diretamente desse assunto, apesar de se referirem a um período posterior ao dos primeiros capítulos de Atos.**

{*Movimento ritualista que visava a aproximar do catolicismo a igreja anglicana.}
{**Lectures on the Gospel of Matthew. Por W. Kelly.} 

domingo, 11 de maio de 2014

As Chaves do Reino dos Céus

Isso nos leva à já mencionada "grande casa" da profissão de fé cristã meramente externa. No entanto, devemos ter em mente que, apesar de intimamente conectados, o reino dos céus e a grande casa referem-se a coisas um tanto distintas. O mundo pertence ao Rei. "O campo é o mundo". Seus servos devem ir a semear. Como resultado, temos "uma grande casa", ou Cristandade.*

{* Os termos "igreja", "reino dos céus", e "grande casa" são bíblicos, e diferem um pouco em seus significados, como usados pelo Senhor e Seus apóstolos. O termo "minha igreja", como usado pelo Senhor, engloba apenas membros vivos e verdadeiros. O pensamento principal da expressão "reino dos céus" claramente se refere à autoridade do Senhor tendo ascendido às alturas. Todos os que professam sujeição a Ele pertencem a esse reino. Na "grande casa" vemos o mal em atividade, infiltrado no corpo professante por meio das falhas do homem, resultando em sua co-existência com o reino dos céus e com a igreja professante. Mas há ainda outro termo usado constantemente, e que não é encontrado nas Escrituras - a Cristandade. Trata-se de um termo eclesiástico, e originalmente indicava todos os que foram cristianizados, ou aquelas porções do mundo em que o Cristianismo prevalecia, distinguindo-as das terras pagãs ou maometanas. Mas agora, essa palavra tem sido usada como sinônimo dos outros três termos já mencionados. De modo geral, os quatro termos são usados para se referir à mesma coisa, apesar de serem originalmente diferentes em seu significado e aplicação. Mas onde não há confusão hoje em dia? }

Porém, quando tudo aquilo que é meramente nominal na Cristandade for varrido pelo juízo de Deus, o reino será estabelecido em poder e glória. Esse será o milênio.

Enquanto ainda falava com Pedro sobre a igreja, o Senhor acrescentou: "E eu te darei as chaves do reino dos céus". A igreja sendo construída por Cristo, e o reino dos céus sendo aberto por Pedro, são coisas muito diferentes. É um dos grandes porém comuns erros da Cristandade usar os termos como sinônimos, como se significassem a mesma coisa. Escritores teológicos de todas as eras, ao assumir que eles são iguais, escreveram sobre a igreja e o reino da maneira mais confusa possível. A menos que tenhamos algum conhecimento dos modos dispensacionais de Deus, não poderíamos jamais manejar, ou dividir, bem Sua palavra (2 Timóteo 2:15). Não podemos confundir aquilo que o próprio Cristo edifica com aquilo que o homem edifica instrumentalmente, por meio de coisas como pregação e batismo. A igreja que é o corpo de Cristo é edificada sobre a confissão de que Ele é o Filho do Deus vivo, glorificado em ressurreição. Cada verdadeira alma convertida deve tratar com o próprio Cristo antes de ter algo a falar à igreja. O reino é algo muito mais amplo, e se aplica a cada pessoa batizada - isto é, todo o cenário da profissão cristã, seja ela verdadeira ou falsa.

Cristo não diz a Pedro que lhe daria as chaves da igreja ou as chaves dos céus. Se o tivesse feito, poderia realmente haver algum motivo para o sistema maligno do papado. Mas Ele simplesmente diz: "Te darei as chaves do reino dos céus" - isto é, de uma nova dispensação. Chaves, como já foi dito, não servem para construir templos, mas para abrirem portas, e o Senhor concedeu a Pedro a honra de abrir a porta do reino, primeiramente aos judeus (Atos 2), e depois aos gentios (Atos 10). Mas a linguagem que Cristo utiliza ao falar de Sua igreja é de uma outra ordem. É simples, bonita, enfática e inconfundível. "Minha igreja". Que profundidade, que plenitude há nessas palavras. "Minha igreja"! Quando o coração encontra-se em comunhão com Cristo em relação à Sua igreja, existe uma compreensão de Suas afeições que palavras não têm o poder de expressar. Mas assim como são, gostamos de ponderar nestas duas palavras, "Minha igreja!", mas quem pode falar do quanto do coração de Cristo que está aí revelada? Novamente, pense nessas outras duas palavras: "Esta pedra", como se Ele tivesse dito: "A glória da Minha Pessoa, e o poder da Minha vida em ressurreição formam o sólido fundamento da 'Minha igreja'". E de novo: "Eu a edificarei". Vemos, assim, nessas sete palavras, que tudo está nas próprias mãos de Cristo, pois Ele é a "cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos." (Efésios 1:23)

domingo, 4 de maio de 2014

Capítulo 1: A Pedra do Fundamento

Ao iniciar o estudo de qualquer assunto, é bom que se conheça seus princípios - a intenção ou plano original, e o primeiro passo em sua história. Temos tais princípios da maneira mais clara e completa, em relação à igreja, nas Sagradas Escrituras. Lá temos, não somente a intenção original, mas os planos e especificações do grande Construtor, e o início da história do trabalho de Suas próprias mãos. O fundamento foi colocado, e o trabalho estava em andamento, mas o próprio Senhor era ainda o único Construtor: portanto, a este tempo, tudo era real e perfeito.

No final da dispensação dos judeus, o Senhor acrescentou o remanescente salvo de Israel à recém-formada igreja. No entanto, no final da presente dispensação - a dispensação da graça, ou dos cristãos - Ele levará todos os que creem em Seu nome para o Céu em corpos glorificados. Nenhum dos que pertencem à igreja serão agregados à congregação dos santos do milênio. "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor." (1 Tessalonicenses 4:16-17). Este será o feliz fechamento da história da igreja na Terra - a verdadeira esposa de Cristo: os mortos ressuscitarão, os vivos serão transformados, e todos, em corpos glorificados, arrebatados juntamente nas nuvens para se encontrarem com o Senhor nos ares. Assim temos todo o limite da igreja definido, e todo o período de sua história diante de nós. Retornemos, porém, ao alvorecer de seu dia na Terra.

Sob a figura de um edifício, o Senhor introduz, pela primeira vez, o assunto acerca da igreja. E tão infinitamente precisas são Suas palavras, que podemos adotá-las como o texto, ou lema, de toda sua história. Elas têm sustentado os corações e esperanças de Seu povo em todas as eras, e em todas as circunstâncias, e serão sempre o baluarte da fé. O que pode ser mais bendito, mais tranquilizador, mais apascentador, que estas palavras? "SOBRE ESTA PEDRA EDIFICAREI A MINHA IGREJA, E AS PORTAS DO INFERNO NÃO PREVALECERÃO CONTRA ELA."

Em Mateus 16, o Senhor questiona Seus discípulos acerca do que andavam dizendo os homens sobre Ele. Isto leva à confissão de Pedro, e também à graciosa revelação do Senhor referente à Sua igreja. Pode ser interessante transcrever toda a conversa para nossas páginas, pois nos leva diretamente ao nosso assunto.

"E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas. Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela." (Mateus 16:13-18)

Aqui temos as duas principais coisas que estão conectadas ao edifício proposto - a Pedra do Fundamento* e o divino Construtor. "Sobre esta pedra edificarei a Minha igreja". "Mas, quem é, ou o que é, 'a pedra'?", alguns poderiam questionar. Claramente, a resposta é: a confissão de Pedro; não o próprio Pedro, como ensina a apostasia. Verdadeiramente, ele era uma pedra - uma pedra viva no novo templo; "Tu és Pedro" - tu és uma pedra. Mas a revelação do Pai, por Pedro, da glória da Pessoa de Seu Filho, é o fundamento sobre a qual a igreja é edificada - "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". A glória e a Pessoa do Filho ressurreto é a verdade revelada aqui. "To não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus". Imediatamente após a confissão de Pedro, o Senhor dá a entender Sua intenção em edificar Sua igreja, e afirma sua segurança eterna. "Sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela."

Ele mesmo, a fonte da vida, não podia ser vencido pela morte. Mas, ao morrer como o grande Substituto pelos pecadores, Ele triunfou sobre a morte e a sepultura, e está vivo para sempre, como disse ao apóstolo João após Sua ressurreição: "E [sou] o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno." (Apocalipse 1:18). Quão majestosas e triunfantes são estas palavras! São palavras de um conquistador - de Alguém que tem poder, mas um poder sobre as portas do hades - o lugar dos espíritos separados de seus corpos. As chaves - símbolo de autoridade e poder - estão penduradas em Seu cinto. O golpe da morte pode cair sobre um cristão, mas o aguilhão dela se foi. Ela, agora, vem como uma mensageira de paz para conduzir o cansado peregrino para o descanso eterno da casa celestial. A morte não é mais mestre, mas sim serva do cristão. "Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso; seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro; tudo é vosso, e vós de Cristo, e Cristo de Deus" (1 Coríntios 3:21-23)

A Pessoa de Cristo, então, o Filho do Deus vivo - em Sua ressurreição e glória - é o fundamento, o sólido e imperecível fundamento, sobre a qual a igreja é edificada. Como vivo dentre os mortos, Ele comunica vida em ressurreição a todos que são edificados nEle como a verdadeira pedra do fundamento. Pedro deixa isto claro em sua primeira Epístola: "E, chegando-vos para ele, pedra viva... sois vós também quais pedras vivas, edificados como casa espiritual" (1 Pedro 2:4-5). E mais adiante, no mesmo capítulo ele diz: "E assim para vós, os que credes, é preciosa", ou "uma honra", em outras versões (1 Pedro 2:7). Que possamos entender essas duas preciosas verdades em conexão com nossa "Pedra do Fundamento" - a vida divina e a preciosidade divina. Ambas são dadas e se tornam posse de todos os que colocam sua confiança em Cristo. "Chegando-vos a Ele", não a qualquer outra coisa; é à Pessoa de Cristo que devemos ir, e com a qual devemos estar ligados. Sua vida - vida em ressurreição - se torna nossa. A partir desse momento, Ele é nossa vida. "Chegando-vos para ele, pedra viva... sois vós também quais pedras vivas, edificados como casa espiritual". A própria vida de Cristo, como o Homem ressuscitado, e tudo o que é Sua herança é também nossa. Oh, que surpreendente, maravilhosa e bendita verdade! Quem não desejaria, acima de todas as coisas, essa vida, e essa vida além do poder da morte - além das portas do hades? Uma vitória eterna está gravada na vida ressurreta de Cristo, que não pode nunca mais ser testada; esta é a vida do crente.

Porém, há mais que vida para cada pedra viva no templo espiritual. Há também a preciosidade de Cristo. "E assim para vós, os que credes, é preciosa". Portanto, do mesmo modo como a vida de Cristo se torna nossa quando cremos nEle, assim também é Sua preciosidade. O princípio é o mesmo para ambos. A vida pode ser vista como nossa capacidade de desfrutar, e a preciosidade, como nosso título de possessão e herança nas alturas. Suas honras, tútilos, dignidades, privilégios, possessões, glórias, são nossas - tudo é nosso nEle. "Para aqueles que creem Ele é a preciosidade". Que pensamento maravilhoso! "Ele amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela" (Efésios 5:25). Tal é nossa Pedra do Fundamento, e tal a bem-aventurança de todos os que estão sobre a Rocha. Assim como Jacó, sendo peregrino e estrangeiro, descansou sobre a pedra no deserto, e todo o panorama das riquezas celestiais em graça e glória passaram diante dele (Gênesis 28).

(* Nota do tradutor. Do inglês rock foundationcorner stone (ver Eph 2:20 e 1Pe 2:6) ou foundation stone (explicação no link, em inglês)Pedra principal da esquina, ou pedra do fundamento. Do grego lithos akrogoniaios: pedra pertencente à esquina (extremo canto), ou pedra principal (aparece em Efésios 2.20 e 1 Pedro 2.6). Do hebraico eben pinnah: pedra angular, ou principal da esquina (aparece em Isaías 28:16 e Salmo 118:22). (Dicionário Strong de Grego e Hebraico)  )

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