Por volta de três anos após a morte de Becket, o rei visitou sua tumba em Cantuária. Quando avistou a igreja onde o arcebispo foi enterrado, ele desceu de seu cavalo e andou por três milhas no hábito de um peregrino de pés descalços e ensanguentados ao longo da estrada áspera. Ele se lançou prostrado perante a tumba do então canonizado santo. Após permanecer naquela posição por um tempo considerável, ele orou para que fosse açoitado pelos monges: uma operação que eles estavam bem dispostos a realizar. Então, de um lado a outro da igreja, o orgulho dos monges foi gratificado por cada um infligindo algumas chicotadas nas costas do altivo normando. Ele passou, então, todo aquele dia e noite sem qualquer descanso, ajoelhado sobre as pedras nuas.
O triunfo do poder espiritual sobre o secular, na pessoa do rei e por extensão sobre a lei do país, estava completo. E assim, os ambiciosos propósitos do papado foram melhor servidos pela morte de seu campeão (Becket) do que poderiam ser por um prolongamento de sua vida.
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