No ano de 1187, o famoso Saladino, Sultão do Egito, invadiu a Terra Santa à frente de um grande exército. Seu objetivo declarado era retomar Jerusalém dos cristãos. Tendo tido uma grande vitória em Tiberíades, ele forçou seu exército contra as muralhas da Cidade Santa, sitiou-a, e levou seu monarca como prisioneiro. A cidade rendeu-se a Saladino no dia 3 de outubro. A cruz foi derrubada, relíquias foram dispersas, os lugares sagrados profanados, e a adoração muçulmana restaurada. Não obstante a conduta de Saladino, embora um conquistador e muçulmano, ele estava totalmente livre daquele espírito de vingança que manchou o caráter dos francos sob Godofredo. Ele poupou o santo sepulcro, e permitiu que os cristãos o visitassem por um determinado pagamento. Sua generosidade para com os cativos é celebrada por todos os escritores. Milhares foram libertados sem um preço de resgate, e multidões receberam uma passagem para a Europa às suas próprias custas. Os cristãos podiam permanecer em suas casas sob a condição de pagarem tributos.
As notícias dessas novas calamidades, e especialmente da conquista de Jerusalém, excitou as maiores indignações e alarmou toda a Cristandade. Novamente o clamor dos cristãos no Oriente por ajuda foi ouvido por seus irmãos no Ocidente. Mas no início eles se aborreceram ao ouvir. Apenas quarenta anos tinham se passado desde a última expedição, e a Europa mal tinha esquecido seus infortúnios, ou se recuperado de sua exaustão. Mas a causa foi vigorosamente tomada pelo papa, Clemente III. Os cardeais combinaram entre si de nunca montarem num cavalo "enquanto a terra na qual estiveram os pés do Senhor estivesse sob os pés do inimigo", e de pregarem a cruzada como mendigos. O interesse aumentou, embora os homens inicialmente hesitassem em se comprometerem com a empreitada. Mas o padre perseverou, e os três grandes príncipes da Europa foram influenciados para receber a cruz das mãos do bispo; seus súditos foram tributados, sob o nome de "Dízimo de Saladino", para pagar as despesas da guerra.
Na primavera de 1189, a terceira cruzada foi iniciada por Frederico I da Alemanha, de apelido Barbarossa; Filipe Augusto da França; e Ricardo I da Inglaterra, de apelido Coração de Leão, ou o príncipe de coração de leão. Barbarossa, então com 67 anos de idade, com seu grande exército, atravessou as províncias da Hungria, Bulgária e Grécia, como tinham feito os antigos peregrinos, e foram novamente molestados pelos primeiros dois e traídos pelo último. Oitenta e três mil alemães cruzaram o Helesponto, e por alguns dias a marcha deles através da Ásia Menor foi próspera; mas os guias e intérpretes que foram fornecidos pelos gregos tinham sido subornados para enganá-los, e após atraí-los para o deserto, desapareceram. Nenhum mercado pôde ser encontrado, cavalos morreram pela falta de comida, e suas carnes foram avidamente devoradas pelos soldados. Ainda assim ele foi capaz de manter a disciplina; e, embora com um número muito reduzido, ousadamente atacou e derrotou os turcos com grande matança, enquanto seu filho assaltava a cidade de Icônio e forçava o Sultão a se render. O exército, suprido com as provisões de Icônio, prosseguiu na esperança de rapidamente alcançarem o objetivo de sua expedição; mas seu grande líder morreu no ano seguinte próximo a Tarso, e Frederico, o filho, morrendo pouco tempo depois, fez com que vários sobreviventes abandonassem a cruzada e retornassem à Europa. Sessenta e oito mil do exército alemão tinha perecido em menos de dois anos.
Os exércitos da Inglaterra e da França alcançaram a Palestina pelo mar no ano de 1190, e lutaram sob a mesma bandeira. Mas após a redução ocorrida em Acre, Filipe retornou à Europa, deixando Ricardo para continuar a guerra. A coragem do rei "de coração de leão" foi tão celebrada, tanto na história inglesa quanto muçulmana, que precisamos apenas acrescentar que ele derrotou Saladino em Ascalão e, tendo conseguido uma paz que assegurava certos privilégios aos peregrinos em Jerusalém e ao longo da costa do mar, retornou à Inglaterra em 1194, embora não sem grande dificuldade e custo. Saladino morreu em 1195, enquanto Ricardo estava em seu caminho para casa. Reconhece-se que, na expedição assim concluída, mais de meio milhão de professos guerreiros cristãos pereceram. Apenas no cerco do Acre, cento e vinte mil cristãos, e cento e oitenta mil muçulmanos, pereceram. Tais eram as alegadas guerras santas dos concílios de Roma inspirados pelo maligno.
As notícias dessas novas calamidades, e especialmente da conquista de Jerusalém, excitou as maiores indignações e alarmou toda a Cristandade. Novamente o clamor dos cristãos no Oriente por ajuda foi ouvido por seus irmãos no Ocidente. Mas no início eles se aborreceram ao ouvir. Apenas quarenta anos tinham se passado desde a última expedição, e a Europa mal tinha esquecido seus infortúnios, ou se recuperado de sua exaustão. Mas a causa foi vigorosamente tomada pelo papa, Clemente III. Os cardeais combinaram entre si de nunca montarem num cavalo "enquanto a terra na qual estiveram os pés do Senhor estivesse sob os pés do inimigo", e de pregarem a cruzada como mendigos. O interesse aumentou, embora os homens inicialmente hesitassem em se comprometerem com a empreitada. Mas o padre perseverou, e os três grandes príncipes da Europa foram influenciados para receber a cruz das mãos do bispo; seus súditos foram tributados, sob o nome de "Dízimo de Saladino", para pagar as despesas da guerra.
Na primavera de 1189, a terceira cruzada foi iniciada por Frederico I da Alemanha, de apelido Barbarossa; Filipe Augusto da França; e Ricardo I da Inglaterra, de apelido Coração de Leão, ou o príncipe de coração de leão. Barbarossa, então com 67 anos de idade, com seu grande exército, atravessou as províncias da Hungria, Bulgária e Grécia, como tinham feito os antigos peregrinos, e foram novamente molestados pelos primeiros dois e traídos pelo último. Oitenta e três mil alemães cruzaram o Helesponto, e por alguns dias a marcha deles através da Ásia Menor foi próspera; mas os guias e intérpretes que foram fornecidos pelos gregos tinham sido subornados para enganá-los, e após atraí-los para o deserto, desapareceram. Nenhum mercado pôde ser encontrado, cavalos morreram pela falta de comida, e suas carnes foram avidamente devoradas pelos soldados. Ainda assim ele foi capaz de manter a disciplina; e, embora com um número muito reduzido, ousadamente atacou e derrotou os turcos com grande matança, enquanto seu filho assaltava a cidade de Icônio e forçava o Sultão a se render. O exército, suprido com as provisões de Icônio, prosseguiu na esperança de rapidamente alcançarem o objetivo de sua expedição; mas seu grande líder morreu no ano seguinte próximo a Tarso, e Frederico, o filho, morrendo pouco tempo depois, fez com que vários sobreviventes abandonassem a cruzada e retornassem à Europa. Sessenta e oito mil do exército alemão tinha perecido em menos de dois anos.
Os exércitos da Inglaterra e da França alcançaram a Palestina pelo mar no ano de 1190, e lutaram sob a mesma bandeira. Mas após a redução ocorrida em Acre, Filipe retornou à Europa, deixando Ricardo para continuar a guerra. A coragem do rei "de coração de leão" foi tão celebrada, tanto na história inglesa quanto muçulmana, que precisamos apenas acrescentar que ele derrotou Saladino em Ascalão e, tendo conseguido uma paz que assegurava certos privilégios aos peregrinos em Jerusalém e ao longo da costa do mar, retornou à Inglaterra em 1194, embora não sem grande dificuldade e custo. Saladino morreu em 1195, enquanto Ricardo estava em seu caminho para casa. Reconhece-se que, na expedição assim concluída, mais de meio milhão de professos guerreiros cristãos pereceram. Apenas no cerco do Acre, cento e vinte mil cristãos, e cento e oitenta mil muçulmanos, pereceram. Tais eram as alegadas guerras santas dos concílios de Roma inspirados pelo maligno.
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