Entre a quinta e a sexta cruzada, por volta do ano 1213, a excitação e a loucura da época produziu uma cruzada de meras crianças. Um menino pastor chamado Estêvão, que vivia próximo a Vendôme na França, professou ter sido encarregado pelo Salvador em uma visão para pregar a cruz. Ele logo reuniu outras crianças em torno dele pelas suas maravilhosas revelações, e começaram sua jornada, esperando conquistar os infiéis cantando hinos e fazendo orações. Elas passaram por cidades e vilas, exibindo bandeiras e cruzes, e cantando: "Ó Senhor, ajuda-nos a recuperar Tua verdadeira e santa cruz". Um movimento similar teve origem na Alemanha quase na mesma época. É dito que os números aumentavam à medida que avançavam, até que cerca de noventa mil meninos, com cerca de dez ou doze anos de idade, estavam prontos para marchar para a Terra Santa. Mas o grupo todo em pouco tempo se desmanchou. Muitas das infelizes crianças morreram pela fome e fadiga; outros foram traídos por capitães de navios, que prometiam deixá-los nas costas da Palestina, mas que supostamente acabaram os vendendo como escravos. Tal era a insanidade daqueles tempos que, em vez de prevenir tal movimento, o papa declarou que o zelo manifestado pelas crianças deveria envergonhar a indiferença dos mais velhos.*
{* Robertson, vol. 3, p. 341.}
{* Robertson, vol. 3, p. 341.}
Nenhum comentário:
Postar um comentário