Os olhos dos papas tinham, por algum tempo, se voltado para a França como o ponto de partida de onde viria a libertação. A nação franca tinha sido católica desde o início de seu cristianismo; mas uma conexão mais próxima com Roma foi mais tarde formada por meio de São Bonifácio, o monge inglês. Cheio como era da reverência de sua nação por São Pedro e seus sucessores, ele exerceu toda sua influência entre os bispos da França e Alemanha para estender a autoridade da Sé Romana. Isto preparou o caminho para a solução do grande problema que tinham em mãos.
Pepino, que era o alto mordomo ou prefeito do palácio de Childerico III, rei dos francos, exercera por muito tempo todos os poderes do Estado junto com todos os atributos da soberania, com exceção do título. Ele pensou que chegara o momento de pôr um fim à realeza de seu mestre e assumir o nome e as honras reais. Ele possuía em grande medida todas as qualidades que a nobreza e o povo estavam acostumados a respeitar nos príncipes daquela época. Ele era um guerreiro galante e um estadista experiente. Por uma brilhante série de sucessos ele tinha grandemente estendido o domínio dos francos. O pobre rei, sendo destituído de tais capacidades, afundou no favor popular e foi apelidado de "o Estúpido". Pepino, no entanto, tinha sabedoria para prosseguir cautelosamente neste estágio de seus planos. Bonifácio, que desempenhava um importante papel nesse assunto, foi secretamente despachado para Roma para preparar o papa para a mensagem de Pepino, e com instruções de como respondê-lo. No meio tempo, ele reuniu os estados do reino para deliberar sobre o assunto. Os nobres deram a opinião de que, primeiramente, o pontífice deveria ser consultado, independentemente do quão lícito fosse o que o prefeito desejava. De acordo, dois eclesiásticos confidenciais foram enviados a Roma para proporem a seguinte questão ao papa Zacarias: "Se a lei divina não permitia que um povo valente e guerreiro destronasse um monarca imbecil e indolente, que era incapaz de desempenhar qualquer das funções da realeza, e substituí-lo por um mais digno de governar, e um que já tinha rendido mais importante serviço ao Estado?". A resposta lacônica do papa, já em posse de todos os segredos, foi rápida e favorável. "Aquele que legalmente possui o poder real pode também legalmente assumir o título real."
O papa, sem dúvida, respondeu como seus questionadores desejavam. Pepino se sentiu então seguro de seu prêmio. Fortificado pela aprovação da mais alta autoridade eclesiástica, e seguro da aquiescência do povo, ele ousadamente assumiu o título real. Ele foi coroado por Bonifácio na presença nos nobres e prelados do reino reunidos em Soissons, no ano 752. Mas o caráter religioso da coroação marcou o crescente poder do clero. A cerimônia judaica da unção foi introduzida por Bonifácio para santificar o usurpador, e os bispos ficavam ao redor do trono como se fossem de igual posição com os nobres armados. De acordo com o uso dos francos, Pepino foi elevado sobre o escudo, entre as aclamações do povo, e proclamado rei dos francos. Childerico, o último dos reis merovíngios, foi despojado da realeza sem oposição, despojado de seus longos cabelos, tonsurado e encerrado em um monastério.
Pepino, que era o alto mordomo ou prefeito do palácio de Childerico III, rei dos francos, exercera por muito tempo todos os poderes do Estado junto com todos os atributos da soberania, com exceção do título. Ele pensou que chegara o momento de pôr um fim à realeza de seu mestre e assumir o nome e as honras reais. Ele possuía em grande medida todas as qualidades que a nobreza e o povo estavam acostumados a respeitar nos príncipes daquela época. Ele era um guerreiro galante e um estadista experiente. Por uma brilhante série de sucessos ele tinha grandemente estendido o domínio dos francos. O pobre rei, sendo destituído de tais capacidades, afundou no favor popular e foi apelidado de "o Estúpido". Pepino, no entanto, tinha sabedoria para prosseguir cautelosamente neste estágio de seus planos. Bonifácio, que desempenhava um importante papel nesse assunto, foi secretamente despachado para Roma para preparar o papa para a mensagem de Pepino, e com instruções de como respondê-lo. No meio tempo, ele reuniu os estados do reino para deliberar sobre o assunto. Os nobres deram a opinião de que, primeiramente, o pontífice deveria ser consultado, independentemente do quão lícito fosse o que o prefeito desejava. De acordo, dois eclesiásticos confidenciais foram enviados a Roma para proporem a seguinte questão ao papa Zacarias: "Se a lei divina não permitia que um povo valente e guerreiro destronasse um monarca imbecil e indolente, que era incapaz de desempenhar qualquer das funções da realeza, e substituí-lo por um mais digno de governar, e um que já tinha rendido mais importante serviço ao Estado?". A resposta lacônica do papa, já em posse de todos os segredos, foi rápida e favorável. "Aquele que legalmente possui o poder real pode também legalmente assumir o título real."
O papa, sem dúvida, respondeu como seus questionadores desejavam. Pepino se sentiu então seguro de seu prêmio. Fortificado pela aprovação da mais alta autoridade eclesiástica, e seguro da aquiescência do povo, ele ousadamente assumiu o título real. Ele foi coroado por Bonifácio na presença nos nobres e prelados do reino reunidos em Soissons, no ano 752. Mas o caráter religioso da coroação marcou o crescente poder do clero. A cerimônia judaica da unção foi introduzida por Bonifácio para santificar o usurpador, e os bispos ficavam ao redor do trono como se fossem de igual posição com os nobres armados. De acordo com o uso dos francos, Pepino foi elevado sobre o escudo, entre as aclamações do povo, e proclamado rei dos francos. Childerico, o último dos reis merovíngios, foi despojado da realeza sem oposição, despojado de seus longos cabelos, tonsurado e encerrado em um monastério.
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