Cerca de 150 anos antes do famoso Columba ter desembarcado na ilha de Iona, São Niniano, "um homem muito santo da nação britânica", como Beda o chama, pregou o evangelho nos distritos do sul da Escócia. Este missionário, como quase todos os santos dos primeiros séculos, é declarado como tendo sangue real. Ele recebeu sua educação em Roma, ensinado pelo famoso Martinho de Tours, e, retornando à Escócia, fixou sua residência principal em Galloway.
Se podemos confiar nos seus biógrafos, devemos crer que ele foi por toda a parte pregando a Palavra, e que selvagens que viviam nus o ouviram, se maravilharam e foram convertidos. "Ele apressou-se sobre a obra para a qual tinha sido enviado pelo Espírito, sob o comando de Cristo, e tendo sido recebido em seu país, uma grande multidão se reuniu, com muita alegria em todos, e uma maravilhosa devoção e louvor a Cristo ressoou em todos os lugares; alguns o tomaram por profeta. Presentemente o extenuante lavrador entrou no campo de seu Senhor, começou a arrancar as coisas mal plantadas, para dispersar essa má colheita e destruir aqueles mal construídos". Milhares, conta-se, foram batizados e se uniram ao exército dos fiéis.
Ele começou a construir uma "igreja" de pedra nas margens do Solway mas, antes que fosse terminada, recebeu notícia sobre a morte de seu amigo e patrono São Martinho, e piedosamente dedicou a "igreja" a sua honra. Conta-se que esse foi o primeiro edifício de pedras erguido na Escócia e, por conta de sua aparência branca e brilhante comparada às cabanas de troncos e lama até então usados, atraiu grande atenção. Ela foi chamada em saxão de "giz derretido", e assim o é até os dias atuais.*
{* Cunningham, vol. 1, p. 52}
Não sabemos nada sobre os sucessores imediatos de São Niniano: até a missão de Columba a história do cristianismo na Escócia é pouco conhecida. Sem dúvidas o Senhor manteria vivo o fogo que ele tinha acendido, e preservou e disseminou a verdade do evangelho que tinha sido recebido por tantos. Dentre os pictos, ao sul de Grampians, Niniano parece ter trabalhado principalmente e com sucesso, mas com o celebrado Columba começa o período mais interessante nos anais eclesiásticos da Escócia.
Já vimos Columba e sua colônia de monges estabelecendo-se em Iona. Ali ele construiu seu monastério, tal como era. E tão famoso se tornou o colégio de Iona que foi considerado, por muitos anos, se não por séculos, a luz do mundo ocidental. Homens, eminentes pela erudição e piedade, foram enviados para fundar bispados e universidades em cada canto da Europa. Por 34 anos Columba viveu e trabalhou naquela rocha solitária. Ocasionalmente ele visitava o continente, fazendo a obra de um evangelista entre os bárbaros escoceses e pictos, plantando igrejas e exercendo uma imensa influência sobre todas as classes; mas seu grande objetivo era treinar homens para a obra do evangelho no país e no exterior. Sem dúvida manter-se-ia uma ligação estreita e amigável entre o Norte da Irlanda e o Oeste da Escócia; de fato, naquela época ambas as regiões eram consideradas idênticas e eram conhecidas pela denominação geral de escoceses.
Se podemos confiar nos seus biógrafos, devemos crer que ele foi por toda a parte pregando a Palavra, e que selvagens que viviam nus o ouviram, se maravilharam e foram convertidos. "Ele apressou-se sobre a obra para a qual tinha sido enviado pelo Espírito, sob o comando de Cristo, e tendo sido recebido em seu país, uma grande multidão se reuniu, com muita alegria em todos, e uma maravilhosa devoção e louvor a Cristo ressoou em todos os lugares; alguns o tomaram por profeta. Presentemente o extenuante lavrador entrou no campo de seu Senhor, começou a arrancar as coisas mal plantadas, para dispersar essa má colheita e destruir aqueles mal construídos". Milhares, conta-se, foram batizados e se uniram ao exército dos fiéis.
Ele começou a construir uma "igreja" de pedra nas margens do Solway mas, antes que fosse terminada, recebeu notícia sobre a morte de seu amigo e patrono São Martinho, e piedosamente dedicou a "igreja" a sua honra. Conta-se que esse foi o primeiro edifício de pedras erguido na Escócia e, por conta de sua aparência branca e brilhante comparada às cabanas de troncos e lama até então usados, atraiu grande atenção. Ela foi chamada em saxão de "giz derretido", e assim o é até os dias atuais.*
{* Cunningham, vol. 1, p. 52}
Não sabemos nada sobre os sucessores imediatos de São Niniano: até a missão de Columba a história do cristianismo na Escócia é pouco conhecida. Sem dúvidas o Senhor manteria vivo o fogo que ele tinha acendido, e preservou e disseminou a verdade do evangelho que tinha sido recebido por tantos. Dentre os pictos, ao sul de Grampians, Niniano parece ter trabalhado principalmente e com sucesso, mas com o celebrado Columba começa o período mais interessante nos anais eclesiásticos da Escócia.
Já vimos Columba e sua colônia de monges estabelecendo-se em Iona. Ali ele construiu seu monastério, tal como era. E tão famoso se tornou o colégio de Iona que foi considerado, por muitos anos, se não por séculos, a luz do mundo ocidental. Homens, eminentes pela erudição e piedade, foram enviados para fundar bispados e universidades em cada canto da Europa. Por 34 anos Columba viveu e trabalhou naquela rocha solitária. Ocasionalmente ele visitava o continente, fazendo a obra de um evangelista entre os bárbaros escoceses e pictos, plantando igrejas e exercendo uma imensa influência sobre todas as classes; mas seu grande objetivo era treinar homens para a obra do evangelho no país e no exterior. Sem dúvida manter-se-ia uma ligação estreita e amigável entre o Norte da Irlanda e o Oeste da Escócia; de fato, naquela época ambas as regiões eram consideradas idênticas e eram conhecidas pela denominação geral de escoceses.
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