Embora a igreja britânica tivesse adquirido tal crédito pela ortodoxia, temos muito pouca informação confiável quanto à sua ascensão e progresso, ou quanto aos meios pelos quais isto foi efetuado. Há muitas tradições, mas elas mal são dignas de serem repetidas, e são impróprias para uma breve história. Há ampla evidência, no entanto, de que na primeira parte do século IV, e pelo menos por duzentos anos antes da chegada dos monges italianos, a igreja britânica tinha uma organização completa, com seus próprios bispos e metropolitas.
De acordo com o testemunho tanto dos historiadores antigos quanto dos modernos, as doutrinas e rituais da igreja antiga da Britânia eram de caráter muito simples se comparadas com a grega e romana, embora ainda muito longe da simplicidade do Novo Tetamento. Eles ensinavam a unicidade da Divindade, a Trindade, a natureza divina e humana de Cristo, a redenção por Sua morte, e a eternidade de recompensas e punições futuras. Eles consideravam a ceia do Senhor como um símbolo, e não um milagre; eles tomavam o pão e o vinho como nosso Senhor comandou que fossem tomados -- em memória dEle -- e eles não recusavam o vinho aos leigos. Sua hierarquia consistia de bispos e sacerdotes, com outros ministros, e uma cerimônia especial era feita para a ordenação. O casamento era comum entre o clero. Havia também monastérios com monges vivendo neles, jurados à pobreza, castidade e obediência a seu abade. As "igrejas"* eram construídas em honra aos mártires, e cada "igreja" tinha muitos altares; as cerimônias eram realizadas na língua latina, em tom monocórdico pelos sacerdotes. Disputas eram finalmente resolvidas por sínodos provinciais, que ocorriam duas vezes ao ano; acima disso, em questão de disciplina, não havia apelação. Assim vemos que as doutrinas da igreja antiga da Britânia era caracterizada por uma verdadeira simplicidade apostólica, e como instituição ela era livre e sem restrições.**
De acordo com o testemunho tanto dos historiadores antigos quanto dos modernos, as doutrinas e rituais da igreja antiga da Britânia eram de caráter muito simples se comparadas com a grega e romana, embora ainda muito longe da simplicidade do Novo Tetamento. Eles ensinavam a unicidade da Divindade, a Trindade, a natureza divina e humana de Cristo, a redenção por Sua morte, e a eternidade de recompensas e punições futuras. Eles consideravam a ceia do Senhor como um símbolo, e não um milagre; eles tomavam o pão e o vinho como nosso Senhor comandou que fossem tomados -- em memória dEle -- e eles não recusavam o vinho aos leigos. Sua hierarquia consistia de bispos e sacerdotes, com outros ministros, e uma cerimônia especial era feita para a ordenação. O casamento era comum entre o clero. Havia também monastérios com monges vivendo neles, jurados à pobreza, castidade e obediência a seu abade. As "igrejas"* eram construídas em honra aos mártires, e cada "igreja" tinha muitos altares; as cerimônias eram realizadas na língua latina, em tom monocórdico pelos sacerdotes. Disputas eram finalmente resolvidas por sínodos provinciais, que ocorriam duas vezes ao ano; acima disso, em questão de disciplina, não havia apelação. Assim vemos que as doutrinas da igreja antiga da Britânia era caracterizada por uma verdadeira simplicidade apostólica, e como instituição ela era livre e sem restrições.**
{* Aqui no sentido de construção, ou templo cristão}
{* Ver Monasticismo Inglês, por Travers Hill, p. 141, as obras de Gildas; A História Eclesiástica da Nação Inglesa, por Beda; A História Eclesiástica da Grã-Bretanha, por Jeremy Collier, vol. 1.}
É motivo de sincera gratidão* que a história inicial da igreja na Inglaterra tenha deixado um nome tão íntegro comparado às superstições e corrupções do Oriente e do Ocidente. Mas, infelizmente, sua existência como um estabelecimento separado não durou muito. Ela mal pôde sobreviver à metade do século VII. Suas calamidades foram provocadas por três passos consecutivos, todos estes fora de sua própria jurisdição -- a retirada das tropas romanas da Britânia; a Conquista Saxônica; e a Missão Agostiniana. Vamos agora olhar brevemente para cada um desses passos e seus efeitos.
{* Ver Monasticismo Inglês, por Travers Hill, p. 141, as obras de Gildas; A História Eclesiástica da Nação Inglesa, por Beda; A História Eclesiástica da Grã-Bretanha, por Jeremy Collier, vol. 1.}
É motivo de sincera gratidão* que a história inicial da igreja na Inglaterra tenha deixado um nome tão íntegro comparado às superstições e corrupções do Oriente e do Ocidente. Mas, infelizmente, sua existência como um estabelecimento separado não durou muito. Ela mal pôde sobreviver à metade do século VII. Suas calamidades foram provocadas por três passos consecutivos, todos estes fora de sua própria jurisdição -- a retirada das tropas romanas da Britânia; a Conquista Saxônica; e a Missão Agostiniana. Vamos agora olhar brevemente para cada um desses passos e seus efeitos.
{* O autor vivia na Inglaterra. }
Vimos algo sobre o declínio e aproximação da queda do Império Romano. Em consequência das pesadas calamidades que caíram sobre a cidade e as províncias de Roma, as tropas foram gradualmente retiradas da ilha britânica para que protegessem o centro do domínio. E os romanos, vendo que não podiam mais dispensar as forças necessárias para um estabelecimento militar na Britânia, partiram finalmente da ilha por volta da metade do século V, cerca de 475 anos após Júlio César ter desembarcado, pela primeira vez, em suas margens. O governo então caiu nas mãos de um número de príncipes insignificantes que, é claro, brigaram entre si. Guerras civis, fraqueza nacional e desmoralização logo se seguiram, com seus habituais juízos.
A retirada das tropas romanas necessariamente expôs o país a invasores, especialmente os pictos e escotos. Os chefes britânicos, incapazes de resistir a esses audaciosos ladrões e saqueadores, apelaram, em sua angústia, a Roma. "Os bárbaros", eles diziam, "atravessaram nossas muralhas como lobos em um rebanho de ovelhas, vão embora com seus espólios e retornam todos os anos." Mas por mais que os romanos pudessem ter pena de seus velhos amigos, eles agora não podiam ajudá-los. Decepcionados com a ajuda de Roma, e desesperado por sua incapacidade de defenderem-se contra as desoladoras tribos do Norte, os britânicos se voltaram aos saxões por ajuda.*
{* Enciclopédia Britânica, vol. 5, p. 301.}
Vimos algo sobre o declínio e aproximação da queda do Império Romano. Em consequência das pesadas calamidades que caíram sobre a cidade e as províncias de Roma, as tropas foram gradualmente retiradas da ilha britânica para que protegessem o centro do domínio. E os romanos, vendo que não podiam mais dispensar as forças necessárias para um estabelecimento militar na Britânia, partiram finalmente da ilha por volta da metade do século V, cerca de 475 anos após Júlio César ter desembarcado, pela primeira vez, em suas margens. O governo então caiu nas mãos de um número de príncipes insignificantes que, é claro, brigaram entre si. Guerras civis, fraqueza nacional e desmoralização logo se seguiram, com seus habituais juízos.
A retirada das tropas romanas necessariamente expôs o país a invasores, especialmente os pictos e escotos. Os chefes britânicos, incapazes de resistir a esses audaciosos ladrões e saqueadores, apelaram, em sua angústia, a Roma. "Os bárbaros", eles diziam, "atravessaram nossas muralhas como lobos em um rebanho de ovelhas, vão embora com seus espólios e retornam todos os anos." Mas por mais que os romanos pudessem ter pena de seus velhos amigos, eles agora não podiam ajudá-los. Decepcionados com a ajuda de Roma, e desesperado por sua incapacidade de defenderem-se contra as desoladoras tribos do Norte, os britânicos se voltaram aos saxões por ajuda.*
{* Enciclopédia Britânica, vol. 5, p. 301.}
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