Este apóstolo também é chamado de Judas Tadeu, ou Lebeu. Estes diferentes nomes têm diferentes nuances quanto ao significado, mas o exame de tais sutilezas está fora do escopo deste livro. Judas era filho de Alfeu, e um dos parentes de nosso Senhor, como lemos em Mateus 13:55: "não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas?"
Quando, ou como, ele foi chamado para o apostolado, disto não somos informados; e não há praticamente nenhuma menção a ele no Novo Testamento, exceto nas várias vezes em que os doze apóstolos são nomeados. Seu nome só aparece uma vez na narrativa do Evangelho, quando ele faz a seguinte pergunta: "Disse-lhe Judas (não o Iscariotes): Senhor, de onde vem que te hás de manifestar a nós, e não ao mundo?" (João 14:22). É evidente, a partir desta pergunta, que ele ainda imaginava, assim como seus condiscípulos, a ideia de um reino temporal, ou a manifestação do poder de Cristo na terra de modo que o mundo pudesse percebê-lo. Mas eles não entendiam ainda a dignidade de seu próprio Messias. Eles eram estranhos à grandeza do Seu poder, à glória da Sua Pessoa, e à espiritualidade do Seu reino. Seus súditos são libertos, não apenas deste mundo perverso, mas do poder de Satanás e do domínio da morte e da sepultura: "O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor" (Colossenses 1:13). A resposta de Cristo para a questão de Judas é o mais importante. Ele fala das bênçãos da obediência. O discípulo verdadeiramente obediente certamente conhece a doçura da comunhão com o Pai e com o Filho, na luz e no poder do Espírito Santo. Aqui não se trata da questão do amor de Deus em graça soberana para com um pecador, mas das relações do Pai com Seus filhos. Por isso, é no caminho da obediência que a manifestação do amor do Pai e do amor de Cristo são encontrados. (Veja João 14:23-26)
Mas devemos ter em mente, quando comentamos sobre as perguntas ou sobre as palavras dos apóstolos, que o Espírito Santo ainda não tinha sido dado, pois Jesus ainda não tinha sido glorificado. Os pensamentos, sentimentos e expectativas dos apóstolos, depois desse evento, foram completamente alterados. Assim, encontramos nosso apóstolo, assim como seu irmão Tiago, intitulando-se "Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago" (Judas 1:1). Ele não chama a si mesmo de apóstolo, nem de irmão do Senhor. Isto é humildade verdadeira, fundada em um verdadeiro senso da mudança de relacionamento com o Senhor exaltado. No dia de Pentecostes foi proclamado: "Saiba pois com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo." (Atos 2:36)
Nada é sabido com certeza sobre o restante da história de nosso apóstolo. Alguns dizem que ele pregou primeiramente na Judeia e na Galileia, e depois da Samaria até a Idumeia, e em cidades da Arábia. Mas, próximo ao fim de sua jornada, a Pérsia foi o local de seus labores e o cenário de seu martírio.
Com base em 1 Coríntios 9:5, podemos razoavelmente inferir que ele era um dos apóstolos que eram casados: "Não temos nós direito de levar conosco uma esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?"
Existe uma tradição sobre dois de seus netos, que é interessante e aparentemente verdadeira. Tal tradição foi transmitida por Eusébio de Hegésipo, um judeu convertido. Domiciano, o Imperador, tendo ouvido sobre a existência de alguns da linhagem de Davi, e parentes de Cristo ainda vivos, movido pela inveja, ordenou que fossem apreendidos e levados a Roma. Dois netos de Judas foram trazidos diante dele. Eles confessaram francamente que eram da linhagem de Davi, e parentes de Cristo. Ele os questionou sobre suas possessões e propriedades. Eles lhe contaram que não tinham nada além de alguns hectares de terra, cuja produção servia para o pagamento de impostos e para sustento próprio. Suas mãos foram examinadas, sendo encontradas ásperas e cheias de calos por causa do trabalho. Ele, então, perguntou-lhes acerca do reino de Cristo, e quando e onde ele viria. Então eles responderam que se tratava de um reino celestial e espiritual, e não de um reino temporal, e que ele não seria manifesto até que chegasse o fim deste mundo. O Imperador, satisfeito pelo fato de que eles eram homens pobres e inofensivos, os dispensou e cessou sua perseguição geral contra a igreja. Quando retornaram à Palestina, foram recebidos pela igreja com muito carinho, por serem parentes do Senhor e por terem confessado nobremente Seu nome - Seu reino, poder e glória.
Quando, ou como, ele foi chamado para o apostolado, disto não somos informados; e não há praticamente nenhuma menção a ele no Novo Testamento, exceto nas várias vezes em que os doze apóstolos são nomeados. Seu nome só aparece uma vez na narrativa do Evangelho, quando ele faz a seguinte pergunta: "Disse-lhe Judas (não o Iscariotes): Senhor, de onde vem que te hás de manifestar a nós, e não ao mundo?" (João 14:22). É evidente, a partir desta pergunta, que ele ainda imaginava, assim como seus condiscípulos, a ideia de um reino temporal, ou a manifestação do poder de Cristo na terra de modo que o mundo pudesse percebê-lo. Mas eles não entendiam ainda a dignidade de seu próprio Messias. Eles eram estranhos à grandeza do Seu poder, à glória da Sua Pessoa, e à espiritualidade do Seu reino. Seus súditos são libertos, não apenas deste mundo perverso, mas do poder de Satanás e do domínio da morte e da sepultura: "O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor" (Colossenses 1:13). A resposta de Cristo para a questão de Judas é o mais importante. Ele fala das bênçãos da obediência. O discípulo verdadeiramente obediente certamente conhece a doçura da comunhão com o Pai e com o Filho, na luz e no poder do Espírito Santo. Aqui não se trata da questão do amor de Deus em graça soberana para com um pecador, mas das relações do Pai com Seus filhos. Por isso, é no caminho da obediência que a manifestação do amor do Pai e do amor de Cristo são encontrados. (Veja João 14:23-26)
Mas devemos ter em mente, quando comentamos sobre as perguntas ou sobre as palavras dos apóstolos, que o Espírito Santo ainda não tinha sido dado, pois Jesus ainda não tinha sido glorificado. Os pensamentos, sentimentos e expectativas dos apóstolos, depois desse evento, foram completamente alterados. Assim, encontramos nosso apóstolo, assim como seu irmão Tiago, intitulando-se "Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago" (Judas 1:1). Ele não chama a si mesmo de apóstolo, nem de irmão do Senhor. Isto é humildade verdadeira, fundada em um verdadeiro senso da mudança de relacionamento com o Senhor exaltado. No dia de Pentecostes foi proclamado: "Saiba pois com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo." (Atos 2:36)
Nada é sabido com certeza sobre o restante da história de nosso apóstolo. Alguns dizem que ele pregou primeiramente na Judeia e na Galileia, e depois da Samaria até a Idumeia, e em cidades da Arábia. Mas, próximo ao fim de sua jornada, a Pérsia foi o local de seus labores e o cenário de seu martírio.
Com base em 1 Coríntios 9:5, podemos razoavelmente inferir que ele era um dos apóstolos que eram casados: "Não temos nós direito de levar conosco uma esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?"
Existe uma tradição sobre dois de seus netos, que é interessante e aparentemente verdadeira. Tal tradição foi transmitida por Eusébio de Hegésipo, um judeu convertido. Domiciano, o Imperador, tendo ouvido sobre a existência de alguns da linhagem de Davi, e parentes de Cristo ainda vivos, movido pela inveja, ordenou que fossem apreendidos e levados a Roma. Dois netos de Judas foram trazidos diante dele. Eles confessaram francamente que eram da linhagem de Davi, e parentes de Cristo. Ele os questionou sobre suas possessões e propriedades. Eles lhe contaram que não tinham nada além de alguns hectares de terra, cuja produção servia para o pagamento de impostos e para sustento próprio. Suas mãos foram examinadas, sendo encontradas ásperas e cheias de calos por causa do trabalho. Ele, então, perguntou-lhes acerca do reino de Cristo, e quando e onde ele viria. Então eles responderam que se tratava de um reino celestial e espiritual, e não de um reino temporal, e que ele não seria manifesto até que chegasse o fim deste mundo. O Imperador, satisfeito pelo fato de que eles eram homens pobres e inofensivos, os dispensou e cessou sua perseguição geral contra a igreja. Quando retornaram à Palestina, foram recebidos pela igreja com muito carinho, por serem parentes do Senhor e por terem confessado nobremente Seu nome - Seu reino, poder e glória.
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ResponderExcluirObrigado pelo esclarecimento.
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