domingo, 5 de março de 2017

Os Paulicianos de Rebelam Contra o Governo

Do mesmo modo que alguns dos albigenses, hussitas da Boêmia e calvinistas da França, os paulicianos da Armênia e das províncias adjacentes determinaram-se a uma resistência mais decidida aos seus perseguidores. Esta foi a triste falha deles, e o triste fruto de dar ouvidos às sugestões de Satanás. Por quase duzentos anos eles tinham sofrido como cristãos, adornando o evangelho por uma vida de fé e paciência. Até onde podemos julgar, eles parecem ter mantido a verdade através de um longo curso de sofrimento, no nobre, embora passivo, espírito de conformidade a Cristo. Mas a fé e a paciência falharam com o tempo, e eles se rebelaram abertamente contra o governo. Aconteceu assim:

Carbeas
, um oficial do alto escalão no serviço imperial, ao ouvir que seu pai tinha sido empalado pelos inquisidores católicos, renunciou a sua lealdade ao império, e com cinco mil companheiros, buscou um refúgio entre os sarracenos. O califa acolheu com prazer os desertores, e deu-lhes permissão para se estabelecerem dentro de seu território. Carbeas construiu e fortificou a cidade de Tefrique, que se tornou a sede dos paulicianos. Eles naturalmente se afluíram para esse novo lar, buscando um refúgio contra as leis imperiais. Eles logo se tornaram uma poderosa comunidade. Sob as ordens de Carbeas, a guerra foi travada contra o império, e mantida com vários êxitos por mais de trinta anos; mas como os detalhes seriam mais deprimentes do que interessantes, preferimos nos abster deles.

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