Nicolau I, que se tornou papa de Roma em 858, elogiou muitíssimo, por carta, a conduta da supersticiosa e cruel Teodora. Ele admira e aprova especialmente sua implícita obediência à Sé Romana. "Ela resolveu", diz ele, "trazer os paulicianos à verdadeira fé, ou cortá-los todos pela raiz e pelos ramos. Em conformidade com essa resolução, ela enviou homens nobres e magistrados a diferentes províncias do império; e por eles alguns daqueles infelizes desgraçados foram crucificados, alguns mortos pela espada, e alguns lançados ao mar e afogados". Nicolau, ao mesmo tempo, observa que os hereges, experimentando nela toda a resolução e vigor de um homem, mal podiam acreditar que ela fosse uma mulher. De fato, o poder cegante de uma idolatria supersticiosa tinha realizado em Teodora (como fez, mais tarde, na rainha da Inglaterra, a "Maria Sangrenta") a transformação do coração terno e compassivo de uma mulher no de uma tirana impiedosa e sedenta de sangue. Pelas próprias palavras do papa, é perfeitamente evidente que a Sé Romana tinha participação principal na matança dos paulicianos. Depois de dizer a ela que os hereges a temiam, e, ao mesmo tempo admiravam sua resolução e firmeza em manter a pureza da fé católica, o papa acrescenta: "e por que fizeste isso, a não ser porque seguiste as direções da Sé Apostólica?"*
{* Milner, vol. 2, p. 498}
É difícil acreditar que o professo vigário de Cristo e pastor de Suas ovelhas pudesse jamais ter deixado em seus registros tais dizeres. Mas assim ele se permitiu, e assim eles vêm até nós como o verdadeiro testemunho da tirania anticristã de Roma no século IX.
{* Milner, vol. 2, p. 498}
É difícil acreditar que o professo vigário de Cristo e pastor de Suas ovelhas pudesse jamais ter deixado em seus registros tais dizeres. Mas assim ele se permitiu, e assim eles vêm até nós como o verdadeiro testemunho da tirania anticristã de Roma no século IX.
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