Mas onde, pode-se perguntar, e de que forma entra a responsabilidade do homem? Certamente o homem é responsável por considerar que Deus é verdadeiro, e aceitar como justo, por mais humilhante que seja, Seu julgamento sobre sua natureza e caráter. "Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior" (1 João 5:9). Aceite esse quadro sombrio que Deus pinta sobre o homem e diga: este sou eu, isto é o que eu tenho feito e o que eu sou. A salvação é pela fé: não pelo arbítrio (desejo), escolha, ou obras, mas sim pelo crer. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele... E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más." (João 3:16-19)
Como poderia alguém deixar de ver que uma responsabilidade é criada por essa demonstração de bondade divina em Cristo, e uma de caráter tão óbvio, solene e considerável? Tanto é assim, de fato, que a evidência é decisiva e final, e que o incrédulo será julgado diante de Deus. Não é uma questão, perceba, deles não encontrarem perdão, mas de preferirem as trevas à luz para que continuem em pecado. Isto é o que Deus coloca contra eles, e como poderia haver um fundamento mais justo e razoável de condenação? Impossível. Que possa ser a feliz condição de todos os que leem essas páginas de se curvarem à humilhante sentença das Escrituras sobre nossa natureza, e de nos considerarmos pecadores perdidos à vista de Deus. Que assim um Deus todo misericordioso e gracioso nos encontre na grandeza de Seu amor, e nos abençoe com tudo o que é devido a Cristo, como o Salvador da humanidade.
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