Agostinho, o famoso bispo de Hipona, a grande luz evangélica* do Ocidente, e o mais influente de todos os escritores cristãos latinos, começou por volta dessa época a refutar, com sua pena, as doutrinas de Pelágio e Celéstio. E principalmente a ele é dado, como sendo um instrumento de Deus, o crédito de impedir o crescimento dessa seita naquele tempo. Por uma marcante conversão, e por profundo exercício de alma, ele tinha sido treinado sob a disciplina do Senhor para realizar essa grande obra. Foi assim que o todo-sábio Deus secretamente levantou um testemunho em oposição a Pelágio, e, por meio de sua heresia, pôs em evidência mais visões do evangelho da graça do que tinha sido ensinado desde os tempos dos apóstolos, e também visões mais plenas da verdade, santidade e humildade cristã. As igrejas ocidentais, conduzidas por Agostinho, continuaram perseverantemente resistindo às falsas doutrinas com concílios, livros e cartas. Os gauleses, os bretões, e até mesmo os palestinos, por seus concílios, e os imperadores por suas leis e penalidades, até então tinham esmagado a controvérsia logo em seu início. Mas os princípios fundamentais do pelagianismo em suas muitas formas e níveis permanecem até o tempo presente. No entanto, em vez de rastrear a história dessa heresia, vamos brevemente nos referir ao que as Escrituras ensinam sobre os dois principais pontos do assunto.
{*N. do T.: aqui não se refere ao que conhecemos hoje como "denominações evangélicas", mas simplesmente no sentido puro da palavra, isto é, daquilo que defende o evangelho.}
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