sábado, 13 de fevereiro de 2016

Versos Sobre o Martírio, por um Centurião Romano

"Dê o cristão ao leão!"
Clama descontroladamente a multidão romana
"Sim, ao leão castanho amarelado da África!"
Gritam os fortes e corajosos guerreiros.
"Deixe o faminto leão os rasgarem!"
Ecoa o riso contente da multidão;
"Arremessam-no - arremessam-no ao leão!"
Gritou alto a nobre matrona.

"Dê o cristão ao leão!"
Falaram em tom grave e lento,
De seus assentos de altos dignatários,
Senadores em vistosas fileiras.
Então de voo em voo, ecoa
O grito, o aplauso, e rajadas de risos
Até o gigante Coliseu
Debaixo do tumulto parecia oscilar;

E o clamor do povo
Rola através do Arco de Tito,
Todos para baixo do fórum romano,
Ao violento Capitólio,
Então uma pausa - mas silêncio, e ouça
Esse berro feroz e selvagem;
Esse é o leão do Saara,
Enfurecido em sua jaula!

Feroz, com fome e em grilhões,
Sacode ele sua juba castanho amarelado!
Para sua presa viva, impaciente,
Lutando contra suas barras e correntes.
Mas uma voz rouba fracamente
Da próxima jaula, fria e escura;
É o canto do cristão condenado à morte
Suave e baixo seu hino de morte;

Com as mãos erguidas está orando
Pelos homens que pedem seu sangue!
Com uma fé santa pleiteia
Por aquela multidão que grita.
Eles estão esperando! Levante a grade
Vem ele adiante, sereno para morrer:
Com uma radiância em torno da testa,
E um brilho nos olhos.

Nunca! quando legiões de romanos no meio,
Com o elmo em sua testa
Pressiona-o para a frente da batalha
Com um passo mais firme que agora.
Erga a grade! Ele está esperando.
Deixe o leão selvagem vir!
Ele só pode romper uma passagem
Para a alma alcançar seu lar!

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