domingo, 1 de abril de 2018

A Doação de Matilda

No ano de 1115, "a grande condessa" Matilde da Toscana morreu. Antes de sua morte, ela entregou à Sé romana suas vastas posses. Esta ação era inteiramente contrária à lei feudal, mas estava em total concordância com a lei pontifica. Assim, um novo assunto de conflito entre os papas e os imperadores surgiu dessa doação. Se o papa tivesse permissão de tomar posse pacificamente das propriedades dela, ele se tornaria como um rei na Itália. Mas, não obstante o quão devota a grande mulher fosse à igreja de Roma e sincera em sua doação, a ação era contrária à lei e nunca entrou em vigor completamente, embora tenha contribuído muito para com o poder secular dos papas. Mas não precisamos dar detalhes. O mundo estava se cansando da história dos papas e antipapas, com as facções, perjúrios e hipocrisias; do derramamento de sangue e devastação, que tinha durado mais de um século. "Todos os corações ansiavam por paz", disse alguém, e o amor pela guerra se extinguiu em ambos os lados; a chama da discórdia civil e religiosa, que foi acesa por Gregório e atiçada por seus sucessores, foi extinta em meio às inundações de calamidades. Após muito esforço, a paz foi ratificada entre os legados do papa e o imperador, no ano de 1122, nas condições que veremos a seguir.

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