Para cumprir os desejos do papa, receber sua bênção e derrubar seus inimigos, Roberto juntou um exército de 30.000 soldados de infantaria irregular e 6000 cavaleiros normandos e colocou-os em marcha para Roma. Era uma hoste selvagem e mista, na qual se misturaram aventureiros de várias nações: alguns tinham se juntado ao seu estandarte para resgatar o papa, e outros por amor à guerra. Até mesmos os incrédulos sarracenos tinham se alistado em grandes números. As notícias de que uma força esmagadora estava avançando para vir ao auxílio do papa e de seus seguidores logo chegaram a Roma.
Henrique, sem perceber o perigo, tinha enviado para longe uma grande parte de suas tropas; e, como o restante era desigual demais para ir de encontro ao formidável exército inimigo, ele prudentemente retirou suas forças, assegurando a seus amigos romanos que em breve retornaria. Ele se retirou para Civita Castellana, onde podia observar os movimentos de todas as partes.
Três dias após Henrique ter deixado a cidade, o exército normando apareceu às muralhas. Quão desafortunados os habitantes daquela cidade culpada! Um dia mais tenebroso e pesado do que qualquer outro que ela já tenha passado estava por chegar, e todas as suas calamidades eram devido ao espírito vingativo e implacável de seu sumo sacerdote. Mas por se recusar a ceder ao poder secular, até mesmo o sangue de Roma -- sua própria cidade e capital -- teve de ser derramado. O domínio do papado sobre os reinos do mundo foi sua própria grande ideia, e nenhuma adversidade conseguia induzi-lo a ceder, nem um pouco, de suas sublimes pretensões. Ele foi tão inflexível em uma prisão quanto em um palácio. "Que o rei deite sua coroa e dê satisfações à igreja", eram as orgulhosas e desdenhosas palavras de Hildebrando, mesmo sendo um prisioneiro, e mesmo que o clero e os leigos implorassem para que entrasse em acordo com Henrique. Mas ele desprezou do mesmo modo os murmúrios, as ameaças e as súplicas de todos. Ele deve ter tido conhecimento sobre o caráter daquelas hordas assassinas que estavam nos portões, e quais seriam as consequências no momento em que entrassem. Mas sua mente estava formada, e a qualquer custo de derramamento de sangue humano e miséria ele inexoravelmente perseguiu seus desígnios imperiosos.
Os romanos não estavam preparados para se defenderem, e mal fizeram qualquer demonstração de resistência. O portão de São Lourenço foi rapidamente forçado, e a cidade estava imediatamente dominada. O primeiro ato de Roberto, o filho obediente da igreja, foi libertar o papa de seu longo aprisionamento no Castelo de Santo Ângelo. O normando recebeu formalmente a bênção pontifícia. Erguendo-se dos pés do papa, foi assim abençoado e edificado -- uma horrível zombaria e blasfêmia! Roberto soltou seus bandos de rufiões no meio do rebanho desprotegido do assim proclamado sumo pastor. Por três dias Roma esteve sujeita aos horrores de um saque. Os normando e os infiéis sarracenos se espalharam por cada canto da cidade. Assassinatos, pilhagem, luxúria e violência, estava tudo fora de controle. No terceiro dia, enquanto os normandos faziam festa e se divertiam em descuidada segurança, os habitantes, levados ao desespero, irromperam em uma rebeldia generalizada e correram armados pelas ruas, começando uma terrível carnificina com seus conquistadores. Assim surpreendidos, os normandos logo pegaram nas armas, e imediatamente toda a cidade tornou-se um cenário de conflito selvagem e desesperado.
Henrique, sem perceber o perigo, tinha enviado para longe uma grande parte de suas tropas; e, como o restante era desigual demais para ir de encontro ao formidável exército inimigo, ele prudentemente retirou suas forças, assegurando a seus amigos romanos que em breve retornaria. Ele se retirou para Civita Castellana, onde podia observar os movimentos de todas as partes.
Três dias após Henrique ter deixado a cidade, o exército normando apareceu às muralhas. Quão desafortunados os habitantes daquela cidade culpada! Um dia mais tenebroso e pesado do que qualquer outro que ela já tenha passado estava por chegar, e todas as suas calamidades eram devido ao espírito vingativo e implacável de seu sumo sacerdote. Mas por se recusar a ceder ao poder secular, até mesmo o sangue de Roma -- sua própria cidade e capital -- teve de ser derramado. O domínio do papado sobre os reinos do mundo foi sua própria grande ideia, e nenhuma adversidade conseguia induzi-lo a ceder, nem um pouco, de suas sublimes pretensões. Ele foi tão inflexível em uma prisão quanto em um palácio. "Que o rei deite sua coroa e dê satisfações à igreja", eram as orgulhosas e desdenhosas palavras de Hildebrando, mesmo sendo um prisioneiro, e mesmo que o clero e os leigos implorassem para que entrasse em acordo com Henrique. Mas ele desprezou do mesmo modo os murmúrios, as ameaças e as súplicas de todos. Ele deve ter tido conhecimento sobre o caráter daquelas hordas assassinas que estavam nos portões, e quais seriam as consequências no momento em que entrassem. Mas sua mente estava formada, e a qualquer custo de derramamento de sangue humano e miséria ele inexoravelmente perseguiu seus desígnios imperiosos.
Os romanos não estavam preparados para se defenderem, e mal fizeram qualquer demonstração de resistência. O portão de São Lourenço foi rapidamente forçado, e a cidade estava imediatamente dominada. O primeiro ato de Roberto, o filho obediente da igreja, foi libertar o papa de seu longo aprisionamento no Castelo de Santo Ângelo. O normando recebeu formalmente a bênção pontifícia. Erguendo-se dos pés do papa, foi assim abençoado e edificado -- uma horrível zombaria e blasfêmia! Roberto soltou seus bandos de rufiões no meio do rebanho desprotegido do assim proclamado sumo pastor. Por três dias Roma esteve sujeita aos horrores de um saque. Os normando e os infiéis sarracenos se espalharam por cada canto da cidade. Assassinatos, pilhagem, luxúria e violência, estava tudo fora de controle. No terceiro dia, enquanto os normandos faziam festa e se divertiam em descuidada segurança, os habitantes, levados ao desespero, irromperam em uma rebeldia generalizada e correram armados pelas ruas, começando uma terrível carnificina com seus conquistadores. Assim surpreendidos, os normandos logo pegaram nas armas, e imediatamente toda a cidade tornou-se um cenário de conflito selvagem e desesperado.
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