Cremos que a epístola à igreja em Pérgamo descreve exatamente o estado das coisas na época de Constantino. Mas citaremos a carta inteira para a conveniência de nossos leitores, e então faremos a comparação: "E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios: Conheço as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita. Mas algumas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e fornicassem. Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio. Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe." (Apocalipse 2:12-17)
Em Éfeso vemos o primeiro passo da apostasia, ao deixarem seu "primeiro amor" - o coração escapando de Cristo e do desfrutar de Seu amor. Em Esmirna o Senhor permitiu que os santos fossem lançados na fornalha para que e o progresso do declínio estacionasse. Eles foram perseguidos pelos pagãos. Por meio dessas provas o cristianismo reviveu, o ouro foi purificado, os santos mantinham firmes o nome e fé de Cristo. Assim Satanás foi derrotado, e o Senhor determinou que os imperadores, um após o outro, nas mais humilhantes e mortificantes circunstâncias, publicamente confessassem sua derrota. Mas em Pérgamo o inimigo muda sua estratégia. Em vez da perseguição a partir de fora, agora vemos a sedução vinda de dentro. Sob Diocleciano ele é o leão que ruge, e sob Constantino ele é a serpente enganadora. Pérgamos é o cenário do poder lisonjeiro de Satanás: ele está dentro da igreja {* N. do T.: no sentido de profissão cristã}. O nicolaísmo é a corrupção da graça - a carne agindo na igreja de Deus. Em Esmirna ele está do lado de fora como um adversário, em Pérgamo ele está do lado de dentro como um sedutor. Foi exatamente isto que aconteceu sob o reinado de Constantino.
Historicamente, foi quando a violência da perseguição tinha passado - quando os homens tinham se cansado de sua própria raiva, e quando eles viram que seus esforços nada mais faziam além de tornar os sofredores menos preocupados com as coisas do mundo e mais devotos ao cristianismo -- enquanto até mesmo a quantidade de cristãos parecia aumentar -- foi então que Satanás tenta um outro velho artifício, um que já tinha sido tão bem sucedido contra Israel (Números 25). Quando ele não pôde obter a permissão do Senhor para amaldiçoar Seu povo Israel, ele os seduziu até sua ruína por meio de alianças ilícitas com as filhas de Moabe. Como um falso profeta, ele estava agora na igreja de Pérgamo, seduzindo os santos a uma aliança ilícita com o mundo - o lugar de seu trono e autoridade. O mundo para de perseguir, e grandes vantagens são concedidas aos cristãos pelo estabelecimento civil do cristianismo. Constantino professava ser convertido, e atribui seus triunfos às virtudes da cruz. Infelizmente, a armadilha é bem-sucedida, a igreja é lisonjeada por seu patrocinador, aperta as mãos com o mundo, e afunda até sua posição, "que é onde está o trono de Satanás". Tudo estava agora perdido quanto ao seu testemunho corporativo adequado, e assim o caminho até o papado se escancarou. Todas as vantagens mundanas foram sem dúvida adquiridas, mas, infelizmente, foi à custa da honra e glória de seu celestial Senhor e Salvador.
A igreja, devemos lembrar, é um chamado para fora (Atos 15:14) - chamados, para fora, dentre os judeus e gentios, para testemunhar que ela não é deste mundo, mas do céu - que ela está unida a um Cristo glorificado, e não é deste mundo, assim como Ele não é deste mundo. Assim Ele mesmo diz: "Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo." (João 17:16-18)
A missão dos cristãos é do mesmo princípio e do mesmo caráter da missão de Cristo. "Assim como o Pai me enviou", Ele diz, "também eu vos envio a vós." (João 20:21). Eles foram enviados, por assim dizer, do céu para o mundo pelo bendito Senhor, para fazer Sua vontade, para cuidar por Sua glória, e para voltar para o lar quando o trabalho terminasse. Assim o cristão deveria ser a testemunha celestial da verdade de Deus, especialmente das verdades referentes à total ruína do homem, e sobre o amor de Deus em Cristo para um mundo a perecer; e, portanto, deveria buscar recolher almas para fora do mundo, para que sejam salvas da ira vindoura. Mas quando perdemos de vista nosso elevado chamado e nos associamos com o mundo como se pertencêssemos a ele, nos tornamos falsas testemunhas; causamos ao mundo uma grande lesão, e a Cristo uma grande desonra. Isto, como podemos verificar, foi o que a igreja fez quanto à sua posição e ação corporativa. Sem dúvidas, houve muitos casos de fidelidade individual em meio ao declínio generalizado. O Próprio Senhor fala do Seu fiel Antipas, que foi martirizado. O céu toma especial nota da fidelidade individual, e se lembra do fiel pelo nome.
Mas o olho e o coração do Senhor tinha seguido Sua pobre e infiel igreja até onde ela tinha caído. "Conheço as tuas obras", diz Ele, "e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás". Que palavras solenes são estas, vindas dos lábios de seu desonrado Senhor! Nada era oculto a Seus olhos. "Eu sei", Ele diz, "eu tenho visto o que aconteceu". Mas o que, infelizmente, tinha agora acontecido? Por que a igreja, como um corpo, tinha aceitado os termos do imperador, e estava agora unida ao Estado, indo habitar no mundo? Isto era a Babilônia, espiritualmente - cometer fornicação com os reis da terra. Mas aquEle que anda no meio dos castiçais de ouro julga suas ações e sua condição. "E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios". Ele toma o lugar de alguém armado com uma espada divina - o penetrante e incisivo poder da palavra de Deus. A espada é o símbolo do poder pelo qual as questões são resolvidas; seja ela a espada carnal das nações ou "a espada do Espírito, que é a palavra de Deus" (Efésios 6:17).
Muitas vezes se ouve falar que sempre há uma conexão marcante e instrutiva entre o modo como Cristo Se apresenta, e o estado da igreja a qual Ele está se dirigindo. Isto é muito verdadeiro na carta em questão. A Palavra de Deus evidentemente tinha perdido seu lugar de direito na assembleia de Seus santos; ela não era mais a autoridade suprema nas coisas divinas. Mas o Senhor Jesus tem o cuidado de mostrar que ela não tinha perdido seu poder, ou lugar, ou autoridade em Suas mãos. "Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca". Observe que ele não diz "batalharei contra vocês", mas "contra eles". Ao exercer disciplina na igreja, o Senhor age com discriminação e com misericórdia. A posição pública da igreja era agora uma posição falsa. Havia associação aberta com o príncipe deste mundo, no lugar de fidelidade a Cristo, o Príncipe dos céus. Mas aquele que tivesse um ouvido para ouvir o que o Espírito disse à igreja tinha uma secreta comunhão com aquEle que sustenta a alma fiel com o maná escondido. "Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe". A deserção geral, sem dúvida, isolaria os poucos fiéis - um remanescente. A eles a promessa é dada.
O maná, como aprendemos em João 6, representa o Próprio Cristo, como aquEle que desceu do céu para dar vida a nossas almas. "Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre" (João 6:51). Como aquEle que tomou o lugar de humilhação neste mundo, Ele é nossa provisão para o andar diário através do deserto. O maná devia ser colhido diariamente, fresco, das gotas de orvalho todas as manhãs. O "maná escondido" refere-se ao pote de ouro de maná que foi colocado na arca como um memorial diante do Senhor. É a bendita recordação de Cristo, que foi o Homem humilhado e sofredor neste mundo, e que é o eterno deleite de Deus e dos fiéis no céu. Não só a comunhão de verdadeiro coração dos santos com Cristo exaltado nas alturas, mas com Ele como aquele Jesus que uma vez foi humilhado aqui embaixo. Mas isso não pode ser se estivermos ouvindo as lisonjas e aceitando os favores do mundo. Nossa única força contra o espírito do mundo é andar com o Cristo rejeitado, e alimentarmo-nos dEle como nossa porção, mesmo agora. Nosso alto privilégio é comer, não apenas do maná, mas do "maná escondido". Mas quem pode falar da bem-aventurança de tal comunhão, ou da perda daqueles que deixam seus corações escaparem de Cristo para se estabelecerem no mundanismo?
A "pedra branca" é uma marca secreta do favor especial do Senhor. Como a promessa é dada na carta a Pérgamo, isto pode significar a expressão da aprovação de Cristo quanto à maneira com que os "vencedores" testemunharam e sofreram por Ele, quando tantos foram levados pelas seduções de Satanás. Isto dá a ideia geral de uma promessa secreta de completa aprovação. Mas é difícil explicar. O coração pode entrar em sua bem-aventurança e ainda assim sentir-se incapaz de descrevê-la. Felizes aqueles que assim a conhecem em si mesmos. Há alegrias que são comuns a todos, mas há uma alegria, uma alegria especial, que será nossa própria alegria peculiar em Cristo, que durará para sempre. Isto será verdade para todos. "E na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe". Que fonte indescritível de calmo repouso, doce paz, verdadeiro contentamento, e força divina, encontramos na "pedra branca", e no "novo nome", escrito por Suas próprias mãos. Outros podem nos interpretar mal, muitos podem pensar que estamos errados, mas Ele sabe tudo, e o coração pode aquietar-se, seja o que for que estiver acontecendo em nossas vidas. Ao mesmo tempo, devemos julgar tudo, inclusive nós próprios, pela Palavra de Deus - a espada afiada de dois gumes.
Em Éfeso vemos o primeiro passo da apostasia, ao deixarem seu "primeiro amor" - o coração escapando de Cristo e do desfrutar de Seu amor. Em Esmirna o Senhor permitiu que os santos fossem lançados na fornalha para que e o progresso do declínio estacionasse. Eles foram perseguidos pelos pagãos. Por meio dessas provas o cristianismo reviveu, o ouro foi purificado, os santos mantinham firmes o nome e fé de Cristo. Assim Satanás foi derrotado, e o Senhor determinou que os imperadores, um após o outro, nas mais humilhantes e mortificantes circunstâncias, publicamente confessassem sua derrota. Mas em Pérgamo o inimigo muda sua estratégia. Em vez da perseguição a partir de fora, agora vemos a sedução vinda de dentro. Sob Diocleciano ele é o leão que ruge, e sob Constantino ele é a serpente enganadora. Pérgamos é o cenário do poder lisonjeiro de Satanás: ele está dentro da igreja {* N. do T.: no sentido de profissão cristã}. O nicolaísmo é a corrupção da graça - a carne agindo na igreja de Deus. Em Esmirna ele está do lado de fora como um adversário, em Pérgamo ele está do lado de dentro como um sedutor. Foi exatamente isto que aconteceu sob o reinado de Constantino.
Historicamente, foi quando a violência da perseguição tinha passado - quando os homens tinham se cansado de sua própria raiva, e quando eles viram que seus esforços nada mais faziam além de tornar os sofredores menos preocupados com as coisas do mundo e mais devotos ao cristianismo -- enquanto até mesmo a quantidade de cristãos parecia aumentar -- foi então que Satanás tenta um outro velho artifício, um que já tinha sido tão bem sucedido contra Israel (Números 25). Quando ele não pôde obter a permissão do Senhor para amaldiçoar Seu povo Israel, ele os seduziu até sua ruína por meio de alianças ilícitas com as filhas de Moabe. Como um falso profeta, ele estava agora na igreja de Pérgamo, seduzindo os santos a uma aliança ilícita com o mundo - o lugar de seu trono e autoridade. O mundo para de perseguir, e grandes vantagens são concedidas aos cristãos pelo estabelecimento civil do cristianismo. Constantino professava ser convertido, e atribui seus triunfos às virtudes da cruz. Infelizmente, a armadilha é bem-sucedida, a igreja é lisonjeada por seu patrocinador, aperta as mãos com o mundo, e afunda até sua posição, "que é onde está o trono de Satanás". Tudo estava agora perdido quanto ao seu testemunho corporativo adequado, e assim o caminho até o papado se escancarou. Todas as vantagens mundanas foram sem dúvida adquiridas, mas, infelizmente, foi à custa da honra e glória de seu celestial Senhor e Salvador.
A igreja, devemos lembrar, é um chamado para fora (Atos 15:14) - chamados, para fora, dentre os judeus e gentios, para testemunhar que ela não é deste mundo, mas do céu - que ela está unida a um Cristo glorificado, e não é deste mundo, assim como Ele não é deste mundo. Assim Ele mesmo diz: "Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo." (João 17:16-18)
A missão dos cristãos é do mesmo princípio e do mesmo caráter da missão de Cristo. "Assim como o Pai me enviou", Ele diz, "também eu vos envio a vós." (João 20:21). Eles foram enviados, por assim dizer, do céu para o mundo pelo bendito Senhor, para fazer Sua vontade, para cuidar por Sua glória, e para voltar para o lar quando o trabalho terminasse. Assim o cristão deveria ser a testemunha celestial da verdade de Deus, especialmente das verdades referentes à total ruína do homem, e sobre o amor de Deus em Cristo para um mundo a perecer; e, portanto, deveria buscar recolher almas para fora do mundo, para que sejam salvas da ira vindoura. Mas quando perdemos de vista nosso elevado chamado e nos associamos com o mundo como se pertencêssemos a ele, nos tornamos falsas testemunhas; causamos ao mundo uma grande lesão, e a Cristo uma grande desonra. Isto, como podemos verificar, foi o que a igreja fez quanto à sua posição e ação corporativa. Sem dúvidas, houve muitos casos de fidelidade individual em meio ao declínio generalizado. O Próprio Senhor fala do Seu fiel Antipas, que foi martirizado. O céu toma especial nota da fidelidade individual, e se lembra do fiel pelo nome.
Mas o olho e o coração do Senhor tinha seguido Sua pobre e infiel igreja até onde ela tinha caído. "Conheço as tuas obras", diz Ele, "e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás". Que palavras solenes são estas, vindas dos lábios de seu desonrado Senhor! Nada era oculto a Seus olhos. "Eu sei", Ele diz, "eu tenho visto o que aconteceu". Mas o que, infelizmente, tinha agora acontecido? Por que a igreja, como um corpo, tinha aceitado os termos do imperador, e estava agora unida ao Estado, indo habitar no mundo? Isto era a Babilônia, espiritualmente - cometer fornicação com os reis da terra. Mas aquEle que anda no meio dos castiçais de ouro julga suas ações e sua condição. "E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios". Ele toma o lugar de alguém armado com uma espada divina - o penetrante e incisivo poder da palavra de Deus. A espada é o símbolo do poder pelo qual as questões são resolvidas; seja ela a espada carnal das nações ou "a espada do Espírito, que é a palavra de Deus" (Efésios 6:17).
Muitas vezes se ouve falar que sempre há uma conexão marcante e instrutiva entre o modo como Cristo Se apresenta, e o estado da igreja a qual Ele está se dirigindo. Isto é muito verdadeiro na carta em questão. A Palavra de Deus evidentemente tinha perdido seu lugar de direito na assembleia de Seus santos; ela não era mais a autoridade suprema nas coisas divinas. Mas o Senhor Jesus tem o cuidado de mostrar que ela não tinha perdido seu poder, ou lugar, ou autoridade em Suas mãos. "Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca". Observe que ele não diz "batalharei contra vocês", mas "contra eles". Ao exercer disciplina na igreja, o Senhor age com discriminação e com misericórdia. A posição pública da igreja era agora uma posição falsa. Havia associação aberta com o príncipe deste mundo, no lugar de fidelidade a Cristo, o Príncipe dos céus. Mas aquele que tivesse um ouvido para ouvir o que o Espírito disse à igreja tinha uma secreta comunhão com aquEle que sustenta a alma fiel com o maná escondido. "Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe". A deserção geral, sem dúvida, isolaria os poucos fiéis - um remanescente. A eles a promessa é dada.
O maná, como aprendemos em João 6, representa o Próprio Cristo, como aquEle que desceu do céu para dar vida a nossas almas. "Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre" (João 6:51). Como aquEle que tomou o lugar de humilhação neste mundo, Ele é nossa provisão para o andar diário através do deserto. O maná devia ser colhido diariamente, fresco, das gotas de orvalho todas as manhãs. O "maná escondido" refere-se ao pote de ouro de maná que foi colocado na arca como um memorial diante do Senhor. É a bendita recordação de Cristo, que foi o Homem humilhado e sofredor neste mundo, e que é o eterno deleite de Deus e dos fiéis no céu. Não só a comunhão de verdadeiro coração dos santos com Cristo exaltado nas alturas, mas com Ele como aquele Jesus que uma vez foi humilhado aqui embaixo. Mas isso não pode ser se estivermos ouvindo as lisonjas e aceitando os favores do mundo. Nossa única força contra o espírito do mundo é andar com o Cristo rejeitado, e alimentarmo-nos dEle como nossa porção, mesmo agora. Nosso alto privilégio é comer, não apenas do maná, mas do "maná escondido". Mas quem pode falar da bem-aventurança de tal comunhão, ou da perda daqueles que deixam seus corações escaparem de Cristo para se estabelecerem no mundanismo?
A "pedra branca" é uma marca secreta do favor especial do Senhor. Como a promessa é dada na carta a Pérgamo, isto pode significar a expressão da aprovação de Cristo quanto à maneira com que os "vencedores" testemunharam e sofreram por Ele, quando tantos foram levados pelas seduções de Satanás. Isto dá a ideia geral de uma promessa secreta de completa aprovação. Mas é difícil explicar. O coração pode entrar em sua bem-aventurança e ainda assim sentir-se incapaz de descrevê-la. Felizes aqueles que assim a conhecem em si mesmos. Há alegrias que são comuns a todos, mas há uma alegria, uma alegria especial, que será nossa própria alegria peculiar em Cristo, que durará para sempre. Isto será verdade para todos. "E na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe". Que fonte indescritível de calmo repouso, doce paz, verdadeiro contentamento, e força divina, encontramos na "pedra branca", e no "novo nome", escrito por Suas próprias mãos. Outros podem nos interpretar mal, muitos podem pensar que estamos errados, mas Ele sabe tudo, e o coração pode aquietar-se, seja o que for que estiver acontecendo em nossas vidas. Ao mesmo tempo, devemos julgar tudo, inclusive nós próprios, pela Palavra de Deus - a espada afiada de dois gumes.
"Lá, no pão escondido
De Cristo - uma vez aqui humilhado -
Guardado por Deus - para sempre alimentar
Minh'alma, por seu amor, se animará.
Chamado por aquele nome secreto
De deleite não revelado
Bendita resposta ao opróbrio e vergonha -
Gravada na pedra branca."
(tradução livre da poesia constante da edição original em inglês)
Tendo assim brevemente estudado a epístola a Pérgamo, seremos mais capazes de entender a mente do Senhor quanto à conduta dos cristãos sob o reinado de Constantino. A igreja professa e o mundo juntaram as mãos, e estavam agora se divertindo juntos. Como o mundo não poderia se erguer ao elevado nível da igreja, ela caiu ao baixo nível do mundo. Foi exatamente isto que aconteceu. No entanto, a forma justa do cristianismo foi mantida, e não há dúvidas de que havia muitos que mantiveram firmes a fé e o nome de Jesus. Retornemos agora à conversão e história de Constantino, o Grande.
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