O mais humilde camponês está familiarizado com a grandeza mundana de um bispo, mas ele pode não saber como um ministro de Cristo, e um sucessor de um humilde pescador da Galileia, chegou a tal dignidade. Nos dias dos apóstolos, e por mais de cem anos depois, o ofício de um bispo era uma obra laboriosa, mas uma "boa obra". Ele era encarregado de uma única igreja, que podia estar normalmente reunida em uma casa particular. Ele não estava lá como um "senhor sobre a herança de Deus" (1 Pedro 5:3), mas na realidade como um ministro e servo, instruindo o povo, e cuidando dos doentes e pobres pessoalmente. Os presbíteros, sem dúvida, ajudavam na gestão dos assuntos gerais da igreja, e também os diáconos; mas o bispo tinha a parte principal do serviço. Ele não tinha autoridade, no entanto, de decretar ou sancionar qualquer coisa sem a aprovação do presbitério e do povo. Não havia, então, o pensamento de "clero inferior" sob ele. E nesse tempo as igrejas não tinham renda, com exceção de contribuições voluntárias do povo que, moderados como sem dúvidas eram, deixavam uma pequena quantia para o bispo para ajudar os pobres e necessitados.
Mas naqueles primeiros tempos os oficiais da igreja continuavam, muito provavelmente, em seus antigos ofícios e ocupações, para sustento de si mesmos e de suas famílias, do mesmo modo que antes. "Um bispo", diz Paulo, "deve ser dado à hospitalidade" (Tito 1:8). E isso ele não poderia ser se sua renda dependesse das ofertas dos pobres. Não foi até por volta do ano 245 que o clero passou a receber salário, e foram proibidos de seguir com seus empregos do mundo; mas próximo ao fim do segundo século surgiram circunstâncias na história da igreja que afetaram grandemente a humildade e simplicidade original de seus supervisores, e que tenderam à corrupção da ordem sacerdotal. "Essa mudança começou", diz Waddington, "perto do início do segundo século; e é certo de que nesse período encontramos as primeiras denúncias de corrupção incipiente do clero." A partir do momento em que os interesses dos ministros se tornaram totalmente distintos dos interesses do cristianismo, pode-se considerar que muitas e grandes mudanças para pior tinham começado. Vamos tomar nota de algumas circunstâncias, e em primeiro lugar, a origem das dioceses.
Mas naqueles primeiros tempos os oficiais da igreja continuavam, muito provavelmente, em seus antigos ofícios e ocupações, para sustento de si mesmos e de suas famílias, do mesmo modo que antes. "Um bispo", diz Paulo, "deve ser dado à hospitalidade" (Tito 1:8). E isso ele não poderia ser se sua renda dependesse das ofertas dos pobres. Não foi até por volta do ano 245 que o clero passou a receber salário, e foram proibidos de seguir com seus empregos do mundo; mas próximo ao fim do segundo século surgiram circunstâncias na história da igreja que afetaram grandemente a humildade e simplicidade original de seus supervisores, e que tenderam à corrupção da ordem sacerdotal. "Essa mudança começou", diz Waddington, "perto do início do segundo século; e é certo de que nesse período encontramos as primeiras denúncias de corrupção incipiente do clero." A partir do momento em que os interesses dos ministros se tornaram totalmente distintos dos interesses do cristianismo, pode-se considerar que muitas e grandes mudanças para pior tinham começado. Vamos tomar nota de algumas circunstâncias, e em primeiro lugar, a origem das dioceses.
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