Embora diferentes razões possam ser dadas por diferentes pessoas e governos para perseguir os cristãos, ainda assim cremos que a verdadeira causa é a inimizade do coração contra Cristo e Sua verdade,
como vista nas vidas piedosas de Seu povo. Além disso, a luz deles
torna manifesta a escuridão ao redor, e expõe e reprova as
inconsistências dos falsos professos e as vidas ímpias dos malignos. O
inimigo, tomando ocasião por essas coisas, desperta as paixões cruéis
daqueles que tinham o poder para apagar a luz ao perseguirem os
portadores da luz. "Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz" (João 3:20).
Tal tem sido a experiência de todos os cristãos, em todas as épocas,
tanto em tempos de paz quanto em tempos de angústia. Não há isenção de
perseguição, secreta ou abertamente, se vivermos de acordo com o
Espírito e a verdade de Cristo. Dentre as últimas palavras que o grande
apóstolo escreveu estavam estas: "E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições." (2 Timóteo 3:12)
Estas verdades divinas, dadas para a instrução e direção da igreja em todas as eras, foram admiravelmente ilustradas no caso de Plínio e dos cristãos da Bitínia. Ele é citado por todos os historiadores como um dos mais esclarecidos, virtuosos e realizados homens da antiguidade. Ele foi também possuidor de grandes riquezas, e tinha a reputação de ser muito liberal e benevolente em sua vida privada. Por que então, podemos perguntar, sendo um estadista e governador romano, ele se tornou um tal perseguidor dos cristãos? Esta pergunta ele responde em sua própria carta. Foi simplesmente pela fé deles em Cristo - nada mais. Tinha sido provado a ele, tanto por amigos quanto por inimigos, que os cristãos não eram culpados de mal algum, nem moralmente, socialmente e politicamente. Fazendo três vezes a pergunta "Vocês são cristãos?", e se eles firmemente afirmassem que eram, ele os condenava à morte. O único pretexto que ele deu para cobrir a injustiça de sua conduta como governador era o fato de que os cristãos professavam obstinadamente uma religião não estabelecida pelas leis do império.
Muitos, por causa de malícia privada e outras razões, eram nesse tempo anonimamente acusados de serem cristãos, sendo que de fato não eram. Estes eram testados sendo chamados para negar sua fé, oferecer incenso aos deuses, adorar a imagem do imperador, e insultar a Cristo. Todos os que se conformavam a esses termos eram dispensados. Mas a nenhuma dessas coisas, como o próprio Plínio dá testemunho, podiam ser os verdadeiros cristãos compelidos a fazer. Ele, em seguida, recorreu ao costume brutal de examinar pessoas inocentes por tortura. Duas mulheres, notáveis servas da igreja, foram então examinadas. Mas, em vez da esperada confissão sobre o rumoroso caráter sedicioso (revoltoso) e licencioso (desregrado) de suas reuniões, nada desfavorável à comunidade cristã podia ser extraído delas por tortura. O governador não podia detectar nada por quaisquer meios tentados, exceto o que ele chama de "uma superstição perversa e extravagante".
Também deve-se ter em mente, tanto pelo crédito como também pela culpa mais profunda de Plínio, que ele não procedeu contra os cristãos por mero preconceito popular - ao contrário de seu amigo Tácito, que se deixou levar pelos rumores e, sem qualquer investigação mais profunda, escreveu contra o cristianismo da maneira mais irracional e desgraçada. Mas Plínio considerou como dever entrar em cuidadosa investigação sobre toda a questão antes de dar seu julgamento. Como, então, podemos explicar que tal homem, aparentemente desejoso de agir de forma imparcial, pudesse perseguir até a morte pessoas inocentes? Para responder esta pergunta, devemos investigar as causas externas ou ostensivas da perseguição.
Estas verdades divinas, dadas para a instrução e direção da igreja em todas as eras, foram admiravelmente ilustradas no caso de Plínio e dos cristãos da Bitínia. Ele é citado por todos os historiadores como um dos mais esclarecidos, virtuosos e realizados homens da antiguidade. Ele foi também possuidor de grandes riquezas, e tinha a reputação de ser muito liberal e benevolente em sua vida privada. Por que então, podemos perguntar, sendo um estadista e governador romano, ele se tornou um tal perseguidor dos cristãos? Esta pergunta ele responde em sua própria carta. Foi simplesmente pela fé deles em Cristo - nada mais. Tinha sido provado a ele, tanto por amigos quanto por inimigos, que os cristãos não eram culpados de mal algum, nem moralmente, socialmente e politicamente. Fazendo três vezes a pergunta "Vocês são cristãos?", e se eles firmemente afirmassem que eram, ele os condenava à morte. O único pretexto que ele deu para cobrir a injustiça de sua conduta como governador era o fato de que os cristãos professavam obstinadamente uma religião não estabelecida pelas leis do império.
Muitos, por causa de malícia privada e outras razões, eram nesse tempo anonimamente acusados de serem cristãos, sendo que de fato não eram. Estes eram testados sendo chamados para negar sua fé, oferecer incenso aos deuses, adorar a imagem do imperador, e insultar a Cristo. Todos os que se conformavam a esses termos eram dispensados. Mas a nenhuma dessas coisas, como o próprio Plínio dá testemunho, podiam ser os verdadeiros cristãos compelidos a fazer. Ele, em seguida, recorreu ao costume brutal de examinar pessoas inocentes por tortura. Duas mulheres, notáveis servas da igreja, foram então examinadas. Mas, em vez da esperada confissão sobre o rumoroso caráter sedicioso (revoltoso) e licencioso (desregrado) de suas reuniões, nada desfavorável à comunidade cristã podia ser extraído delas por tortura. O governador não podia detectar nada por quaisquer meios tentados, exceto o que ele chama de "uma superstição perversa e extravagante".
Também deve-se ter em mente, tanto pelo crédito como também pela culpa mais profunda de Plínio, que ele não procedeu contra os cristãos por mero preconceito popular - ao contrário de seu amigo Tácito, que se deixou levar pelos rumores e, sem qualquer investigação mais profunda, escreveu contra o cristianismo da maneira mais irracional e desgraçada. Mas Plínio considerou como dever entrar em cuidadosa investigação sobre toda a questão antes de dar seu julgamento. Como, então, podemos explicar que tal homem, aparentemente desejoso de agir de forma imparcial, pudesse perseguir até a morte pessoas inocentes? Para responder esta pergunta, devemos investigar as causas externas ou ostensivas da perseguição.
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