Uma vez que a história externa da igreja tenha sido afetada pela vontade de um homem, será portanto necessário observar, embora brevemente, a disposição da paixão pelo governo do príncipe reinante. A condição dos cristãos em todo lugar dependia, em grande parte, daquele que era o mestre do mundo romano, e de certo modo do mundo todo. Ainda assim, Deus estava e está acima de tudo.
Trajano foi um imperador de grande renome. Talvez nunca mais alguém assim tenha se sentado no trono dos Césares. O mundo romano, dizem, alcançou seus mais amplos limites por suas vitórias. Ele fez com que o terror das armas e da disciplina romana fossem sentidas nas fronteiras, como nunca antes tinha sido feito. Ele foi, portanto, um grande general e soberano militar; e, possuindo uma grande e vigorosa mente, ele foi um governante capaz, fazendo Roma florescer sob sua influência. No entanto, na história da igreja, essa personagem aparece em uma luz menos favorável. Ele tinha um preconceito confirmado contra o cristianismo, e sancionou a perseguição aos cristãos. Alguns dizem que ele anelava a extinção desse nome. Esta é a mancha mais profunda que repousa sobre a memória de Trajano.
Mas o cristianismo, apesar dos imperadores romanos, das prisões romanas e das execuções romanas, prosseguiu em sua silente e firme caminhada. Em pouco mais que setenta anos depois da morte de Cristo, o cristianismo tinha feito tão rápidos progressos em alguns lugares que chegavam a ameaçar a queda do paganismo. Os templos pagãos estavam desertos, a adoração aos deuses foi negligenciada, e as vitimas para os sacrifícios eram raramente compradas. Isto naturalmente levantou um clamor popular contra o cristianismo, assim como houve em Éfeso: "E não somente há o perigo de que a nossa profissão caia em descrédito, mas também de que o próprio templo da grande deusa Diana seja estimado em nada." (Atos 19:27). Aqueles cujo sustento dependia da adoração das divindades pagãs lançavam muitas e graves acusações contra os cristãos perante os governantes. Isto aconteceu mais especialmente nas províncias asiáticas onde o cristianismo foi mais prevalente.
Por volta do ano 110, muitos cristãos foram então levados perante o tribunal de Plínio, o Jovem, o governador de Bitínia e Ponto. Mas Plínio, sendo naturalmente um homem sábio, cândido e humano, teve o cuidado de se informar sobre os princípios e práticas dos cristãos. Quando ele descobriu que muitos deles foram condenados à morte, não tendo nada que os condenasse por qualquer crime público, ele ficou imensamente embaraçado. Ele não tinha tomado parte em tais assuntos antes, e nenhuma lei sobre o assunto existia até então. Os decretos de Nero tinham sido repelidos pelo Senado, e aqueles de Domiciano pelo seu sucessor, Nerva. Sob tais circunstâncias, Plínio buscou o conselho de seu mestre, o imperador Trajano. As cartas que eles trocaram, sendo justamente consideradas como os mais valiosos registros da historia da igreja durante aquele período, merece um lugar em nosso livro. Mas podemos apenas transcrever uma parte da celebrada epístola de Plínio, e principalmente aquelas partes que se referem ao caráter dos cristãos, e a extensão do cristianismo.
Trajano foi um imperador de grande renome. Talvez nunca mais alguém assim tenha se sentado no trono dos Césares. O mundo romano, dizem, alcançou seus mais amplos limites por suas vitórias. Ele fez com que o terror das armas e da disciplina romana fossem sentidas nas fronteiras, como nunca antes tinha sido feito. Ele foi, portanto, um grande general e soberano militar; e, possuindo uma grande e vigorosa mente, ele foi um governante capaz, fazendo Roma florescer sob sua influência. No entanto, na história da igreja, essa personagem aparece em uma luz menos favorável. Ele tinha um preconceito confirmado contra o cristianismo, e sancionou a perseguição aos cristãos. Alguns dizem que ele anelava a extinção desse nome. Esta é a mancha mais profunda que repousa sobre a memória de Trajano.
Mas o cristianismo, apesar dos imperadores romanos, das prisões romanas e das execuções romanas, prosseguiu em sua silente e firme caminhada. Em pouco mais que setenta anos depois da morte de Cristo, o cristianismo tinha feito tão rápidos progressos em alguns lugares que chegavam a ameaçar a queda do paganismo. Os templos pagãos estavam desertos, a adoração aos deuses foi negligenciada, e as vitimas para os sacrifícios eram raramente compradas. Isto naturalmente levantou um clamor popular contra o cristianismo, assim como houve em Éfeso: "E não somente há o perigo de que a nossa profissão caia em descrédito, mas também de que o próprio templo da grande deusa Diana seja estimado em nada." (Atos 19:27). Aqueles cujo sustento dependia da adoração das divindades pagãs lançavam muitas e graves acusações contra os cristãos perante os governantes. Isto aconteceu mais especialmente nas províncias asiáticas onde o cristianismo foi mais prevalente.
Por volta do ano 110, muitos cristãos foram então levados perante o tribunal de Plínio, o Jovem, o governador de Bitínia e Ponto. Mas Plínio, sendo naturalmente um homem sábio, cândido e humano, teve o cuidado de se informar sobre os princípios e práticas dos cristãos. Quando ele descobriu que muitos deles foram condenados à morte, não tendo nada que os condenasse por qualquer crime público, ele ficou imensamente embaraçado. Ele não tinha tomado parte em tais assuntos antes, e nenhuma lei sobre o assunto existia até então. Os decretos de Nero tinham sido repelidos pelo Senado, e aqueles de Domiciano pelo seu sucessor, Nerva. Sob tais circunstâncias, Plínio buscou o conselho de seu mestre, o imperador Trajano. As cartas que eles trocaram, sendo justamente consideradas como os mais valiosos registros da historia da igreja durante aquele período, merece um lugar em nosso livro. Mas podemos apenas transcrever uma parte da celebrada epístola de Plínio, e principalmente aquelas partes que se referem ao caráter dos cristãos, e a extensão do cristianismo.
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